sábado, 31 de maio de 2014

Bezerra de Menezes: INSTALAÇÃO DA NOVA ERA

Bezerra de Menezes

É esse Jesus, modelo e guia, que o Espiritismo nos traz de volta.

Alegrai-vos, vós que chorais. Tende confiança. Mantende o ânimo para seguir sem desalento, voltados para o bem inefável e para o amor incondicional.

Jesus, meus filhos, é o nosso caminho, levando-nos à verdade e à vida.

Estais informados de como proceder.

...E ante as penosas injunções, não busqueis orientações nem diretrizes outras, porque já tendes o amor e o perdão.

Perdoai, sempre e incessantemente, amando os crucificadores para que todos saibam que sois discípulos do Mestre vitorioso da cruz.

Inaugura-se a era nova. A revelação espírita abre o ciclo das realizações grandiosas para o porvir.

Fostes honrados com o convite do Mestre Jesus, para vos constituirdes em alicerce dessa era nova.

Entregai-vos à Sua condução e nunca vos deixeis recuar,. estacionar, ceder o passo na estrada do bem.

Esta é a hora de semear luz.

Ide, pois, como aqueles setenta da Galiléia, preparar os caminhos, porque o Senhor está chegando à Terra para proclamar a glória do Espírito imortal.

Ide, por toda, parte, e falai a respeito de Allan Kardec, a quem homenageamos neste dia do encerramento do 2º Congresso Brasileiro de Espiritismo.

Convidado pelos Espíritos-espíritas do Brasil para que presidisse este evento, o nobre Codificador, aqui presente com as falanges do Espírito de Verdade, está conosco e nos acompanhará neste novo ciclo que se abre até o momento quando o mundo de regeneração se encontre instaurado e instalado na Terra.

Que Jesus nos abençoe, filhos da alma, e que a paz, que deflui da consciência tranqüila, permaneça em vossos corações.

Recebei o carinho dos companheiros que vos precederam no retorno ao Grande Lar através do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra.

Onde está a felicidade?


Ocorreu-me a idéia de compilar frases de várias personalidades sobre a felicidade. O resultado pode ser contemplado abaixo:

"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
Mario Quintana

"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."
Mahatma Gandhi

"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos."
William Shakespeare

"Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
"
Mario Quintana

"A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos."
Arthur Schopenhauer

"A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira."
Leon Tolstoi

"A alegria não está nas coisas, está em nós."
Johann Goethe

"Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros."
M. Taniguchi

"A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados."
Victor Hugo

"O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros."
Alexandre Herculano

"Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor."
Madre Teresa

"O dinheiro é uma felicidade humana abstracta; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele."
Arthur Schopenhauer

"Os homens que procuram a felicidade são como os embriagados que não conseguem encontrar a própria casa, apesar de saberem que a têm."
Voltaire

"A felicidade não se encontra nos bens exteriores."
Aristóteles

"Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz."
Abraham Lincoln

"A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido."
Marxwell Maltz

"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade."
Immanuel Kant

"Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará."
Epíteto

"A felicidade não depende do que você é ou do que tem, mas exclusivamente do que você pensa."
Dale Carnegie

"As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo."
Epicuro

"Quem não encontra a felicidade em si mesmo, é inútil procurá-la em outro lado."
François La Rochefoucauld

E por fim, os últimos desejos de Alexandre O Grande:

"Quando à beira da morte, Alexandre convoca seus generais e seu escriba e relata a estes seus 3 últimos desejos:

1 – Que seu caixão seja transportado pelas mãos dos mais reputados médicos da época;
2 – Que sejam espalhados no caminho até seu túmulo, seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…);
3 – Que suas duas mãos sejam deixadas balançando no ar, fora do caixão, a vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, pergunta a Alexandre a razão destes. Alexandre explica então:

1 – Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão, para mostrar aos presentes que estes NÃO têm poder de cura nenhuma perante a morte;
2 – Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 – Quero que minhas mãos balancem ao vento, para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos, de mãos vazias partimos.
"

Podemos então perceber que pessoas de países diferentes, épocas diferentes e até mesmo graus de instrução diferentes chegaram em um grau de entendimento muito similar sobre a felicidade.

Em resumo, dizem todos que a felicidade é algo que está dentro de nós: é amar, compartilhar os bons momentos, ajudar, fazer aos outros felizes e por fim, perceber que nossa postura diante da vida, nossa maneira de pensar e de agir é que traz a felicidade para nós. Procurá-la fora disso é em vão.

Crescimento e Compreensão

Crescimento e Compreensão

Ao você viajar através da vida, suas experiências podem aumentar e aprofundar seu entendimento espiritual de si mesmo e de como o seu mundo funciona.

Toda experiência alimenta seu ser interior e é uma parte importante da jornada da sua alma.

Cada experiência está lá para ajudá-lo a crescer e dar lições sobre a sabedoria, compreensão e compaixão.

Importantes insights sobre si mesmo e sobre as missões da sua vida, estão ocorrendo para você a medida em que você expande a sua luz e há muito mais acontecendo do que às vezes você possa imaginar.

Liberte-se de todos os medos que ainda possa ter e que te impede de ver os resultados que deseja.

Participe de seu progresso espiritual e torne-o uma parte de sua vida cotidiana.

Manter o equilíbrio entre as necessidades do seu corpo e da sua alma pode ajudar a encontrar a energia e a coragem de apontar para as estrelas.

Aproveite o tempo durante o seu trabalho em seu interior, para fazer uma pausa e refletir sobre o que você já aprendeu, de modo que possa ver que está progredindo apenas no ritmo certo e que novos entendimentos estão se desdobrando para você.

Afirmação: " Eu cresço e fico ainda mais forte a cada dia, pois meu espírito resistente retroalimenta o meu crescimento e a minha compreensão da vida e de Tudo O Que É".

E assim é

Você é ternamente amado e apoiado, sempre,

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ver e não crer


Ver e não crer



A revista “Veja” trouxe anos atrás uma reportagem sobre o poderosíssimo telescópio “Hubble” que completava, na época, quinze anos de lançamento pela NASA, fotografando longínquos locais do Universo e ampliando o conhecimento do ser humano tão pequenino e, infelizmente, tão autocredor de sabedoria.

Esse fantástico telescópio trouxe para a Terra imagens distantes a 12 bilhões de anos-luz! Suas câmaras captaram 700.000 imagens e confirmaram algumas teorias importantes da Astronomia moderna.

Em comemoração a esses quinze anos do telescópio varrendo o espaço cósmico, a NASA divulgou algumas imagens impressionantes captadas por suas lentes. Entre elas, mostra a nebulosa da Águia que se apresenta como uma nuvem de poeira e gases que se estende por 9,5 anos luz (um ano-luz corresponde a um percurso de 9,5 trilhões de quilômetros)! A outra foto publicada traz a imagem de uma galáxia denominada de M51. Essas duas regiões do espaço são berços de estrelas novas que não param de nascer.

Na reportagem, a nebulosa da Águia se apresenta como uma imensa nuvem que se levanta levando em seus braços as estrelas recém-nascidas. Já por sua vez, a galáxia M51 apresenta–se como uma espiral luminosa a se espreguiçar pelo Universo infinito, esticando-se em direção a outras galáxias.

