segunda-feira, 30 de junho de 2014

Superfície escura do Brasil


Conduzidos por Bezerra, o grupo rumou para o alto, aproveitando a escuridão da noite sobre o Brasil.
Numa viagem ascendente rápida, atingiram um nível de onde se podia vislumbrar toda a Pátria do Cruzeiro e, ainda, o contorno das outras nações irmãs, igualmente embaladas pela noite que abrangia o continente e parte dos oceanos.
-    Daqui, filhos, podemos observar alguns detalhes interessantes que só o olhar espiritual consegue divisar. Observem a superfície escura do país que nos recebe com suas generosas concessões.
Olhando para o solo escuro embalado pelo véu noturno, a visão espiritual era capaz de identificar não somente a luz das cidades rutilando como pequeninos pirilampos ao sabor das emanações da atmosfera; Adelino e Jerônimo, com maior acuidade espiritual, observavam espessas nuvens escuras planando sobre vastas regiões do continente, concentrações estas que se mantinham mais densas sobre os maiores centros urbanos, onde pareciam ser densa fuligem produzida por incessantes emissões poluentes.
Alfredo, ainda preso ao corpo físico pelo laço de energia não observava a cena com a mesma riqueza de detalhes, ainda que visualizasse a vastidão de manchas escuras espalhadas por todas as grandes cidades do continente sul-americano.
Amparado pela ação poderosa de Bezerra, Alfredo viu ampliadas suas capacidades de percepção para que observasse com o aproveitamento desejado.
-    Meu Deus, o que é isso, doutor? Parece fumaça da queima de petróleo? – perguntou, espantado, com sua pouca familiaridade com fenômenos daquele tipo.
-    Não, meu filho. Se fossem incêndios de refinarias, ainda assim seria menor o prejuízo para os encarnados, porque o esforço dos bombeiros, mais cedo ou mais tarde, conseguiria apagá-los – explicou Bezerra. Estamos diante da criação constante da mente dos próprios homens, Alfredo. Graças a eles, a massa escura, assemelhada a fuligem betuminosa, se eleva constantemente, originando-se na impropriedade de pensamentos e sentimentos. Então, volta-se contra os próprios encarnados, abastecendo-os com os miasmas que criam. Se se tratasse de uma fumaça tóxica do campo atmosférico, o vento as dissiparia e os fenômenos da natureza minimizariam o seu impacto. Entretanto, dotada de especiais características, dentre as quais a da imantação magnética, as suas estruturas densas permanecem sobre os centros que as exalam, na multiplicação das angústias, na falta de disciplina de comportamentos, nos gastos fluídicos de teor inferior. As condutas mentais e emocionais das pessoas são a matriz de tais nódoas coletivas pesando sobre os núcleos populacionais que os fomentam.
Observando outras áreas menos afetadas, Alfredo arriscou:
-    Quer dizer então, doutor, que nestas outras partes menos enegrecidas, tem gente pensando ou praticando menos maldade?
Sorrindo diante da observação ingênua, mas sincera Bezerra respondeu:
-    Bem, Alfredo, poderíamos dizer que, nestas outras áreas, há “menos gente”. E como há menos habitantes fornecendo emissões negativas, os que habitam os centros menos povoados contam com a bênção de serem menos atacados por todas as energias inferiores. Há pensamentos inadequados também, mas as forças inferiores, menos concentradas por terem menos fontes de emissão, acabam sendo neutralizadas mais rapidamente pelas forças reequilibrantes do magnetismo da própria natureza. Além do mais, estes centros menores têm menos armadilhas para seus habitantes, menos opções de lazer dilacerante, destruidores do equilíbrio do Espírito. Se observarmos as rotinas noturnas das grandes cidades, perceberemos que o avançar da noite é a senha para o desabrochar de todos os tipos de devassidão, sob a justificativa de espairecimento ou de diminuição do estresse diário.
Isso já não é visto com tanta intensidade nas cidades menores nas quais, à exceção de uma ou outra festividade ocasional, as pessoas se recolhem mais cedo à intimidade de seus lares, mantendo uma rotina menos exaltada, favorecendo o equilíbrio emocional dos seus habitantes.
-    Mas e as pessoas boas que vivem nesse oceano de fuligem? Acabam prejudicadas por tais vibrações da mesma forma?
-    Bem, meu amigo, todos sabemos que estamos no meio com o qual nos afinizamos e que cada qual é responsável pela construção de suas próprias fronteiras fluídicas. Então, seja por idealismo, seja por necessidades evolutivas, seja pelas duas causas, inumeráveis criaturas encarnadas se acham nestas condições, vivendo e trabalhando no meio desse cipoal de conflitos vibratórios, precisando manter o testemunho do Bem. E, se assim estiverem atentas, construirão para si quais “casulos” protetores que repelirão a ação inferior dessa massa viscosa e deletéria, além de se sintonizarem com as forças sublimes da Vida Superior que sustenta seus adeptos com recursos energéticos indispensáveis para o abastecimento do soldado em pleno campo de batalhas da existência. Vamos, então, observar que, nas diversas regiões de uma cidade, existirão concentrações de energia positiva, sobre as quais a densidade escura não é capaz de pairar. Como vórtices poderosos, nessas áreas se localizam instituições amorosas dedicadas à construção de uma nova consciência, atraindo os Espíritos Superiores, que aí se concentram para espalharem mais e mais a semente do Bem e as orientações para as horas difíceis.
Os três acompanhantes seguiam observando as cidades humanas recobertas pela fuligem mental constando que, no seio escuro e macilento daquele monstro em forma de nuvem, brotavam pequeninos fulcros luminosos, algo semelhantes a tenros brotos que emergiam do solo lodoso pela ruptura da casca sob a terra. Eram sementes de força que, aqui e acolá, conectavam a realidade humana às emissões superiores, segundo a descrição que Bezerra seguia lhes dando da cena sob seus olhares:
-    Essas pequenas pérolas de luz que veem surgir, apesar da densa nuvem que recobre a Terra, são centros religiosos, hospitalares, educacionais que ainda mantêm uma forte vivência no ideal superior do Espírito e na defesa dos valores do Bem, da Paz, da Esperança ou da Fé. Por esse motivo, são amparados pelas forças superiores como celeiros que sempre recebem a carga dos grãos sublimes para que prossigam na difícil tarefa de manter acesa a luz da virtude no âmago da tempestade. Assim, observem que, provenientes do Alto, conectam-se tais sementinhas às emissões luminosas de que havia-lhes falado antes de iniciarmos nosso passeio, reconhecendo o valoroso esforço para superarem as adversidades fluídicas do ambiente onde se enraízam, vencendo a escuridão das nuvens turbulentas e dos pensamentos inferiores para porto seguro ou abrigo salvador.
Livro Herdeiros do Novo Mundo, cap. 14, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

