terça-feira, 2 de setembro de 2014

Indagação oportuna

Indagação  oportuna
“Disse-lhes: — Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” — (ATOS, 19:2)
       A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.
       Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações.
       Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.
       Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.
       Além, um enfermo recebe o socorro de caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico.
       Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.
       Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são frequentes.
       Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram  de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.
       A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.
       Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?
       Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.
(De “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

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