Dissemos essas palavras introdutórias que, na aparência, nada têm a ver com a Doutrina Espírita, mas que despontam como prova da existência de um Autor de toda essa perfeição, Autor esse sobre o qual o orgulhoso ser humano vive a exigir provas de Sua existência.

Será que essas imagens geradas pelo poderoso telescópio Hubble não servem como uma prova que atende ao axioma da própria ciência de que não existe efeito sem causa?

Ao constatar essa pequena parcela grandiosa da Criação, o ser humano não consegue dobrar-se diante da realidade, curvando-se no orgulho e reconhecendo que essa expansão ordenada do Universo necessita ter um plano inteligente que não pode ser obra de um mero acaso?

Tão somente pela questão de número 1 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec revela toda a sua inteligência ao indagar aos Espíritos Superiores que coordenavam a obra da Codificação: que é Deus e não quem é Deus!

A resposta à questão de Allan Kardec deveria ser lida por todo cientista: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.

Eis aí ao alcance da mais precária inteligência, não embotada pelo orgulho e pela vaidade, a resposta simples às imagens captadas pelo telescópio Hubble.

É perfeito Carlos Torres Pastorino (Espírito) quando coloca no livro “Impermanência e Imortalidade”, psicografado por Divaldo Pereira Franco: “No princípio... a Terra era vazia e havia trevas sobre a face do abismo. (Gênesis, 1:1-2)... e Deus iniciou a Sua Obra, mais grandiosa do que aquela que conhecemos... Por mais que a inteligência humana recue na busca desse princípio, o primeiro momento desaparece no tempo e no espaço, sem qualquer concepção que possa apresentar um limite, perdendo-se no infinito que dimensiona a humana ignorância a respeito da Causalidade Absoluta”.

Mesmo apanhando num lapso de tempo e de espaço as imagens da Nebulosa da Águia e da galáxia M51 como dois berçários de novas estrelas como prova de que a obra da criação planejada não cessa, o pequeno homem do discreto planeta Terra não se dobra em seu orgulho e vaidade às provas confeccionadas pelo próprio ser humano, exigindo sempre novos fatos que vão além da sua capacidade de entendimento, para admitir a existência da Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas!

Um outro questionamento suscitado pela referida reportagem da revista “Veja”, com as publicações belíssimas da Nebulosa da Águia e da galáxia M51, é a afirmativa de Jesus em João, capítulo XIV, vv. 1 a 3: “Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar”.

Olhando as fotos espetaculares estampadas na reportagem de estrelas novas como que acolhidas em uma mão de nuvens e de uma galáxia espreguiçando-se no Universo infinito, qualquer inteligência mediana concluirá que o pequenino planeta Terra, com os seus orgulhosos habitantes, não é suficiente para representar toda a grandiosidade da obra da Criação! É necessário e indiscutível haver outros milhares de planetas habitados pelos mais diversos tipos de alunos que compõem a Obra perfeita de Deus.

Deixemos que Santo Agostinho encerre nosso artigo com a reprodução de um pequeno trecho de sua comunicação realizada em Paris, em 1862, contida no capítulo III do “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade”.


Deus e o conhecimento do futuro

Deus e o conhecimento do futuro



No livro, O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária, de Canuto de Abreu, existe essa comunicação, da mais alta moral, sobre o Futuro. Por si só já é bastante completa, responde muitas dúvidas, mas eu gostaria de convidar os amigos para estudar melhor esse tema, tão pouco compreendido, e por razão disso uma quantidade enorme de tópicos, baseados em doutrinas orientais, estão tomando conta do fórum.

O espírito que a ditou me parece ter sido o Espírito Verdade, mas caso não seja, foi um espírito da mesma elevação, porque tal autoridade nas palavras só poderia ser de um espírito que estivesse tão envolvido na doutrina, e tão responsável pelo o seu futuro, que não poderia ser de menos grau que nenhum outro.

Essa comunicação foi dada em uma reunião simpática de fraternização da comemoração do primeiro ano da publicação do Livro dos Espíritos. Kardec chegou logo depois. Estava sendo discutido a previsão de acontecimentos futuros, como por exemplo, a revelação do espírito Zéfiro de alguns fatos previsto por ele do primeiro econtro de Kardec com as irmãs Caroline e Julie, antes de conhecer a sua missão, e de muitos outros.

Caros leitores, por favor, leiam com bastante atenção porque é uma das comunicações das mais ricas que existe em toda literatura espírita.


Os grifos são meus


Texto extraído do livro O Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária



Onde impera a Mão da Providência não age a do Acaso, e a Providência se manifesta pelos acontecimentos. Eis, ai, uma tese que muita gente, mesmo entre os ‘Spiritualistes’, repele por inverossímil. No entanto, admite-se, em geral a tese da Profecia que, na aparência material, é fato mais incrível por mais inexplicável.

Ora, se um evento ‘futuro’, isto é, ‘remoto no tempo’, pode ser previsto pelo homem, em dadas condições mediúnicas ou magnéticas, é porque o evento obedece a leis. Leis que presidem aos acontecimentos. Admite-se, igualmente, entre os ‘Spiritualistes’, a tese da ‘Providência’. É lógico o que ela, existindo, só se pode manifestar pelos acontecimentos. Daí a procedência da primeira tese, por nós enunciada e defendida nesta reunião, com bastante discernimento.

Nos eventos da vida cotidiana o verdadeiro sábio — que é em nossa opinião o homem de Fé — e o verdadeiro cientista — que é o homem da Técnica — podem, querendo, descobrir sempre o fio de uma ‘Causa Providencial’, embora aparentemente, ‘material’: Todo evento vem dum antecedente que por sua vez procede doutro na cadeia ininterrupta que vai à ‘Causa Providencial’.

O homem ‘imaturo’ — célula da ‘Massa Ignara’ — tem dificuldades no seu processo primário de compreensão. Contudo, não ignora, pelo ‘sentimento’, que tudo quanto nos acontece vem da Vontade Divina. Vocês porém, mais avançados na compreensão, já entrevêem as leis que regem os acontecimentos. Já sabem que, na observação dos eventos diários, é indispensável não se olvidarem principalmente duas: Dum lado, a do Livre Arbítrio e, doutro lado, a do Progresso. E, de fato, imprescindível, ter sempre em vista, esse dois fatores que condicionam os acontecimentos.

No caso debatido por Vocês — o do missionário — não raro o homem, pelo livre arbítrio, passa a outrem a tarefa que, pela Lei do Progresso, lhe caberia em justiça. Isso acontece quando, por exemplo, pedindo e obtendo na Vida Invisível certa experiência carnal, o homem, ‘voluntariamente’, recua, na hora da prova, por ‘medo’ ou ‘fraqueza de vontade’. Não há ‘crime’ no recuo. Há, porém, ‘atraso’, no progresso espiritual. Todavia — e nisto está a importância da tese — o recuo jamais’ constitui surpresa para a Providência Divina e o conhecimento dele vem pela cadeia espiritual, segundo uma disciplina hierárquica, até o Guia do homem que vai falir. A força moral de cada criatura é, cientificamente, conhecida de seu Guia. E é, justamente, com ‘recuos’ e ‘avanços’ dos homens, sob a vigilância dos Guias, que se opera a complicadíssima rede dos Desígnios de DEUS, rede que, no Mar da Vida, arrasta os homens para o eu destino, que é o Aperfeiçoamento da Alma.