Oração e trabalho


Oração e trabalho
Conta-se que no deserto de Tebaida vivia um velho monge que costumava dar sábios conselhos a todos que o buscassem com essa finalidade.
Um dia, aos primeiros alvores da manhã, vindo de país longínquo, bateu á humilde casa de sua moradia, um frade moço e forte que lhe disse:
- Irmão, venho lhe pedir para que, em nome de Deus, me ensine a fugir das tentações.
O venerável monge olhou-o com tranqüilidade e falou com doçura:
- Outro pedido lhe farei. Ajude-me um pouco hoje e amanhã lhe ensinarei, pela graça de Deus, o que deseja. E assim ficou combinado.
Os primeiros raios de sol surgiam no infinito, quando os dois se entregaram ao trabalho de amainar a terra. O monge cantava e o frade o acompanhava.
Quando o sol quente anunciava o meio do dia, ambos fizeram uma pausa. Tomaram uma refeição frugal e saborosa, para logo mais voltarem para a lida.
Quando os últimos raios do sol se despediam, na linha do horizonte, os dois deixaram o eito e voltaram para casa.
A mesa singela oferecia o repasto para o corpo e ambos jantaram juntos.
Terminada a refeição, fizeram um pequeno passeio por entre o arvoredo, ouvindo a algazarra da passarada que buscava lugar seguro para o repouso entre a folhagem.
Em seguida, se recolheram e oraram juntos. Estudaram as escrituras e deitaram-se, depois, para dormir.
Pela manhã, o monge perguntou ao seu hóspede:
- Meu irmão, você ainda quer saber como afastar as tentações?
- Não, respondeu o frade. Já aprendi o bastante, mestre.
E, beijando respeitosamente as mãos do monge, partiu.
Tinha obtido o remédio para afastar todas as tentações: a oração e o trabalho. Essas duas forças se constituem no antídoto eficaz contra as quedas do ser humano.
Jesus-Cristo, com Seu exemplo maior, dignificou o trabalho com o próprio exemplo. Seu ministério foi, sobretudo, de ação e movimento.
Levantava-se com o dia e devotava-se ao bem dos semelhantes pela noite a dentro.
Médico - não descansava no auxílio efetivo aos doentes.
Professor - não se fatigava repetindo as lições.
Juiz - exemplificava a imparcialidade e a tolerância.
Benfeitor - espalhou, sem cessar, as bênçãos do amor infinito.
Sábio - colocou a ciência do bem ao alcance de todos.
Advogado - defendeu os interesses dos fracos e dos humildes.
Trabalhador divino - serviu a todos, sem reclamação e sem recompensa.
Serviu-se da oração para buscar a sintonia com o pai, durante toda a sua vida.
O exemplo do Cristo é sublime e contagiante. Tanto é assim, que os apóstolos abandonaram o comodismo para sair em campo e fazer o que o Mestre fizera: trabalhar e orar.
Portanto, trabalho e oração. Eis o remédio contra as tentações.
Você sabia que, na Roma imperial, no ano de 71 antes da era cristã, foram crucificados trinta mil escravos, na Via Ápia?
A falta dos condenados era aspirar ao trabalho digno e em liberdade.
Com Jesus, no entanto, nova época surgiu para toda a humanidade.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Poder da Emoção com Gratidão



Poder da Emoção com Gratidão


"A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer.
Vencer será consequência da boa preparação."

[Bernardinho – Técnico da seleção brasileira de vôlei masculino]








Toda vibração possui um código que o universo reconhece e enquanto estes códigos estiverem pulsando de valores emocionais a vida estará respondendo. Não tente controlar seus pensamentos, apenas direcione seus significados. Afirmação é um tipo de oração com maior intensidade; ela  direciona o fluxo do corpo, a química sanguínea e as informações que estão gravadas em cada célula. O corpo se acostuma a pensar sempre da mesma maneira, mas você vai girar isso do avesso! O melhor exercício é sempre o mais simples, ele é tão simples que costumamos não dar crédito a ele. Pare tudo o que estiver fazendo por uma hora do seu dia e afirme uma proposta de vida direcionada. Fale para si mesmo frases curtas em direção a uma realidade desejável. Conte uma estória empolgante e vitoriosa através de uma oração diária. Antes de pedir, agradeça e deixe a emoção tomar conta. As lágrimas são a conexão com o seu aqui e agora e quanto mais trouxermos a realização para este momento, mais rapidamente experimentaremos uma nova vida! A gratidão é uma emoção tão poderosa que é capaz de ensaiar e conectar a luz da completa realização. O corpo é o universo e ele reconhece a química de cada lágrima com exatidão porque a unisciência de Deus está presente em tudo. A gratidão é um sentimento curador que exigirá de si mesmo um transbordar de uma fé sem limites diante de qualquer impossibilidade. Diante da emoção arrebatada não existem limites nem impossibilidades que você não possa realizar, nem montanha que não possa mover! O universo se renderá a esse poderoso apelo e logo você estará tocando na tão desejada realização.

Quanto mais direcionado você estiver, mais intuitivo e visionário será. Intuição é a inteligência espiritual que vai buscar as respostas que você está precisando para estruturar o seu caminho. A gratidão é um sentimento muito poderoso porque fala de uma expressão que verte do espírito como uma onda de energia que se derrama sobre e através de você. Gratidão é um estado de certeza absoluta de que algo é seu mesmo antes da manifestação. E quanto mais intuitivo você for, mais a energia da gratidão se derramará.  Um sentimento puxa o outro e essa rede é potencialmente uma reação em cadeia em níveis energéticos. A realização só é possível quando essas ondas de gratidão estão quebrando na sua praia de maneira cíclica de acordo com o que você tem fornecido para o universo. Milagres inconcebíveis pela mente são possíveis diante de tal poder.

Um mapa neural e espiritual é traçado e tudo aquilo que experimentamos contém a marca de nossas vibrações recorrentes. A trajetória de nossas vidas nos ensina muito. Você conhece o caminho como ninguém: basta olhar em que nível estava a sua atividade emocional antes de uma realização. Você pode encontrar o caminho analisando o que você dizia a si mesmo antes de experienciar  uma mudança na realidade. E se você não gosta do que experimenta ou se suas emoções são desagradáveis é porque algo está errado.  Emoções apaixonadas significam que algo está certo, ou seja, há uma unidade espiritual alinhada com a conexão Superior. A emoção sempre lhe diz se você está no caminho certo ou se está indo no caminho oposto da sua divindade.

Todas as realidades existem como espelhos no universo e você participa de cada uma delas. Isso prova que não precisamos limitar nossas escolhas porque um leque infinito de possibilidades está desdobrando-se em todos os níveis e dimensões. O que nos alinha com cada realidade é a força de nossas emoções; o universo não resiste a tamanha vibração de luz e devolve a imagem refletida em cada espelho de suas escolhas com total fidelidade ao emissor de cada desejo. Não basta querer, temos que sentir “o acontecimento” num poderoso campo de energia aqui e agora em nosso interior. Quanto mais ênfase você dá aos seus pensamentos mais emoções serão geradas, pois nada pode entrar na sua vida sem que você tenha dado atenção e energia. Dedicação, paixão e gratidão são forças vetores que entregamos ao universo em função de nossos desejos porque sabemos que tudo nos será devolvido conforme a energia que emitimos.

A frustração é o resultado da falta de intimidade com o seu poder. Quem reclama da vida ou se foca no lado ruim na verdade está com medo da própria ambição. Medo ou culpa de reconhecer que tudo no universo é feito de vontade e criação. Há dois motivos para que o desejo não se realize: Um deles é a falta de paixão, de entrega e de confiança ou porque uma proposta muito maior e melhor se alinha com a divindade e você está fadado a descobrir qual é essa escolha. Há duas possibilidades: ou você tem receio do seu poder interior ou o assume totalmente. A alma e o universo não trabalham pela metade. O direcionamento apaixonado tem a função de ajustar tudo em seu interior  — medos, mágoas, culpas e sentimentos de insegurança que serão queimados no fogo dessa divina conexão. Seu desejo lhe aproxima de Deus porque está intimamente ligado à luz da felicidade e é apenas neste núcleo que Deus reside.

