sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Aborto Legalizado


O Aborto Legalizado



A sociedade está começando a refletir sobre a necessidade de intensificar as ações protetoras da vida, dos seres humanos, dos animais e de todo ser vivo, em todos os espaços onde a VIDA se faz presente.

O homem desenvolveu ao longo do tempo a força, a inteligência e as habilidades que o tornam o único ser na face da Terra, capaz de transformar a sua realidade, na busca de recursos que possibilitam o seu progresso material. Mas nem sempre o progresso material e moral,caminham juntos no mesmo sentido e na mesma velocidade.

E o que faz uma sociedade progredir é o bem estar do seu povo e para alcançar o progresso, é necessário ações que transformem nosso Planeta em um lugar seguro e feliz.

E o local mais seguro para se conquistar isso, é o coração das pessoas.

Hoje a sociedade paga um alto preço pela exagerada sensação de poder sobre o outro, sobre as coisas ou sobre a própria vida. A violência crescente, a injustiça social, a educação de péssima qualidade e a falta de saúde, de cultura, em meio a tanta corrupção, geram uma série de problemas, entre eles, a banalização da Vida.

A vida deve ser preservada sempre, inclusive aquela que está no ventre materno, e que deveria ter o seu direito assegurado pelo Estado, desde o momento em que foi comprovada a formação de uma vida dentro do útero. Na Constituição Brasileira esse direito está garantido, mas na prática isso não ocorre. O bebê desde a sua concepção, está nas mãos de outros seres humanos e quem pode decidir se ele vem ao mundo ou não, são os seus Pais. A pergunta é: Quem somos nós para decidir sobre o direito à vida de outro ser humano que foi concebido, sem importar como, onde, porquê e para quê foi gerado, mas que passou a existir como pessoa?

A Doutrina espírita e os estudos recentes da ciência revelam que a Vida começa no instante da concepção. O Espírito designado para habitar certo corpo, é ligado por um laço fluídico, que vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela conta entre o número dos nascidos com vida, e dos filhos de Deus em busca da sua felicidade e da sua evolução.

No que diz respeito à ligação do Espírito ao corpo, em nova encarnação, quando se inicia de fato uma nova existência física na Terra, segue a resposta dos espíritos na questão 344, de O Livro dos Espíritos: P:"Em que momento a alma se une ao corpo? R: "A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado a habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz."

Esse direito é defensável cientificamente, tanto no campo do Direito quanto no âmbito da Medicina, e a posição da Ciência, coincide com a dos Espíritos que revelaram a Codificação, como vemos no Livro dos Espíritos, a pergunta 358. P:"Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? R:"Há crime sempre que transgredis a lei de Deus Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."

Se o direito à vida é inviolável, no caso de uma vida que já existe e uma que está por nascer, qual a que deve ser preservada? E Kardec pergunta aos espíritos: P: “Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?” R: “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.

Em outra ocasião, questionado se constitui um crime a provocação do aborto em qualquer período de gestação, encarnando o espírito de Emmanuel, assim ele se pronunciou: “Há crime sempre que transgredi a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. Item n° 358, de ´O Livro dos espíritos”.

Quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana. No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. Toda forma de violência deve ser combatida pelo Estado e não gerada por ele. O direito à vida está, naturalmente, acima das questões psicológicas da mulher, afinal a dor da violência permanece com a mãe e será potencializada pela culpa da morte do bebê.

Em um texto do Dr. Jorge Andréa (Encontro com a Cultura Espírita), ele afirma que nenhum Espírito chegará ao processo reencarnatório sem uma atração específica com sua futura mãe. O mergulho na reencarnação – diz ele – só se dará quando a sintonia entre mãe e futuro filho estiver praticamente indissolúvel. Qualquer que seja a qualidade do reencarnante, haverá sempre com a mãe ou pai, correlação de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo, quer os mecanismos se exteriorizem nas faixas do amor ou do ódio. O Espírito reencarnante, com o seu campo específico de energias, fará a seleção do espermatozoide pelas contingências de suas irradiações, adquirindo e construindo o futuro corpo de acordo com as suas necessidades.

A posição de Joanna de Ângelis no livro Após a Tempestade, não é diferente. Os filhos – diz ela - não são realizações fortuitas, procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução. Se é lícito a uma pessoa adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que se reencarnem por seu intermédio, as Soberanas Leis da Vida dispõem de meios para fazer com que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosa.

Sobre o aborto, Chico Xavier expõe sua opinião no livro “Mandato de Amor”, de sua autoria: “O aborto é sempre lamentável porque se já estamos na Terra com elementos anticoncepcionais de aplicação suave, compreensível e humanitária, porque é que havemos de criar a matança de crianças indefesas, com absoluta impunidade, entre as paredes de nossas casas?”, escreveu ele. E continua: “Isto é um delito muito grave perante a Providência Divina, porque a vida não nos pertence e, sim, ao poder divino. Se as criaturas têm necessidade sexual para revitalização de suas próprias forças, o que achamos muito justo, seria melhor se fizessem sem alarme ou sem lesão espiritual ou psicológica para ninguém. Se o anticoncepcional veio favorecer esta movimentação das criaturas, por que vamos legalizar ou estimular o aborto? Por outro lado, se nossas mães tivessem esse propósito de criar uma lei do aborto no século passado, ou no princípio e meados deste século, talvez hoje não estaríamos aqui”.


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