Para nós, que tivemos, por força dos acontecimentos, de comungar com Vocês na mesma tarefa de aperfeiçoamento na hora que passa, é motivo de satisfação verificar que não houve, entre Vocês, que aqui se acham, nenhum recuo nas missões que lhes foram confiadas. Cada qual no seu posto importante —pois não houve, diga-se-lhes, posto algum insignificante entre Vocês — cada qual, repetimos, usando do livre arbítrio sem temor nem tibieza, todos aceitaram tarefas e fizeram jus à Lei de Progresso. Todos correspondem às nossas expectativas como entre nós estava ‘previsto’.

Nestas palavras não vai elogio mas o beneplácito dos Guias que nos propomos interpretar. Contudo, como Vocês mesmos percebem, o que foi realizado até hoje está muito longe do fim que lhes cabe atingir. Ainda lhes resta muito a executar até o limite preestabelecido para cada qual. Uma só existência não lhes bastará. Até aqui ‘aprenderam’. E usamos o verbo no sentido platônico de ‘recordaram’. Daqui por diante, cumpre-lhes ‘apostolar’. E empregamos o verbo no sentido cristão. E imperioso à divulgação da Filosofia dos Espíritos, ora delineada em O LIVRO, que Vocês ‘morram’ como ‘homens velhos’ e ‘se reencarnem’ como ‘homens novos’, nesta mesma existência. Os Apóstolos do Espiritismo devem ‘renascer’ mental e moralmente. Só os assim ‘renascidos’ podem titular-se ‘Espíritas’. Se Vocês não ‘se gerarem ‘de novo na mentalidade e na moral não implantarão o Reino dos Espíritos na Terra, em substituição ao Reino dos Deuses. Não lhes precisamos, felizmente, lembrar que foram ‘chamados’, com muitos; a testemunhar a Passagem do Espírito VERDADE pelo nosso planeta, Mas; é mister dizer-lhes, por pura advertência, que foram ‘escolhidos’, com poucos, para esse testemunho. Ora, para testemunhar a VERDADE, não basta ser ‘escolhido’, é impreterível ser ‘marcado’. E isso não depende da nossa vontade. Vocês é que devem querer ser ‘marcados’. Por outras palavras: Cada qual precisa tornar-se aos olhos do Mundo um ‘ser novo’, uma ‘entidade re-gerada’, afim de que os homens, que vão ser ‘chamados’ e ‘escolhidos’ pelo O LIVRO DOS ESPÍRITOS, vejam, no exemplo vivo dos seus Apóstolos; que o Espiritismo vem para ‘gerar de novo ‘Filhos da VERDADE.

Portanto, resta-lhes o mais difícil da prova que aceitaram: ‘Viver como Espíritas’. Cumpre-lhes encarnar’ na vida cotidiana a Filosofia revelada pela VERDADE. Tem, por isso, razão o Professor Rivail: Não basta o que foi feito até hoje. Coligir e compendiar ensinos, preciosos por verdadeiros é, sem dúvida, serviço relevante, merecedor de graças espirituais — que são os salários das Almas de Fé —as quais não faltarão jamais, nos ajustes de contas dos homens, perante o Tribunal da Providência.

Mas, assim como à Mulher não basta a gestação e o parto para a glória de ser Mãe, na alta expressão do termo —pois só é verdadeira mãe a mulher que ‘cria ‘o filho — também ao Apostolado Espírita não bastam a elaboração e o lançamento da Filosofia dos Espíritos. É-lhe necessário, para não falir na missão, ‘praticar’ essa Filosofia, predicando os seus ensinos não só ‘por palavras’ mas sobretudo ‘por exemplos’. E nós lhes anunciamos; caros Companheiros, que esse Apostolado não será uma batalha de flores e sim de espinhos. Apresentar A VERDADE, através dum livro, é uma coisa; defendê-la, em campo de luta, é outra. Vamos agora, Vocês e nós outros, para a arena — como lhes falou o Professor Rivail. Vamos defrontar; na Terra e no Espaço, feras e gladiadores. Os homens e Espíritos; que nos ouvem dentro desta casa, foram todos ‘convocados’ ou ‘convidados’ para a luta que será chamada, na História, a ‘Batalha da VERDADE’. Não devemos temê-la nem fugir-lhe, mas saber que a batalha será terrível e que venceremos afinal. Venceremos o que? A pergunta é fútil. Sabemos que nos cumpre vencer o principal inimigo de A VERDADE: O Materialismo. À luta, pois! Cada um de nós em seu setor, combatamos todos; ‘sem hesitação’, o Rancor oposicionista. Batalhemos todos; ‘sem temor’, a Rotina retardatária. Guerreemos todos; ‘sem arrefecimento’, a Perseguição. Mas; na luta, empreguemos somente as armas nobres dos Cavalheiros d’A VERDADE: A Humildade, a Prudência, a Tolerância, a Persistência. Sim, essas as nossas armas. Na batalha da Luz contra a Treva outras não são permitidas que as do Evangelho.

Voltando ao tema debatido nesta reunião, dizemos: Aquele dentre Vocês que mais ‘vivo’ tornar os Espiritismo entre os homens; esse será o verdadeiro missionário d’A VERDADE na Terra. Portanto, ainda não foi ‘marcado’. Convidamos a dar o primeiro passo à frente aquele que há pouco nos prometeu ficar na vanguarda dos soldados; aquele que recebeu e aceitou a incumbência de redigir em linguagem humana e universal a ‘primeira página’ da Filosofia dos Espíritos; que será, realmente, a base da Religião do Futuro, que começa nesta hora. Se ‘aquele’ o der; como contamos; se marchar com denodo, como almejamos; se não titubear como esperamos; terá, por certo, nosso apoio de flanco e retaguarda para lhe poupar o ataque invisível dos Espíritos Atrasados. E se chegar triunfante até o último alento da vida material logrará a Bênção da Providência e o Reconhecimento da Posteridade. Com ele, marchem resolutos; os que nos ouvem! Não é uma ‘ordem’ retórica a que lhes transmitimos. Vocês sabem que, nos eventos a nós confiados; não é o Acaso que comanda.

Cavalheiros d’A VERDADE, para a frente!

Como vocês notaram, o conhecimento do futuro não é algo de extraordinário, de maravilhoso, de sobrenatural, ou qualquer outra coisa fora das leis da Naturais. É algo bem simples de entender, porque todo evento vem dum antecedente que por sua vez procede doutro na cadeia ininterrupta que vai à ‘Causa Providencial’. Tudo dentro das leis naturais.

É por essa razão que no Livro dos Médiuns diz que os bons espíritos nunca determinam datas; que a previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.



LIVRO DOS MÉDIUNS

8º Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento. Os bons Espíritos fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas. A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.


Isso acontece porque os espírtos só podem conhecer o desenrolar dos acontecimentos dentro das leis naturais, assim como o homem da montanha, que do alto da montanha, vendo ladrões e assasinos se aproximarem dum vilarejoro, corre para o vilarejo e informa seus habitantes que se não sairem daquele lugar o mais depressa possível, irão morrer, porém, não sabe se de fato isso vai acontecer e quando acontecer, e quantas pessoas irão morrer, porque todo aconteciemnto está condicionado ao livre arbítrio, como vimos na comunicação acima.


OBRAS PÓSTUMAS - CONHECIMENTO DO FUTURO. PREVISÕES


Desde todos os tempos, os homens hão querido conhecer o futuro e volumes se poderiam escrever sobre os meios que a superstição inventou para erguer o véu que encobre o nosso destino. Muito sábia foi a Natureza no-lo ocultando.