“Não importa quem seja o seu Deus, se você estiver vertendo gratidão não haverá mais separação entre você e o divino. No processo, você é capaz de curar a si mesmo enquanto se autorealiza. Permita que a vontade de se preparar seja maior do que o acontecimento e que a sua preparação seja tão perfeita quanto todas as suas experiências.”






2014 06 18 O Inconsiente, com Dr Júlio Goelzer

ESCOLHAS

ESCOLHAS


É possível te admires das alterações que, por vezes, te desafiam o entendimento nas criaturas amadas.
Aqui determinada jovem terá sido preparada, com vistas a encargos artísticos, pelo carinho doméstico, no entanto, terá preferido os serviços de culinária, tão dignos de consideração quanto à musica.
Além, certo rapaz, a quem se ofertou condições positivas para o destaque na ciência, se aconchegou, de inesperado, aos labores do campo.
Assim ocorre na vida sentimental.
Se tens o ânimo defrontado por essa espécie de surpresa, enuncia com bondade o teu diverso ponto de vista. Entretanto, ainda mesmo nos casos em que a escolha dos entes queridos se incline para estradas claramente inferiores, compadece-te e não violentes a confiança daqueles que a Divina Providência te confiou.
Não estraçalhes o nó afetivo nessa ou naquela alma que te desfruta a convivência, porque a Sabedoria da Vida saberá como e quando desatá-lo.
Nem todos te possuem a compreensão amadurecida, tanto quanto nem todos vieram ao mundo para a liderança espiritual ou para o amanho do solo.
Aceita os outros, tais quais são, sem o propósito de modificá-los, a menos que se encontrem na condição da criança que se ergue por argila de Deus em tuas mãos.
Cada criatura caminha na direção das experiências de que se reconhece necessitada.
Ampara-os, sem exigência, para que os teus sentimentos não se tisnem com a dor ou com a revolta, por vezes, imanifestas de quantos se arrastam sob as correntes invisíveis dessa ou daquela imposição.
Ama somente, agindo e servindo para o bem, porque todo coração que verdadeiramente ama, pelas leis do destino, alcançará a colheita do amor que semeia, em plenitude de união e de alegria sem fim.

pelo Espírito Meimei - Do livro: Sinais de Rumo, Médium: Francisco Cândido Xavier.


A suave arte da bênção

A suave arte da bênção







Cada pensamento que temos e cada ação que empreendemos, torna-se parte da energia coletiva do planeta.

Quando usamos a nossa energia para levar luz ao mundo, ela se associa à luz trazida por outros para dispersar a escuridão.

Abençoar significa desejar incondicionalmente e da mais profunda câmara do seu coração, um bem ilimitado para outros.

Abençoar é reconhecer a beleza onipresente e universal, oculta dos olhos materiais. É ativar a lei da atração, que à distância, alcança o universo.

Ao fazer da Suave Arte da Bênção a sua prática espiritual diária, você aprende a enviar pensamentos e sentimentos e a curar outros.

Isto o capacitará a difundir uma atmosfera de bondade, paz e cura onde quer que você vá.

A atrair mais bondade, alegria e amor para a sua própria vida e para as vidas daqueles que estão a sua volta.

A abrir possibilidades de cura nos corações daqueles controlados pela ganância, pelo egoísmo e pelo medo. A experienciar um maior sentimento de Unidade com toda a vida.

A enaltecer a vida e o crescimento de todos os reinos da natureza – humano, animal, plantas e mineral.

Abençoar é o meio perfeito de desenvolver uma consciência constantemente centrada no amor.

Cada dia é uma bênção, e a cada momento há muitas coisas pelas quais podemos ser gratos.

O mundo se abre para nós quando vivemos em um espaço de gratidão.









Quando abençoamos, quando pedimos à Deus, pedimos a partir da fonte de toda a bondade.

Nós podemos compartilhar nossas experiências e compreensão com os outros, não de um espaço de condescendência, mas de conexão.

Quando escolhemos constantemente ser gratos, nós notamos que cada respiração é um milagre e cada sorriso se torna uma dádiva.

Nós começamos a compreender que as dificuldades são também lições inestimáveis.

O sol está sempre brilhando para nós quando somos gratos, ainda que ele esteja oculto atrás das nuvens em um dia chuvoso.

Viva em um estado de gratidão.

A bênção da gratidão nos permite propagar a abundância, porque esta é a energia que emana de nossos seres. Porque o mundo sempre reflete para nós o que incorporamos.

Bênçãos adicionais inevitavelmente fluem em nosso caminho.

Elas nos dão até mais pelo que sermos gratos.

O Universo nos quer enviar bênçãos em abundância.

Quanto mais apreciamos a vida, mais a vida nos aprecia e nos concede mais prosperidade.









Oferecer uma bênção não é uma tarefa difícil.

Nossos dias estão cheios de oportunidades intermináveis para praticarmos a arte da bênção.

Uma bênção pode ser tão simples que muito freqüentemente nós tomamos por certo o ato de abençoar.

A própria vida trabalha através de nós.

As bênçãos, antigas ou modernas, é uma parte importante de nossa fé na vida.

Uma bênção é a ponte entre o céu e a terra.

A transmissão do divino que ocorre quando abençoamos é verdadeiramente um momento sagrado.

Nós somos os portadores dos sonhos e dos desejos que podem ter se originado em gerações anteriores.

Nunca deixe passar um dia, de alguma maneira, que não evoquemos a visão do bem.

A arte da abundância chama a atenção para as pequenas bênçãos: para aquilo que podemos fazer: descobrirmos as alegrias e os tesouros esquecidos da simples vida diária.

Possamos apreciar e nos lembrarmos da Esquecida Arte da Bênção.

Permita que o Amor flua em sua vida.

As Bênçãos são dons espirituais para compartilhar com outros.

Que você possa ser abundantemente abençoado!

Namastê




domingo, 15 de junho de 2014

" AMNÉSIA ESPIRITUAL... E SEUS DESPERTAMENTOS ...."


" AMNÉSIA ESPIRITUAL... E SEUS DESPERTAMENTOS ...."