Cada um de nós tem a sua missão providencial na grande colmeia humana e concorre para a obra comum na sua esfera de atividade. Se soubéssemos de antemão o fim de cada coisa, é fora de dúvida que a harmonia geral ficaria perturbada.

A segurança de um porvir ditoso tiraria ao homem toda a atividade, pois que nenhum esforço precisaria ele empregar para alcançar o objetivo que sempre colima: o seu bem-estar. Paralisar-se-iam todas as forças físicas e morais. As mesmas conseqüências produziria a certeza da infelicidade, em virtude do desânimo que ganharia a criatura. Ninguém se disporia a lutar contra a sentença definitiva do destino.

O conhecimento absoluto do futuro seria, portanto, um presente funesto, que nos conduziria ao dogma da fatalidade, o mais perigoso de todos, o mais antipático ao desenvolvimento das idéias. A incerteza quanto ao momento do nosso fim neste mundo é que nos faz trabalhar até ao último batimento do nosso coração.

O viajante levado por um veículo se entrega ao movimento que o fará chegar ao ponto demandado, sem pensar em lhe impor qualquer desvio, por estar certo da sua impotência para consegui-lo. O mesmo se daria com o homem que conhecesse o seu destino irrevogável. Se os videntes pudessem infringir essa lei da Providência, igualar-se-iam à Divindade. Por isso mesmo, não é essa a missão que lhes cabe.

No fenômeno da dupla vista, por se achar a alma parcialmente liberta do envoltório material, que lhe limita as faculdades, não há duração, nem distância; visto que lhe é dado abranger o espaço e o tempo, tudo se lhe confunde no presente. Livre dos entraves da carne, ela julga dos efeitos e das causas melhor do que nós, que não podemos fazer outro tanto; vê as conseqüências das coisas presentes e pode levar-nos a pressenti-las. É neste sentido que se deve entender o dom de presciência atribuído aos videntes.

Suas previsões resultam de ter a alma consciência mais nítida do que existe e não de uma predição de coisas fortuitas, sem ligação com o presente. É por dedução lógica do conhecido que ela chega ao desconhecido, dependente muitas vezes da nossa maneira de proceder. Quando um perigo nos ameaça, se somos avisados, ficamos em condições de tentar tudo o que seja preciso para evitá-lo, cabendo-nos a liberdade de fazê-lo ou não.

Em tal caso, o vidente tem diante de si um perigo que se nos acha oculto; ele o assinala, indica o meio de afastá-lo, pois de outro modo o acontecimento segue o seu curso.

Suponhamos que uma carruagem enveredou por uma estrada que vai dar num precipício que o condutor não pode perceber. É evidente que, se nada ocorrer que a desvie, ela ali se precipitará. Suponhamos também que um homem colocado de maneira a divisar a estrada em toda a sua extensão, vendo o perigo que corre o viajante, consegue avisá-lo a tempo de ele se desviar. O perigo estará conjurado. Da sua posição, dominando o espaço, o observador vê o que o viajante, cuja visão os acidentes do terreno circunscrevem, não logra divisar. Pode ele ver se uma causa fortuita obstará à queda do outro; conhece então, previamente, o que se dará e prediz o acontecimento.

Imaginemos que esse homem, do alto de uma montanha, divise ao longe, pela estrada, uma tropa inimiga dirigindo-se para uma aldeia a que pretende atear fogo. Fácil lhe será, levados em conta o espaço e a velocidade, prever quando a tropa chegará. Se, então, descendo à aldeia, disser apenas:

A tal hora a aldeia será incendiada, caso o fato ocorrer, ele passará, aos olhos da multidão ignorante, por adivinho, feiticeiro; entretanto, apenas viu o que os outros não podiam ver e deduziu, do que vira, as conseqüências.

Ora, o vidente, como esse homem, apreende e acompanha o curso dos acontecimentos; não lhes prevê o resultado porque possua o dom de adivinhar: ele o vê e, desde então, pode dizer-vos se estais no bom caminho, indicar-vos outro melhor e anunciar o que se vos deparará no extremo do que seguis. É, para vós, o fio de Ariadne, mostrando a saída do labirinto.

Como se vê, longe está isso da predição propriamente dita, conforme a entendemos na acepção vulgar do termo.

Nada foi tirado ao livre-arbítrio do homem, que conserva sempre a liberdade de agir ou não, de evitar ou deixar que os acontecimentos se dêem, por sua vontade, ou por sua inércia; indica-se-lhe um meio de chegar ao fim, cabendo-lhe utilizá-lo. Supô-lo submetido a uma fatalidade inexorável, com relação aos menores acontecimentos da vida, é despojá-lo do seu mais belo atributo: a inteligência; é assimilá-lo ao bruto. O vidente, pois, não é um adivinho; é um ser que percebe o que não vemos; é, para nós, o cão do cego. Nada nisto há, portanto, que se contraponha aos desígnios da Providência quanto ao segredo de nosso destino; é ela própria quem nos dá um guia.

Tal o ponto de vista donde se deve considerar o conhecimento do futuro, por parte das pessoas dotadas de dupla vista. Se fosse fortuito esse futuro, se dependesse do a que se chama acaso, se nenhuma ligação tivesse com as circunstâncias presentes, nenhuma clarividência poderia penetrá-lo e nenhuma certeza, nesse caso, ofereceria qualquer previsão. O vidente (referimo-nos ao que verdadeiramente o é), o vidente sério e não o charlatão que simula sê-lo, o verdadeiro vidente, não diz o que o vulgo denomina “buena-dicha”; ele apenas prevê as conseqüências que decorrerão do presente; nada mais e já é muito.

Quantos erros, quantos passos em falso, quantas tentativas inúteis não evitaríamos, se tivéssemos sempre um guia seguro a nos esclarecer; quantos homens se acham deslocados na vida, por não se haverem lançado no caminho que a Natureza lhes traçara às faculdades! Quantos sofrem malogros por terem seguido os conselhos de uma obstinação irrefletida! Uma pessoa houvera podido dizer-lhes:

“Não empreendais isso, porque as vossas faculdades intelectuais são insuficientes, porque não convém ao vosso caráter, nem à vossa constituição física, ou, ainda, porque não sereis secundados, como fora preciso; ou, então, porque vos enganais sobre o alcance do que pretendeis e topareis com este embaraço que não prevedes.” Noutras circunstâncias, ter-lhes-ia dito: “Sair-vos-eis bem de tal empreendimento, se vos conduzirdes desta ou daquela maneira; se evitardes dar tal passo que não pode comprometer-vos.”

 Sondando as disposições e os caracteres, poderia dizer: “Desconfiai de tal armadilha que vos querem preparar”, acrescentando, em seguida: “Estais prevenidos, fiz o que me cumpria; mostrei-vos o perigo; se sucumbirdes, não acuseis a sorte, nem a fatalidade, nem a Providência; acusai-vos unicamente a vós mesmos. Que pode fazer o médico, quando o doente não lhe dá atenção aos conselhos?”

Allan Kardec

Caridade com meias sujas


Caridade com meias sujas


 
Aconteceu numa casa espírita do Estado do Rio de Janeiro. Um frequentador chegou com uma sacola de roupas infantis para serem doadas. Entre as roupas, e em evidência, um par de meias sujas. Tão em evidência que foram notadas pelo voluntário da casa espírita assim que a sacola passou para a mão dele.

De início, a vontade desse colaborador foi chorar. De tristeza. Afinal, o bom senso recomenda que não se deve fazer caridade com meias sujas. Por falar nisso, o que é caridade?

Não há (e nem sei se houve um dia), no currículo escolar brasileiro, uma disciplina chamada etimologia. E o que é etimologia? É a ciência que estuda de onde vêm as palavras, mostrando como são formadas e o que significam.

Caridade não deixa de ser sinônimo de amor. Os teólogos cristãos empregam, de forma distinta, duas palavras para o amor. Eros (deus grego do amor) é o amor carnal; ágape (banquete fraterno do início da era cristã), o amor espiritual. Pois bem, o amor ágape, que é o amor da reunião, do estar junto de forma fraterna, dividindo tudo com prazer, é traduzido na língua portuguesa por caridade, palavra derivada do latim, caritas, que significa grande amor.

O apóstolo Paulo, em Coríntios, cap. 13, versículos 1 a 3, diz:

- Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até o ponto de transportar montes, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuísse todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregasse o meu corpo para ser queimado, se todavia não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.

Em suma, se eu não tiver o amor em forma de movimento, amor fraterno que compartilha tudo de forma prazerosa, nada serei.

Eis por que Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, nomeia a última Lei Moral como Lei de Justiça, Amor e Caridade. Amor é a força que rege o universo, que vitaliza. Justiça é o amor que corrige, educa e leva ao amadurecimento. Caridade é o amor dinamizado, é a prática pela qual deixamos fluir o amor, seja na forma de bondade, compaixão... Basta consultar a questão 886 da obra citada. Está lá: “Caridade, segundo Jesus, não se restringe somente à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores”.

Por que tantas definições e explicações? Para dizer que doar meias sujas a pessoas carentes não é fazer caridade. Se a caridade abrange todas as relações com os nossos semelhantes, devemos dar a quem precisa roupas e objetos que façam o necessitado se sentir valorizado, nunca inferiorizado ou humilhado.

Amigos meus de outras religiões já me contaram da quantidade de quinquilharias que recebem de doação para encaminhamento aos socialmente carentes: móveis quebrados, roupas sujas e rasgadas, remédios e mantimentos fora do prazo de validade, livros despencados... No meio espírita acontece a mesma coisa. Infelizmente, muitas pessoas não conhecem nem praticam o real significado da palavra caridade. Se conhecessem, não tirariam do armário as tralhas para serem doadas.

Caridade nunca será sinônimo de dar qualquer coisa aos pobres. São pobres, não é mesmo? Então, qualquer bugiganga serve? Nada disso! Caridade é doar com prazer tudo que estiver em bom estado, na certeza de que o necessitado que receber a doação fará bom uso dela, igualando, dessa forma, na mesma vibração de amor, quem a doou e quem a recebeu.


A igualdade diante de Deus


A igualdade diante de Deus



“Todos os homens são iguais perante Deus? – Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez as suas leis para todos. Dizeis frequentemente: ‘O sol brilha para todos’ e, com isso, dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais.” (Questão 803 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)


Fomos criados por Deus na simplicidade e na ignorância, cabendo a cada um seguir o seu caminho, fazendo uso do livre-arbítrio concedido pelas leis universais.

Tendo a liberdade de escolha e a opção de deliberar conforme o nosso desejo, permite Deus, nosso Pai de eterna bondade, que amealhemos as experiências devidas, seguindo na direção das conquistas espirituais que nos farão perfeitos um dia.

As desigualdades que observamos em nosso meio social decorrem, evidentemente, da postura de cada criatura, uma vez que todas são livres para direcionarem suas vidas de conformidade com os interesses e objetivos que traçaram.

A estrutura do Código Divino não permite qualquer privilégio.

Aqueles que se apresentam diante da vida ostentando maiores aptidões e dando amostras de virtudes e qualidades superiores, assim o fazem por terem conquistado, mediante esforços próprios, os requisitos que identificamos.

As desigualdades sociais, tão expressivas no contexto das sociedades terrenas, são fruto direto da forma como cada ser humano aproveita as oportunidades que tem. Uns são capazes de extrair das dificuldades que vivem a motivação para a superação dos obstáculos do caminho, outros, diante da mesma situação, se prostram no comodismo e no desânimo, permanecendo estendidos no solo da inércia.

Boa parte da humanidade, ao invés de usar a inteligência para o desenvolvimento de recursos que possibilitem a prosperidade geral, o que criaria oportunidade de progresso a todos, ainda exercita a intelectualidade, buscando apenas o atendimento de interesses particulares.

Fato idêntico podemos observar quanto à distribuição das riquezas. Muitos homens ainda dotados de caráter infeliz são capazes de movimentar os recursos materiais de forma a impedir que outros tantos tenham acesso ao necessário. Manipulam as riquezas objetivando apenas o bem-estar de alguns, em detrimento da necessidade dos demais.

Não fosse a cultura do egoísmo e do orgulho, da ambição desmedida e da avareza, essas chagas que comprometem a sociedade, criando todo tipo de prejuízo social possível, por certo, viveríamos na Terra em condições bem mais humanas, serenas e tranquilas.

O problema, obviamente, não está na origem das coisas, quando Deus instituiu o seu Código de Amor e Justiça, mas na interpretação humana dessas leis divinas, fato que tem gerado as desigualdades em todos os níveis terrenos.

Atribuir, agora, a Deus, o caos em que viemos é dar inequívocas amostras da nossa imaturidade diante da vida. É procurar justificar a nossa incapacidade de conviver socialmente, alegando falhas nas estruturas divinas.

Ninguém vive desamparado ao ponto de não contar com os recursos necessários ao seu progresso nem, tampouco, privilegiado de tal maneira que esteja dispensado dos esforços devidos ao aprimoramento que deva realizar.

Estamos mergulhados no pensamento divino, busquemos, então, o que é justo, correto, humano e digno, e tudo ao nosso redor seguirá o roteiro da igualdade.


terça-feira, 27 de maio de 2014

FÉ E OBRAS

FÉ  E  OBRAS  

A fé se não tiver obras, é morta em si mesma”.  TIAGO 2:l7

  Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao Céu. 
Por dentro, a fé reinando sublime: Orações primorosas... 
Discursos admiráveis... Louvores e cânticos... 
Mas, por fora, o trabalho esquecido: Campos ao desamparo...  
Enxadas ao abandono... Lareiras em cinza... 
De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a morte no mundo que o SENHOR nos confiou para a glória da vida? 
Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade, simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a que te afeiçoas. 
Conhecimento nobre exige atividade nobre. 
Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa dos semelhantes. 
É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a vida superior. 
Prece e trabalho. 
Santuário e oficina. 
Cultura e caridade. 
Ideal e realização. 
Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível. 
Não se limitou o Senhor a simples glorificação de DEUS nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na Sublime Tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do Amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.