                          Não são poucos os Espíritos que desencarnam e reencarnam,
                              sem darem-se conta de um ou do outro fenômeno, vitimados  -
                              por doentia amnésia sobre os acontecimentos.
                              Multidões vagam nas Esferas Espirituais Inferiores, sem conhe-
                              cimento de si mesmos, sem recordações dos afetos ou dos ad-
                              versários, desmemoriados, sofrendo superlativas aflições.
               A grave questão sobre o despertar dos Espíritos recém desencarnados, e a consequente recordação da experiência concluída, merecem valiosas considerações.
Pensam muitas pessoas desinformadas, e também alguns adeptos das fileiras espíritas, que o FENÔMENO DA MORTE,que despe o ser de seu invólucro material, igualmente concede-lhe de imediato lucidez e consequentemente conhecimento da sua situação na erraticidade.
De início seja dito, que não existem duas desencarnações iguais, perfeito também não ocorrem dois despertamentos idênticos.
Cada Espírito é a soma das experiências vivenciadas, com as suas tribulações e conquistas que facultam ou não, o discernimento próprio da ocorrência após a morte.
Conforme o tipo de desencarnação, violenta, por acidente, por distúrbios orgânicos, lenta em razão de enfermidades dilaceradoras  e virulentas, suicídio de vários graus, largas enfermidades e a correspondente conduta durante a mesma, parecendo-nos idênticas, as situações psicológicas que enfrentamos antes de uma cirurgia  em nós. quando sabemos da gravidade, assim  caracteriza-se a conscientização no após túmulo.
Aqueles que se compraziam no sensualismo, na avareza, no despotismo, na crueldade, permanecem vinculados aos despojos, tentando reanimá-los e pelo não conseguir, ou enlouquecem, ou permanecem por longo período de sofrimento.
Outros tantos que superam os limites, vivendo testemunhos honrosos e provações lenificadoras, afeiçoados ao dever ao bem e a  caridade, abandonam o casulo com alegria, e sem saudades, entrando nos espaços atraídos para regiões felizes a que fazem jus.
               Muitos que viveram no fragor das lutas, confiantes e trabalhadores, são recolhidos, carinhosamente por afetos que os precederam, que os conduzem a pousos de refazimentos e orientações, despertando-os suavemente sem choque traumatizantes.
Cada grupo conforme os hábitos cultivados, permanecem vinculado às paixões terrenas ou atraídos pela nova situação, de forma a se adaptar com equilíbrio ao novo estágio, o verdadeiro da vida.
Da mesma forma, quantos se transformaram em campo mental infestado por obsessões, logo se lhes ocorre a desencarnação e são assaltados pelos campos vibratórios de seus algozes, que os arrastam para lugares aflitivos, que  se prolongam até a recomposição  estrutural ou quando neles, luz e misericórdia do amor.
               COMPREENSIVELMENTE O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA, DEPENDE DAS
               PRÓPRIAS CONDIÇÕES DE HARMONIA, OU DE EQUILÍBRIO PESSOAL....

Nos Espíritos saudáveis a perturbação é rápida, embora permaneça breve amnésia, sobre a recente existência concluída, que se vai diluindo até que as lembranças das recordações, equipe-os de claridade mental e conhecimento.
A medida que assume a realidade espiritual, painéis ricos de lembranças felizes tomam corpo, facultando melhor compreender os fatos próximos passados, tornando-se lógicos.
Igualmente surgem as recordações sombrias carregadas de culpa, caso não hajam sido reparadas aqueles delitos, provocando tristeza e desejo de recomeços para superá-los.
               Traçam-se nesses momentos, planos para futuros mergulhos no corpo, em tarefas de ressarcimento e socorro, aqueles que lhes padeceram a conduta inconsequente.
Ao mesmo tempo, alegria imensa os invade, ao compreenderem a justeza das soberanas leis,
que sempre conduzem para  o bem, embora a diversidade de caminhos, questões e situações que pareciam de suma importância durante o período carnal, agora despidos dos limites orgânicos, compreendem-nos melhor e até sorriem da atitude ingênua, com que se conduziram.
fazem recordar-se de quando adultos, consideravam os comportamentos infantis, que se apresentavam naquele período, de sumo valor.
               NÃO SÃO POUCOS OS ESPÍRITOS QUE DESENCARNAM E REENCARNAM....
Sem darem-se conta de um ou de outro fenômeno, vitimados por doentia amnésia sobre os acontecimentos.
Multidões perambulam nas esferas espirituais inferiores, sem conhecimento de si mesmos, sem recordações dos afetos ou dos adversários, desmemoriados sofrendo superlativas aflições.
A Amnésia Espiritual é capítulo da imortalidade, que permanece desafiador, oferecendo advertências aos homens e mulheres, para que se limpem das grosseiras fixações, que são cultivadas nos campos das sensações perturbadoras, que sempre prosseguem além do corpo, em tormentosas necessidades, que anulam outros tipos de vivências, mergulhando-as em esquecimentos afligentes.
Cabe ao ser lúcido que empreende a tarefa de auto iluminação, reflexionar de quando em quando, a respeito dos próprios cliches mentais.
Portanto sabemos que:
               A MORTE É SOMENTE TRANSIÇÃO VEICULAR, QUE CONDUZ O VIAJANTE DE
               UMA PARA OUTRA FAIXA VIBRATÓRIA.
Onde é também facultado a identificação da realidade espiritual, bem como dos amigos que o aguardam além das fronteiras, do mundo físico, para o conduzirem em júbilo de volta ao grande lar eterno.
Vibrações de Paz e Harmonia em seu coração.


Kardec e os bons espíritas


Kardec e os bons espíritas


Como nos devemos conduzir para bem cumprirmos a tarefa, a missão, o compromisso que assumimos para a presente existência? Essa dúvida sempre nos vem ao pensamento quando nos examinamos e avaliamos o que temos feito na vida.

Há certamente várias maneiras de obter resposta à questão proposta, e Kardec forneceu-nos quanto a isso indicações precisas em suas obras.

Eis uma delas:
“Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 4.)

Anos antes, quando escreveu a obra que conhecemos como O Livro dos Médiuns, ele já havia dito algo a respeito, ocasião em que elaborou o que seria a primeira classificação dos adeptos da doutrina nascente:
“Entre os que se convenceram por um estudo direto, podem destacar-se:

1º. Os que creem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos. Chamar-lhes-emos espíritas experimentadores.

2º. Os que no Espiritismo veem mais do que fatos; compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência que lhes exerce nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O avarento continua a sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas imperfeitos.

3º. Os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso, única que os pode elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e coibir seus maus pendores. As relações com eles sempre oferecem segurança, porque a convicção que nutrem os preserva de pensarem em praticar o mal. A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.

4º. Há, finalmente, os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita, se sempre tomasse o lado bom das coisas. Em tudo, o exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infunde confiança demasiado cega e frequentemente pueril, no tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, com extrema facilidade e sem verificação, aquilo cujo absurdo, ou impossibilidade a reflexão e o exame demonstrariam. O entusiasmo, porém, não reflete, deslumbra. Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil à causa do Espiritismo. São os menos aptos para convencer a quem quer que seja, porque todos, com razão, desconfiam dos julgamentos deles. Graças à sua boa-fé, são iludidos, assim, por Espíritos mistificadores, como por homens que procuram explorar-lhes a credulidade. Meio mal apenas haveria, se só eles tivessem que sofrer as consequências. O pior é que, sem o quererem, dão armas aos incrédulos, que antes buscam ocasião de zombar, do que se convencerem e que não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns. Sem dúvida que isto não é justo, nem racional; mas, como se sabe, os adversários do Espiritismo só consideram de bom quilate a razão de que desfrutam, e conhecer a fundo aquilo sobre que discorrem é o que menos cuidado lhes dá.” (O Livro dos Médiuns, cap. III, item 28.)

Os anos passaram e, como sabemos, ainda hoje temos no meio espírita representantes dos quatro tipos citados no texto acima, havendo ainda, o que é mais lamentável, aqueles que se transviaram ao longo do caminho, fato que levou Kardec a formular a um conhecido benfeitor espiritual a seguinte pergunta: – Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?

Eis o que lhe foi respondido:

“Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição. – Erasto, anjo da guarda do médium. Paris, 1863.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 4.)


sexta-feira, 13 de junho de 2014

SUA ALMA É IMORTAL



Minha filha, eu sei o quanto dói você perder um ente querido, perdê-lo por meio da ilusão, por aquilo que vocês chamam de morte.