Obra: Palavras de Vida Eterna – Emmanuel / Chico Xavier

Mulher e dedicação

Mulher e dedicação
Em uma de suas mais famosas canções, o ex-Beatle John Lennon cantou a opressão que vitimava mulheres em todo o Mundo.
Lennon foi assassinado em 1980, mas suas palavras ainda são atuais, nesses dias em que vivemos.
No Brasil, na Arábia ou na Índia. Na antiguidade ou nas metrópoles de hoje.
Em todas as épocas e povos, a mulher sempre teve sua posição atormentada pelas dificuldades do não reconhecimento de seu valor e de seu papel.
Esforça-se, rompe barreiras, mas continua assombrada por um certo desprezo, nascido da aparente fragilidade que carrega.
Em alguns locais o estigma é forte, bem visível, e oprime, fere, humilha.
Em outros, a vida parece um pesadelo com a violência que assusta, com o terror que espalha.
Basta ligar a TV, ou abrir jornais e revistas para ter notícias dos abusos impostos às mulheres.
Vilipendiadas, desrespeitadas, caladas à força, elas prosseguem: carregam famílias, assumem tarefas, adoçam os dias com o mel que só um coração delicado pode oferecer.
Mesmo nos países em que é valorizada, facilmente se percebe um certo desrespeito, um preconceito camuflado em piadas e risos irônicos.
Sem falar nos salários mais baixos, nas avaliações que consideram mais o corpo que a inteligência. Ou você nunca notou?
Por toda a parte em que se vai, basta abrir os olhos e ver as mulheres assinaladas pelo signo da generosidade.
Por mais que trabalhem, sejam bem sucedidas, realizadas, o selo feminino é o da dedicação que não conhece limites.
Quer prova disso? Observe as mães e esposas de atletas e artistas. Quem na maioria das vezes os estimula, torce, sacrifica as horas?
Quem está, invariavelmente, ao lado deles, quando ninguém quer sonhar junto? Quem sempre acredita?
E os filhos deficientes? Você já percebeu a presença materna ali ao lado? Onipresente, forte, protetora.
Todos os estudos na área de deficiência física ou mental revelam que a figura materna, na maioria dos casos, é quem apóia o filho e vai em busca de alternativas, terapias, equipamentos, médicos.
Mão estendida, voz cariciosa, presença constante. Mães, irmãs, avós, esposas, namoradas. Sempre ao lado, de mãos dadas, com brilho nos olhos e força nos braços.
Tanta dedicação muitas vezes tem um preço caro demais. A mulher acostuma-se ao sacrifício o tempo inteiro.
E fica invisível. Passa a fazer parte da paisagem. Ninguém lembra de agradecer, acarinhar, sorrir de volta.
Mas quem disse que ela se abate? Mulher é entidade forte, cheia de graça e de poder, capaz de fazer nascer borboletas. Capaz de fazer brilhar o sol.
* * *
Se nos cabe reconhecer no homem o condutor da Civilização e o mordomo dos patrimônios materiais, na Terra, não podemos esquecer de identificar na mulher o anjo da esperança, ternura e amor.
A missão feminina é espinhosa. Mas, efetivamente, só a mulher tem bastante poder para transformar os espinhos em flores.
Redação do Momento Espírita, com pensamento final dos Espíritos Emmanuel e Isabel Campos, do livro Dicionário da alma, psicografia de Francisco 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A ÚLTIMA ENCARNAÇÃO DE RAMATIS