Suas religiões e sociedades vos ensinaram através de milhares de anos que sua vida vai acabar. Que tudo está acabado depois da morte. Alguns ensinam que você vai reencarnar, outros dizem que você só vive uma única vida e que nada virá depois disso. Com essa expectativa você atrai o que teme ainda mais e mais rápido para você, porque você sabe, entretanto, que os seus pensamentos criam a sua realidade; que em toda essa verdade, é apenas uma ilusão, um sonho. Mude seus pensamentos e as suas expectativas e seu corpo não precisará morrer.

Sua alma é imortal. Ela nasce da Alma-Primordial e se mantém durante toda a eternidade, até você se tornar novamente UM comigo, quando você finalmente se fundir de novo comigo.

Seus entes queridos não desaparecem para sempre. Eles mudam apenas de dimensão, mas eles permanecem ligados para sempre com você, através do amor de um pelo outro. Você só precisa pensar neles e eles estarão imediatamente com você. Se você prestar atenção, você poderá sentir ou até mesmo ouvi-los quando falam com você.

Não fique triste, mas se alegre com eles. Muitas pessoas que estão muito velhas ou muito doentes, escolhem este caminho, porque seus corpos são fracos demais para uma ascensão no corpo físico. Eles ainda poderão subir quando sua alma estiver pronta para isso. Eu concedi a eles esse caminho mais fácil para chegarem mais perto de mim. Eles vão esperar por você do outro lado, e pedem que vocêa se alegre com eles, porque eles se sentem melhor agora. Eles não têm nenhuma dor e não sofrem mais, e estão cheios de alegria e amor.

Minha filha, em breve (eu sei que você não gosta desta palavra), você terá a chance de viver para sempre nas dimensões superiores. Você e seus companheiros estão na reta final. Eu não dou nenhuma data, mas vocês estão tão próximos dela. Por favor, mantenha-se um pouco mais, tudo está quase cumprido. A ascensão é individual, e acontece no seu coração. Eu banho você com minha luz e meu amor, eles irão ajudá-la a abrir o seu coração ainda mais. Vá para o seu espaço sagrado de seu coração, minha filha, e fique lá, em equilíbrio e em seu amor. Saibam que tudo está bem, que tudo ficará bem.

Fique sem medo, porque o meu plano para você e seu planeta Terra está se cumprindo agora.

Eu te amo muito, minha pequena. Eu estou com você, estou na Terra e ajudo-a com as minhas energias através destes tempos. Eu te abraçar e te envolvo em meus braços.  Confie em sua alma, em seu coração e tenha confiança também em seus guias, Anjos e em mim, sua Mãe. Eu não deixo você sozinha. Eu te amo infinitamente e sem limites. ~

segunda-feira, 9 de junho de 2014

GRILHÕES PARTIDOS (pelo Espírito Manoel Philomeno de Mir anda)

GRILHÕES PARTIDOS (pelo Espírito Manoel Philomeno de Mir anda)


A LOUCURA
“No segundo caso (subjugação corporal), o Espírito atua sobre
os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.”0
O LIVRO DOS MÉDIUNS — Capítulo 23º, Item 240.
O dia imediato surgiu penumbroso, apesar da pujança do Sol e do calor que
assolava a cidade. No apartamento do Coronel Santamaria, a dor se dobrava em
sucessivos esgares, destroçando os que lhe caíram nas malhas.
Ester não recobrou a lucidez. Embora a prostração que a dominara, após os
sedativos, as crises voltaram terrificantes, enquanto a débil mocinha, transfigurada,
tornouse
o espécime legítimo da desequilibrada. Palavras obscenas e gestos vis
repetiamse
ininterruptamente; gritos e gargalhadas constantes terminaram por
enrouquecêla.
Muito pálida, com olheiras arroxeadas e manchas nas faces, tinha os
lábios escuros e a expressão de olhar dura, sem luminosidade. Sacudida a cada
momento por convulsões torturantes, traduzia no rosto conturbado as dores
inextricáveis que experimentava.
Saindo desse estado, por instantes, parecia recobrar a claridade da razão,
desvairando de imediato, a elucidar que alguém a lapidava com longo relho de que
não se conseguia evadir. Nesse comenos tornavase
rubra e, se fosse observada mais
detidamente, poderseia
verificar que alguns vergalhões lhe intumesciam a pele
delicada e marcavam a face em congestão.
Logo retornava ao desequilíbrio, ao sarcasmo, e as ofensas se sucediam
mordazes como se as Fúrias a estivessem cavalgando.
O clínico, facultativo de larga experiência, durante a primeira crise ocorrida
à noite, elucidara que, se houvesse recidiva, seria de todo conveniente convidar um
especialista em doenças nervosas, pois tudo indicava tratarse
de uma crise
histeropata, com agravantes para um longo curso. Aquele, dissera, era o período da
transição, em que se fixam os caracteres da personalidade e nos quais desbordam as
expressões da sexualidade, em maior intensidade. E, como bom discípulo das
doutrinas freudianas, teceu considerações sobre a libido e sua ação enérgica nas
engrenagens da emotividade.
Os pais, alarmados, não sabiam exatamente como proceder. Convidado,
porém, o médico da família, este confirmou literalmente a diagnose do colega:
tratavase
de um problema histérico com alarmantes sinais tendentes a complicações
mais graves, O psiquiatra se fazia necessário.
Indicada eminente autoridade em Psiquiatria, o tratamento teve início no
próprio lar, sem que diminuíssem os sintomas do desequilíbrio ou se modificasse o
quadro patológico como de desejar.
O estado da enferma se tornava cada vez pior, enquanto se lhe minavam as
resistências físicas, pois que recusava qualquer alimentação, sistematicamente,
sendo necessário aplicarlhe
indispensáveis medicações tônicas, de sustentação
orgânica, à força.
Transcorridos três dias sob carinhosa assistência especializada e familial,
sem que qualquer resultado fosse lobrigado, o psiquiatra aconselhou internamento
em Casa de Saúde relevante, onde poderia aplicar técnicas próprias, a par de
isolamento do grupo doméstico, em que, certamente, estavam as causas
inconscientes dos traumas e distonias que a impediam retornar ao campo da lucidez.
Inconsoláveis, os pais, aflitos, aquiesceram. Sob forte sedativo, Ester deu
entrada no Sanatório, localizado em recanto bucólico e praieiro do Rio de Janeiro,
onde as perspectivas de recuperação da saúde pareciam auspiciosas.
Sem embargo, a utilização dos melhores recursos da moderna Psiquiatria, a
jovem paciente reagia negativamente em alucinação demorada, irreversível. Dia a
dia registravamse
distúrbios novos e, no monólogo da distonia, não cessava de
referirse
à vingança, à imperiosa necessidade de lavar a desonra com o sangue da
imolação de uma vítima, à justiça demorada mas sempre oportuna, ao desforço
pessoal.
Um mês transcorrido e a psicopata era frangalhos.
O tratamento a que sempre resistia se lhe oferecia um aspecto de vitalidade
superficial já que com o corpo volumoso, graças às drogas que lhe eram ministradas,
a realidade expressava a insânia que dela se apossara totalmente. Não mais voltara à
lucidez, por mais amplas fossem as tentativas experimentadas. A técnica do
eletrochoque não produziu, na primeira série, qualquer resultado. Pelo contrário, fêla
hebetada, o que poderia parecer um recuo da loucura, quando, em verdade, ante a
impossibilidade de reações nervosas, em face das pesadas cargas assimiladas,
frenava, temporariamente, o desalinho psíquico.
Os genitores desesperados não sabiam para que apelar.
Sem formação religiosa segura, acostumados à tradição e ao
convencionalismo da fé, entregaramse
a orações formuladas por palavras que
redundavam em exorbitantes exigências à Divindade, sem que conseguissem lenir o
coração na prece confortadora, no intercâmbio salutar com as Fontes Geradoras da
Vida. Objetivando apenas a cura da filha, mediante o concurso da oração, de que se
utilizavam, como alguém que, através da prece, paga um imposto a Deus e de tal
mister desagradável se desobriga. Infelizmente, não possuíam o hábito superior do
dulçuroso convívio da meditação, em que se haurem expressões de vida e paz
indispensáveis ao equilíbrio no carro somático, retornando das experiências e
vilegiaturas religiosas com o espírito ressequido e o sentimento revoltado. Surda
mágoa contra tudo e todos aumentavalhes
o aniquilamento íntimo. Feridos no
orgulho e esmo gados na suscetibilidade a que se dão apreço na Terra das
frivolidades, passaram a experimentar sentimentos controvertidos em relação à
própria filha, motivo da aflição que os compungia.
Enquanto o tempo se dobava, uma aceitação mórbida, parasitária, indolente,
foi criando situação apática no lar, como já ocorria entre os facultativos que
assistiam à jovem, no Sanatório. Dos cuidados iniciais, insistentes e imediatos, a
uma tácita compreensão de que tudo se estava a fazer, veio o diagnóstico alarmante,
irreversível: Esquizofrenia!
A simples palavra ainda hoje constitui aparvalhante libelo.
*
Não obstante as excelentes experiências realizadas pelo eminente psiquiatra
americano, Dr. Sakel, em Viena, nos idos de 1933, cujos resultados apresentou a três
de novembro daquele ano, através da convulsoterapia em que aplicara o metrazol,
depois a insulina, abrindo as portas ao eletrochoque, a partir de 1937, após um
Congresso Psiquiátrico em Roma, ocasião em que os preeminentes doutores: Bini,
Kalinowski e Cerlletti chegaram à conclusão da excelência do método do choque
controlável, capaz de produzir anoxemia sem qualquer perturbação para o aparelho
circulatório, particularmente a bomba cardíaca, do que resultaram admiráveis
contribuições à saúde de diversos psicopatas esquizóides. A distonia esquizofrênica,
porém, prossegue, sendo dos mais complexos quadros da patologia mental,
revelandose
nas quatro fases cíclicas e graves do Autismo, Hebefrenia, Catatonia e
Paranóia...
Assim, a loucura, apesar das avançadas conquistas Psiquiátricas e
Psicoanalíticas, continua desafiador enigma para as mais cultivadas inteligências.
Classificada na sua patologia clínica e mapeada carinhosamente, os métodos
exitosos nuns pacientes redundam perniciosos noutros ou absolutamente inócuos,
inexpressivos. Isto, porque, a terapia aplicada, apesar de dirigida ao espírito
(psiquê), não é conduzida, em verdade, às fontes geratrizes da loucura: o espírito
reencarnado e aqueles Espíritos infelizes que o martirizam, no caso das obsessões.
Fixados, no entanto, aos princípios materialistas que esposam, muitos
cultores da Ciência fecham, propositadamente, os ouvidos e os olhos às experiências
valiosas que ocorrem a cada instante fora dos seus limites, como a desdenhar de
tudo que lhes não traga a chancela vaidosa da Academia, que não poucas vezes se
utilizou do resultado dos fatos observados fora dos seus muros e fronteiras, para
elaborar as bases de muitas das afirmações que ora são aceitas por legítimas.
A psicoterapia e os métodos admiráveis psicoanalíticos, como as
orientações psicológicas hão logrado, como seria de esperar, resultados favoráveis
algumas vezes, especialmente quando as causas da loucura, do desequilíbrio
psíquico ou emocional são individuais ou gerais (conforme a classificação de alguns
expoentes da doutrina psiquiátrica), psíquicas e físicas.
Nestas últimas, se examinadas sob o ponto de vista da importância
endógena ou exógena (no caso do abuso do fumo, barbitúricos, alucinógenos, álcool
e outros), como das infecções e traumatismos, possivelmente se conseguem
expressivos êxitos na aplicação clássica do tratamento.Merece, porém, considerar, o a que denominamos de causas cármicas,
aquelas que precedem à vida atual e que vêm impressas no psicossoma (ou
perispírito) do enfermo, vinculado pelos débitos transatos àqueles a quem usurpou,
abusou, prejudicou e que, ainda que mortos, não se aniquilaram na vida, havendo
apenas perdido a forma tangível, sempre transitória e renovável.
Na atualidade, graças ao empenho do Espiritismo, a alma humana, o
Espírito, já não pertence à velha conceituação de “sombra trágica”, de Homero ou “o
enigmático e transcendente hóspede da glândula pineal”, de Descartes, antes é um
ser perfeitamente identificável, com características e constituição própria, que se
movimenta à vontade, edificador do seu destino, graças às realizações em que se
empenha. Conseqüentemente, a vida espiritual deixou de ser imaginária, concepção
ingênua dos antigos pensadores éticos que recorriam ao fantasioso para traduzir o
que não conseguiam compreender.
Estruturada em realidades que escapam às denominações convencionais, a
vida prossegue em mundos que se interpenetram ao mundo físico, ou se desdobram
além da esfera meramente humana, ou se fixam a outros centros de força de atração,
no Sistema Solar e fora dele, a multiplicarse
pelas incontáveis galáxias do
Universo. E o ser, na sua viagem incessante, evolute de experiência a experiência, de
mundo a mundo, de esfera a esfera, até libertarse
das baixas faixas da sensação,
donde proveio, na busca da angelitude a que aspira.
Ante a terapêutica da Psiquiatria Moderna, que desdenha a contribuição dos
conceitos filosóficos e religiosos, merece evoquemos o pensamento do Dr. Felipe
Pinel, o eminente mestre e diretor de L’Hospice de la Bicêtre, a cuja audácia muito
deve a ciência psiquiátrica: “L’hygiene remonte jusqu’au temps des plus anciens
philosophes” 4 . Isto, porque, da observação empírica à racional, nasceram as
experiências de laboratório que, a princípio estribada em conceitos éticofilosóficos,
resultantes do acúmulo dos fatos, passou ao campo científico como estruturação da
realidade.
Entretanto, aferrados ao ceticismo, esses estudiosos da Ciência, mesmo
diante dos fatos relevantes, permanecem fixados aos conceitos em que se
comprazem, sem avançar, realizando conotações, comparações com outros
resultados procedentes de outros campos.
Não há muito, por exemplo, o Dr. Wilde Penfield, no Instituto Neurológico
de Montreal, realizando uma cirurgia cerebral com anestesia local, percebeu que,
estimulando eletricamente determinados centros do encéfalo, fazia que a paciente
recordasse lembranças mortas, como se as estivesse vivendo outra vez.
Ao invés de logicar face à possibilidade de estar diante dos depósitos da
memória que o Espírito guarda, consubstanciou a velha teoria de que aquela retém
as lembranças por um mecanismo de impulsos elétricos encarregados de registrar
todas as ocorrências... Como mais tarde outros pesquisadores encontrassem
compostos químicos nas células dos nervos encarregadas de tal mister, conceberam
a teoria de que tais arquivamentos são fruto da presença desses compostos, já que os
modestos impulsos elétricos, que se descarregam com facilidade, não poderiam
possuir durabilidade para conservar evocações de longa distância desde o tempo emque as mesmas ocorreram. E ninguém verificou a possibilidade das lembranças de
outras vidas, igualmente impressas no cérebro, hoje largamente evocadas através da
hipnose provocada como da recordação espontânea, testadas em diversos
laboratórios de Parapsicologia.
Dia surgirá, porém, em que a Doutrina Espírita, conforme nola
apresentou
Allan Kardec, se adentrará pelos Sanatórios, Frenocômios, Casas de Saúde e
Universidades, libertando da ignorância os que jazem nos elos estreitos da
escravidão de uma ou de outra natureza. À semelhança do Dr. Pinel, que libertou das
algemas os pacientes de Bicêtre, em 1793, e logo depois Esquirol que fez o mesmo,
ensejando uma nova era à terapia psiquiátrica, o Espiritismo, também, a seu turno,
penetrará nos velhos arcabouços e nas catedrais da cultura e de lá arrancará os
padecentes algemados à loucura, à obsessão, projetando luz meridiana e pujante,
sugerindo e aplicando a terapêutica espiritual de que todos precisamos para elucidar
o próprio ser atribulado nos diversos departamentos da vida por onde jornadeia