RAMATIS
Uma Rápida Biografia
A ÚLTIMA ENCARNAÇÃO DE RAMATIS
SWAMI SRI RAMATIS
(3 partes)
Parte I
Na Indochina do século X, o amor por um tapeceiro hindu, arrebata o coração de uma
vestal chinesa, que foge do templo para desposa-lo. Do entrelaçamento dessas duas almas
apaixonadas nasce uma criança. Um menino, cabelos negros como ébano, pele na cor do
cobre claro, olhos aveludados no tom do castanho escuro, iluminados de ternura.
O espírito que ali reencarnava, trazia gravada na memória espiritual a missão de
estimular as almas desejosas de conhecer a verdade. Aquela criança cresce demonstrando
inteligência fulgurante, fruto de experiências adquiridas em encarnações anteriores.
Foi instrutor em um dos muitos santuários iniciáticos na Índia. Era muito inteligente e
desencarnou bastante moço. Já se havia distinguido no século IV, tendo participado do ciclo
ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu "Ramaiana", (neste poema
há um casal, Rama e Sita, que é símbolo iniciático de princípios masculino e feminino;
unindo-se Rama e atis, Sita ao inverso, resulta Ramaatis, como realmente se pronuncia em
Indochinês) Um épico que conte todas as informações dos Vedas que juntamente com os
Upanishades, foram as primeiras vozes da filosofia e da religião do mundo terrestre, informa
Ramatis que após certa disciplina iniciática a que se submetera na china, fundou um pequeno
templo iniciático nas terras sagradas da Índia onde os antigos Mahatmas criaram um ambiente
de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que ainda hoje, nenhum estrangeiro visita
aquelas terras sem de lá trazer as mais profundas impressões à cerca de sua atmosfera
psíquica.
Foi adepto da tradição de Rama, naquela época, cultuando os ensinamentos do "Reino
de Osiris", o Senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas. Mais tarde, no Espaço, filiouse
definitivamente a um grupo de trabalhadores espirituais cuja insígnia, em linguagem
ocidental, era conhecida sob a pitoresca denominação de "Templários das cadeias do amor".
Trata-se de um agrupamento quase desconhecido nas colônias invisíveis do além, junto a
região do Ocidente, onde se dedica a trabalhos profundamente ligados à psicologia Oriental.
Os que lêem as mensagens de Ramatis e estão familiarizados com o simbolismo do
Oriente, bem sabe o que representa o nome "RAMA-TIS", ou "SWAMI SRI RAMA-TYS",
como era conhecido nos santuários da época. É quase uma "chave", uma designação de
hierarquia ou dinastia espiritual, que explica o emprego de certas expressões que transcendem
as próprias formas objetivas. Rama o nome que se dá a própria divindade, o Criador cuja
força criadora emana ; é um Mantram: os princípios masculino e feminino contidos em todas
as coisas e seres. Ao pronunciarmos seu nome Ramaatis como realmente se pronuncia,
saudamos o Deus que se encontra no interior de cada ser.
Parte II
O templo por ele fundado foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos. Cada
pedra de alvenaria recebeu o toque magnético pessoal dos futuros iniciados. Nesse templo ele
procurou aplicar a seus discípulos os conhecimentos adquiridos em inúmeras vidas anteriores.
Na Atlântida foi contemporâneo do espírito que mais tarde seria conhecido como Alan
Kardec e, na época, era profundamente dedicado à matemática e às chamadas ciências
positivas. Posteriormente, em sua passagem pelo Egito, no templo do faraó Mernefta, filho de
Ramsés, teve novo encontro com Kardec, que era, então, o sacerdote Amenófis.
No período em que se encontrava em ebulição os princípios e teses esposados por
Sócrates, Platão, Diógenes e mais tarde cultuados por Antístenes, viveu este espírito na Grécia
na figura de conhecido mentor helênico, pregando entre discípulos ligados por grande
afinidade espiritual a imortalidade da alma, cuja purificação ocorreria através de sucessivas
reencarnações. Seus ensinamentos buscavam acentuar a consciência do dever, a auto reflexão,
e mostravam tendências nítidas de espiritualizar a vida. Nesse convite a espiritualização
incluía-se no cultivo da música, da matemática e astronomia.
Cuidadosamente observando o deslocamento dos astros conclui que uma Ordem
Superior domina o Universo. Muitas foram suas encarnações, ele próprio afirma ser um
número sideral.
O templo que Ramatis fundou, foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos e
admiradores. Alguns deles estão atualmente reencarnados em nosso mundo, e já
reconheceram o antigo mestre através desse toque misterioso, que não pode ser explicado na
linguagem humana.
Embora tendo desencarnado ainda moço, Ramatis aliciou 72 discípulos que, no
entanto, após o desaparecimento do mestre, não puderam manter-se a altura do padrão
iniciático original.
Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas e espiritualistas do Egito,
Índia, Grécia, China e até mesmo da Arábia. Apenas 17 conseguiram envergar a simbólica
"Túnica Azul" e alcançar o último grau daquele ciclo iniciático.
Em meados da década de 50, à exceção de 26 adeptos que estavam no Espaço
(desencarnados) cooperando nos trabalhos da "Fraternidade da Cruz e do Triângulo", o
restante havia se disseminado pelo nosso orbe, em várias latitudes geográficas. Destes, 18
reencarnaram no Brasil, 6 nas três Américas (do Sul, Central e do Norte), e os demais se
espalharam pela Europa e, principalmente, pela Ásia.
Em virtude de estar a Europa atingindo o final de sua missão civilizadora, alguns dos
discípulos lá reencarnados emigrarão para o Brasil, em cujo território - afirma Ramatis - se
encarnarão os predecessores da generosa humanidade do terceiro milênio.
A Fraternidade da Cruz e do Triângulo, foi resultado da fusão no século passado, na
região do Oriente, de duas importantes "Fraternidades" que operavam do Espaço em favor dos
habitantes da Terra. Trata-se da "Fraternidade da Cruz", com ação no Ocidente, divulgando os
ensinamentos de Jesus, e da "Fraternidade do Triângulo", ligada à tradição iniciática e
espiritual do Oriente. Após a fusão destas duas Fraternidades Brancas, consolidaram-se
melhor as características psicológicas e objetivo dos seus trabalhadores espirituais, alterandose
a denominação para "Fraternidade da Cruz e do Triângulo" da qual Ramatis é um dos
fundadores.
Supervisiona diversas tarefas ligadas aos seus discípulos na Metrópole Astral do
Grande Coração. Segundo informações de seus psicógrafos, atualmente participa de um
colegiado no Astral de Marte.
Seus membros, no Espaço, usam vestes brancas, com cintos e emblemas de cor azul
claro esverdeada. Sobre o peito trazem delicada corrente como que confeccionada em fina
ourivesaria, na qual se ostenta um triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz
lirial. É o símbolo que exalta, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na
efígie do triângulo, a mística oriental.
Asseguram-nos alguns mentores que todos os discípulos dessa Fraternidade que se
encontram reencarnados na Terra são profundamente devotados às duas correntes
espiritualistas: a oriental e a ocidental. Cultuam tanto os ensinamentos de Jesus, que foi o elo
definitivo entre todos os instrutores terráqueos, tanto quanto os labores de Antúlio, de
Hermés, de Buda, assim como os esforços de Confúcio e de Lao-Tseu. É esse um dos motivos
pelos quais a maioria dos simpatizantes de Ramatis, na Terra, embora profundamente
devotados à filosofia cristã, afeiçoam-se, também, com profundo respeito, à corrente
espiritualista do Oriente.
Soubemos que da fusão das duas "Fraternidades" realizada no espaço, surgiram
extraordinários benefícios para a Terra. Alguns mentores espirituais passaram, então, a atuar
no Ocidente, incumbindo-se mesmo da orientação de certos trabalhos espíritas, no campo
mediúnico, enquanto que outros instrutores ocidentais passaram a atuar na Índia, no Egito, na
China e em vários agrupamentos que até agora eram exclusivamente supervisionados pela
antiga Fraternidade do Triângulo.
Parte III
Os Espíritos orientais ajudam-nos em nossos trabalhos, ao mesmo tempo em que os da
nossa região interpenetram os agrupamentos doutrinários do Oriente, do que resulta ampliar
se o sentimento de fraternidade entre Oriente e Ocidente, bem como aumentar-se a
oportunidade de reencarnações entre espíritos amigos.
Assim processa-se um salutar intercâmbio de idéias e perfeita identificação de
sentimentos no mesmo labor espiritual, embora se diferenciem os conteúdos psicológicos de
cada hemisfério. Os orientais são lunares, meditativos, passivos e desinteressados geralmente
da fenomenologia exterior; os ocidentais são dinâmicos, solarianos, objetivos e estudiosos dos
aspectos transitórios da forma e do mundo dos Espíritos.
Os antigos fraternistas do "Triângulo" são exímios operadores com as "correntes
terapêuticas azuis", que podem ser aplicadas como energia balsamizante aos sofrimentos
psíquicos, cruciais, das vítimas de longas obsessões. As emanações do azul claro, com
nuanças para o esmeralda, além do efeito balsamizante, dissociam certos estigmas "préreencarnatórios"
e que se reproduzem periodicamente nos veículos etéricos. Ao mesmo
tempo, os fraternistas da "Cruz", conforme nos informa Ramatis, preferem operar com as
correntes alaranjadas, vivas e claras, por vezes mescladas do carmim puro, visto que as
consideram mais positivas na ação de aliviar o sofrimento psíquico.
É de notar, entretanto, que, enquanto os técnicos ocidentais procuram eliminar de vez
a dor, os terapeutas orientais, mais afeitos à crença no fatalismo cármico, da psicologia
asiática, preferem exercer sobre os enfermos uma ação balsamizante, aproveitando o
sofrimento para a mais breve "queima" do carma.
Eles sabem que a eliminação rápida da dor pode extinguir os efeitos, mas as causas
continuam gerando novos padecimentos futuros. Preferem, então, regular o processo do
sofrimento depurador, em lugar de sustá-lo provisoriamente. No primeiro caso, esgota-se o
carma, embora demoradamente; no segundo, a cura é um hiato, uma prorrogação cármica.
Apesar de ainda polêmicos, os ensinamentos deste grande espírito, despertam e
elevam as criaturas dispostas a evoluir espiritualmente. Ele fala corajosamente a respeito de
magia negra, seres e orbes extra-terrestres, mediunismo, vegetarianismo etc. Estas obras (15
Psicografadas pelo saudoso médium paranaense Hercílio Maes (sabemos que 9 exemplares
não foram encontrados depois do desencarne de Hercílio... assim, se completaria 24 obras de
Ramatís) e 7 psicografadas por América Paoliello) têm esclarecido muito os espíritos ávidos
pelo saber transcendental. Aqueles que já possuem características universalistas, rapidamente
se sensibilizam com a retórica ramatisiana.
Para alguns iniciados, Ramatís se faz ver, trajado tal qual Mestre Indochinês do século
X, da seguinte forma, um tanto exótica:
Uma capa de seda branca translúcida, até os pés, aberta nas laterais, que lhe cobre uma
túnica ajustada por um cinto esmeraldino. As mangas são largas; as calças são ajustadas nos
tornozelos (similar às dos esquiadores).
Os sapatos são constituídos de uma matéria similar ao cetim, de uma cor azul
esverdeado, amarrados com cordões dourados, típicos dos gregos antigos.
Na cabeça um turbante que lhe cobre toda a cabeça com uma esmeralda acima da testa
ornamentado por cordões finos e coloridos, que lhe caem sobre os ombros, que representam
antigas insígnias de atividades iniciáticas, nas seguintes cores com os significados abaixo:
Carmim - O Raio do Amor
Amarelo - O Raio da Vontade
Verde - O Raio da Sabedoria
Azul - O Raio da Religiosidade
Branco - O Raio da Liberdade Reencarnatória
Esta é uma característica dos antigos lemurianos e atlantes. Sobre o peito, porta uma
corrente de pequenos elos dourados, sob o qual, pende um triângulo de suave lilás luminoso
emoldurando uma cruz lirial. A sua fisionomia é sempre terna e austera, com traços finos,
com olhos ligeiramente repuxados e tês morena.
Muitos videntes confundem Ramatís com a figura de seu tio e discípulo fiel que o
acompanha no espaço; Fuh Planu, este se mostra com o dorso nu, singelo turbante, calças e
sapatos como os anteriormente descritos. Espírito jovem na figura humana reencarnou-se no
Brasil e viveu perto do litoral paranaense. Excelente repentista, filósofo sertanejo, verdadeiro
homem de bem.
Segundo Ramatís, seus 18 remanescentes, se caracterizam por serem universalistas,
anti-sectários e simpatizantes de todas as correntes filosóficas e religiosas.
Dentre estes 18 remanescentes, um já desencarnou e reencarnou novamente:
Atanagildo; outro, já desencarnado, muito contribuiu para obra ramatiziana no Brasil - O Prof.
Hercílio Maes, outro é Demétrius, discípulo antigo de Ramatís e Dr. Atmos, (Hindu, guia
espiritual de APSA e diretor geral de todos os grupos ligados à Fraternidade da Cruz e do
Triângulo) chefe espiritual da SER.
No templo que Ramatis fundou na Índia, estes discípulos desenvolveram seus
conhecimentos sobre magnetismo, astrologia, clarividência, psicometria, radiestesia e
assuntos quirológicos aliados à fisiologia do "duplo-etérico".
Os mais capacitados lograram êxito e poderes na esfera da fenomenologia mediúnica,
dominando os fenômenos de levitação, ubiqüidade, vidência e psicografia de mensagens que
os instrutores enviavam para aquele cenáculo de estudos espirituais. Mas o principal "toque
pessoal" que Ramatis desenvolveu em seus discípulos, em virtude de compromisso que
assumira para com a fraternidade do Triângulo, foi o pendor universalista, a vocação fraterna,
crística, para com todos os esforços alheios na esfera do espiritualismo.
Ele nos adverte sempre de que os seus íntimos e verdadeiros admiradores são também
incondicionalmente simpáticos a todos os trabalhos das diversas correntes religiosas do
mundo. Revelam-se libertos do exclusivismo doutrinário ou de dogmatismos e devotam-se
com entusiasmo a qualquer trabalho de unificação espiritual.
O que menos os preocupa são as questões doutrinárias dos homens, porque estão
imensamente interessados nos postulados crísticos.
"A mim foi dado todo o poder do Céu e da Terra. E, assim como
meu Pai me enviou, eu vos envio.
Ide! Proclamai o Reino de Deus a todas as criaturas; expulsai os
maus espíritos, curai todas as enfermidades que há entre o povo - e eis
que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos."
"Vós me chamais, Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Se,
portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis
lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos
fiz, também vós o façais."
Jesus
Nisto lhe disse João: "Mestre, vimos um homem que em teu nome
expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não vai convosco."
Respondeu-lhes Jesus: "Não lho proibais; porque quem realiza obras
poderosas em meu nome não pode dizer mal de mim. Quem não é
contra vós é por vós. Quem vos der de beber um copo d'água em meu
nome, por serdes do Cristo, em verdade eu vos digo que não ficará
sem recompensa."
Marcos, 9: 38-41
"... não há separatividade nem competição entre os espíritos
benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As
dissensões sectaristas, criticas comuns entre adeptos espiritualistas,
discussões estéreis e conflitos religiosos, são frutos da ignorância,
inquietude e instabilidade espiritual dos encarnados."
"... todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do
grau de maturidade espiritual de cada ser... As lições que o homem
recebe continuamente, acima do seu próprio grau espiritual,
significam nova posição evolutiva que ele depois deverá assumir,
quando terminar sua experiência religiosa em curso."
"A Administração Sideral não pretende impor ao Universo uma
religião ou doutrina exclusivista; porém, no esquema divino da vida
do espírito eterno só existe um objetivo irredutível e definitivo: o
Amor."
Ramatís
"A Missão do Espiritismo" (capítulo "Espiritismo e Umbanda")