quinta-feira, 5 de junho de 2014

ANALISAR

ANALISAR

           Quando analisares qualquer ocorrência menos feliz, procura ver o bem que permanece vivo e ativo por trás do mal aparente que aparentemente esteja dominando a situação.         
Muitos daqueles que foram trazidos ao painel obscuro das provas, com o objetivo de auxiliar os entes queridos a removê-las, simplesmente complicam-nas pelo hábito de se fixarem nas trevas, com esquecimento da nossa obrigação de clarear fraternalmente o caminho.
         Que dizer do bombeiro que atirasse petróleo à fogueira, sob o pretexto de extinguir as chamas do incêndio?
         Sempre que as circunstâncias te coloquem no tribunal da própria observação algum quadro de sofrimento ou desequilíbrio, deixa que o ar puro da fé positiva no valor do serviço te ventile a cabeça e surpreenderás o ângulo propício ao consolo ou à recuperação que te cabe empreender.
          Se ouves um comunicado inquietante, descerra as portas da alma à inspiração do otimismo e encontrarás para logo a palavra chave, destinada à solução dos casos mais aflitivos.  Se um amigo te confia decepções e pesares, recorda que o doente procura o médico para reduzir a enfermidade ou suprimi-la e não lhe piores a angústia, pronunciando frases sombrias.
          Pessimismo e azedume transformam pequeninos contratempos da vida em desastres grandes do coração.
          Ninguém progride ou se aperfeiçoa sem o contato social, o que vale afirmar que é preciso não apenas saber viver, mas também conviver. 
        O mecanismo das relações humanas, no fundo, assemelha-se à máquina que a indústria aciona em benefício da Humanidade.  E para que um engenho vulgar funcione devidamente lubrificado, ninguém se lembrará de atirar-lhe um punhado de areia nas engrenagens com a ideia de liquidar o problema do atrito.  Indiscutivelmente, todos necessitamos do óleo da compreensão e da compaixão nas crenas das rodas de nosso entendimento uns com os outros.
         Em verdade, o aprendizado evolutivo não dispensa o trabalho da análise.  Olhos são instrumentos para ver.  Discernimento exige raciocinar.  Todos, porém, que já despertaram para a responsabilidade de construir e elevar são chamados a ver e a raciocinar para o bem comum.
        Recordemos que se o Senhor nos permite identificar a presença do mal, isso ocorre, não para que venhamos a intensificar a esfera de influência do mal e sim para que nos decidamos a cooperar com Ele na supressão da sombra, em benefício da luz. 
        Nós que conhecemos de perto a importância da beneficência endereçada ao corpo, estendendo alimento e remédio, saibamos praticar a beneficência devida ao espírito, distribuindo o donativo da esperança e a caridade da boa impressão.  


Obra: Encontro Marcado – Emmanuel / Chico Xavier

INSTRUMENTO DE PAZ

INSTRUMENTO DE PAZ

por Brahma Kumaris

O chamado deste momento é um chamado de paz. Em minhas meditações da manhã, posso ouvir o clamor por paz, num mundo sem paz - não apenas pelo fim do conflito, mas por uma tranqüilidade e calma interior profunda que todas as almas lembram como nosso estado original.
Se quisermos encontrar a paz, devemos primeiramente ensinar a nós mesmos como nos tornarmos silenciosos e, então, podemos nos tornar pacíficos. Tornar-se pacífico significa controlar as rédeas da mente descontrolada e fazer com que os pensamentos fugidios parem. Quando tivermos a atenção da mente, poderemos começar a persuadi-la a nos levar para o silêncio, um silêncio verdadeiro; não o lugar sem som, mas o lugar no qual temos um profundo sentimento de paz e uma consciência total do nosso bem-estar.
Não é uma mente vazia que nos mostra esse estado de paz. Para entrarmos nesse estado de silêncio profundo, devemos treinar o intelecto para criar pensamentos puros e bons. Devemos treiná-lo a se concentrar. Nossos pensamentos inúteis são uma carga sobre nós. Nossos hábitos de criar pensamentos demais e palavras demais cansam o intelecto. Devemos nos perguntar: "Como posso cultivar o hábito do pensamento puro?".
Quem é que deseja entrar no silêncio? Sou eu, o ser interior, a alma. Quando me desapego do meu corpo e das coisas físicas e me afasto das distrações do mundo, posso me voltar para dentro, para o ser interior. Como um lago perfeitamente calmo quando todos os sopros de vento param, o ser interior brilha, refletindo silenciosamente as qualidades intrínsecas da alma. Sentimentos de paz e de bem-estar atravessam minha mente e, com eles, pensamentos de benevolência.
Eu abandono todos os pensamentos de descontentamento e sou lembrado de meu estado mais antigo, mais intrínseco. Lembro-me dessa calma interior. Embora não tenha estado aqui recentemente, lembro-me disso como minha consciência mais fundamental, e um sentimento de felicidade e contentamento transbordam dentro de mim. Nesse estado sei que cada alma é minha amiga. Sou meu próprio amigo. Estou profundamente tranqüilo. Estou silencioso e completamente em paz.
Esse poço profundo de paz é o estado original da alma. Quando estou nesse estado, sinto a corrente de amor pela humanidade e sinto um estado mais elevado do que aquele que eu chamaria normalmente de felicidade, um estado de bênção. É quando atinjo esse estado que algo verdadeiramente miraculoso pode acontecer. Quando estou nesse estado de consciência de alma completa, torno-me consciente de que outra energia está começando a fluir dentro de mim. Sinto uma força e um poder tão expansivo que, nesse momento, sei que não há nada que não possa fazer, nenhum lugar que não possa alcançar.
Quando isso acontece, estou sentindo a conexão com a energia divina e a corrente do poder de Deus em meu ser interior. Se eu permanecer concentrado internamente, conectado com essa corrente de poder divino, até o modo de utilizar os sentidos físicos será diferente. Quando eu olhar para o mundo, verei através de minha natureza original de benevolência e sentirei compaixão pelo mundo.
É nessa experiência que eu sei o que é o poder do silêncio. É esse poder que me transforma internamente, tornando-me puro e poderoso. Quando a alma e Deus estão juntos, há um poder que me atinge e então atinge os outros invisivelmente, realizando a transformação neles, na natureza, e no mundo.
O segredo desse poder do silêncio é que não tenho de fazer o trabalho da transformação. O poder divino transforma automaticamente. Deixe que eu faça o trabalho interno. Deixe que eu entre profundamente nessa experiência do estado original do eu, e que haja silêncio de modo que Deus possa fazer o Seu trabalho através de mim, Seu instrumento


Umbral e a Transição Planetária


- Socorro, socorro… – soavam os gritos atrozes, aos quais se uniam os gemidos de verdadeira multidão tresloucada. Vamos fugir. Satanás está chegando com seus raios comburentes para nos queimar. Corramos rápido!
- Que nada, não temos o que fazer, aguentemos por mais tempo, que ele passa. Não adianta fugir… como estava escrito no Livro Sagrado, o inferno é um eterno queimar sem se consumir…
- Onde está o pastor que nos havia garantido que dormiríamos até o dia do Juízo?
- Acabei de vê-lo correndo com um grupo em busca de abrigo em alguma caverna, fugindo do calor insuportável.
Todos estes diálogos aconteciam entre os inumeráveis hóspedes daqueles sítios dantescos, transformados em área de reunião de entidades inferiores. Gritarias desesperantes, deslocamentos em massa, fugas em busca de sombra, sofrimentos multiplicados, seres desfigurados e sem comparativo na linguagem humana lá estavam, agoniados, clamando contra os elementos que os fustigavam, agitando-se contra as dores coletivas.
Entre seus membros, se encontravam aqueles que, na Terra, haviam sido responsáveis pelas quedas morais de muitos, os que haviam se locupletado com a dor e o sofrimento de seus semelhantes, as pessoas desonestas e interesseiras, indiferentes e cínicas, que nunca se deixaram tocar pelas noções espiritualizantes que melhorassem suas vidas através da prática do Bem.
Seres que ridicularizavam todos os conselhos sobre a modificação de comportamentos, a melhoria moral, o esquecimento dos males e o cultivo do perdão.
Os gastadores inveterados, cultivadores do luxo e dos modismos sem fim, dos esbanjadores das riquezas com os caprichos do mundo moderno, sem terem dado nenhum sentido de utilidade à própria vida lá estagiavam.
Também estavam cercados dos faladores da vida alheia, dos caluniadores, dos mentirosos, das almas belicosas e agressivas, dos malfeitores não arrependidos, dos governantes e autoridades corruptos, dos religiosos fanáticos e venais, dos infelizes viciados em todo o tipo de prazeres, fossem os químicos fossem os da conduta depravada.
Dos ricos debochados e dos pobres rebeldes, dos saudáveis gozadores e dos enfermos irreverentes e revoltados.
Os diversos comboios espirituais continuavam a trazer entidades recolhidas, as mais difíceis, endurecidas, sintonizadas com as malhas da ignorância, para as quais nunca fizera sentido a mais simples advertência a respeito de suas transformações morais.
Espíritos que carregavam neles as marcas dos próprios equívocos, e as características fluídicas daqueles que já não poderiam mais permanecer junto dos encarnados, nos processos de renovação da humanidade.
Por todas as maneiras e formas, caminhos e mídias, a palavra esclarecedora que convocava ao trabalho da última hora fora entoada e continuava a sê-lo. No entanto, mais do que entendê-la como algo sério, a maioria a ridicularizava, descrente das coisas elevadas do Espírito pelo entorpecimento de suas almas, acostumadas ao intenso gozo das coisas da matéria. Escutando as palavras de sacerdotes, pastores, monges, religiosos de todos os tipos, boa parte deles mais interessada nos bens materiais de seus fiéis, os diversos seguidores de religiões se deixavam afastar da essência dos conteúdos profundos encontrados nas palavras de Jesus, reduzindo a religião ao formalismo social e à prática interessada na solução de problemas materiais.
Sem maior profundidade de análise, a maioria descria simplesmente ou o praticavam de maneira superficial ou mística, buscando solução para problemas que eles próprios haviam engendrado.
As portas da Arca já estavam em adiantado estágio de fechamento, de maneira que muitos estariam impedidos de nela penetrar. E diferentemente do que falavam as antigas escrituras, já não se tratava mais de um navio de madeira. Agora, a verdadeira Arca era o próprio Planeta, e os que se candidatassem a nela permanecer, deveriam demonstrar a disposição através da mudança de suas vibrações pela alteração dos interesses imediatos e pela renovação de condutas.
Dores e dificuldades em avalanche aterradora surpreenderiam os gozadores e preguiçosos que, então, correriam a todas as igrejas com promessas de última hora e orações desesperadas, todas elas insinceras e motivadas, apenas, pelo temor.
Perceberiam, no entanto, que as portas da grande Arca Terrena já não mais estariam abertas para esse arrependimento improvisado, sem base na modificação sincera e na adesão do Espírito a novos valores.
Tragadas pelas circunstâncias, têm sido milhões de almas retiradas das zonas umbralinas e do seio dos próprios encarnados, aquelas sobre cuja fronte se encontra a marca da indiferença, do atraso, da inadequação para a nova ordem.
E era triste de se ver o oceano humano deslocando-se em massa de um lado para o outro, ora fugindo do calor ora do congelamento, suplicando um pouco de água ou se agarrando com o propósito de se aquecerem.
Nada disso, no entanto, alterava o estado mental de cada um, já que suas vibrações, hipnotizadas pela constante indiferença para com a elevação e a melhoria de sentimentos, fazia deles algozes uns dos outros. Verdadeiras feras que se mordiam, se violentavam, estabeleciam domínios pela agressividade com que defendiam seus limites, demonstrando que, não importava onde estivessem, seriam sempre os mesmos.
Nada de arrependimento, nenhum impulso de humilhação diante das próprias culpas. Somente revolta, blasfêmia e maldades espalhadas por todos os lados.
Livro Herdeiros do Novo Mundo, cap. 9, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

Sabedoria dos Anjos: HARMONIA


 

Trazendo Harmonia para todas as áreas de sua vida

Chame por ajuda para acalmar seu ser interior, para acalmar seus pensamentos e seus sentimentos e pedir raios de cura angelicais de luz para banhar o seu corpo físico, e então sinta como essa luz e esta energia é maravilhosa e lembre-se dela.

Fique dentro desta energia o máximo que puder e deixe-a ajudá-lo a manter seus mundos físicos, mentais, emocionais e espirituais equilibrados, trabalhando em conjunto para ajudá-lo a encontrar a sua harmonia interior, a sua música interior onde todas as suas partes estão trabalhando em conjunto, em uníssono, para ajuda-lo a criar.

Quando todos os aspectos do seu ser estão em harmonia, você está em paz consigo mesmo e com seu mundo.

Isso não significa que todas as coisas sejam perfeitas, isso significa que você aceita onde você está agora, que você homenageia quem você é, e que você se sente em paz.

Você cria uma bela melodia que segue com você em seu caminho, permitindo que os outros também sintam esta tranquilidade.

Ela cria ondulações para o resto do mundo o que afeta a todos e a tudo.

Afirmação: " Quando o meu coração, minha mente, meu corpo e minha alma estão trabalhando juntos e em harmonia, eu sou um com o Universo e com TUDO O Que É ".

E assim é

Você é ternamente amado e apoiado, sempre,

Os Anjos e os Guias