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Congresso Nacional e o trabalho do Bem


O Congresso, portanto, não era um lugar onde somente os maus tinham ação garantida.
Qualquer encarnado, ainda que mal intencionado, mal assessorado, mal acompanhado que, tendo responsabilidades públicas, resolvesse questionar as suas decisões, demonstrasse a mais tênue modificação de inclinações, apontasse para o arrependimento, para a culpa, para o questionamento moral de seus próprios atos, era imediatamente conectado pelas forças do Bem que o acompanhavam de perto, com a finalidade de aproveitar tal circunstância favorável, para reforçar-lhe o propósito transformador, fator esse que acabaria redundando em benefícios para milhões de habitantes.
As próprias entidades inferiores, muitas vezes, não compreendiam como suas iniciativas eram frustradas, porque, a maioria delas tinha dificuldade de visualizar tais Espíritos elevados, em face da diferença de vibrações.
Apenas as entidades que tinham a função de garantir a ordem espiritual naquele cenáculo de leis, além dos médicos e dos que celebravam os atos religiosos públicos naquela manjedoura de Esperanças – como o Congresso Nacional era visto pela Espiritualidade Superior – se faziam visíveis para que desempenhassem suas funções adequadamente.
Em todos os pontos do edifício, Espíritos Vigilantes exerciam um controle rigoroso para garantir que os perseguidores dos encarnados e, também, os agentes do Maioral se mantivessem dentro de certo padrão de atitudes, desestimulando as ações que viessem a transformar aquele ambiente em um local incompatível com as elevadas funções para as quais fora concebido.
nos seres a possibilidade de expressão de suas idéias, de intercâmbio de seus pensamentos, de atuação sobre os demais. No entanto, cada qual seguia se comprometendo positiva ou negativamente com as próprias escolhas, uma vez que, todos os que tinham conquistado os lauréis do pensamento, do raciocínio e da inteligência eram capazes de distinguir quais os melhores caminhos e agir de acordo com seus interesses ou princípios.
Por isso, nem os Espíritos inferiores podiam manipular os vivos a ponto de atuarem no lugar deles, nem os Espíritos sublimes tinham a pretensão de obrigar os encarnados a agirem segundo os desejos superiores ou as reais necessidades do Povo.
Esse jogo de forças mantinha em equilíbrio a balança da responsabilidade pessoal de cada representante público, de forma que seriam livres demonstrando, com isso, quais os valores principais que carregavam dentro de si mesmos, pelos quais seriam avaliados e julgados pelo Soberano Tribunal da consciência.
Não obstante essa liberdade de exercício nas decisões coletivas, a Espiritualidade Superior dispunha, como dispõe, de inúmeros instrumentos para a manutenção do rumo necessário, quando se faça imprescindível atuar na retomada da rota, a despeito das forças conflitantes.
Da mesma maneira que já foi explicado sobre a ação da tempestade para a atuação arrefecedora dos ânimos, manejada pelas forças superiores com tal finalidade, também está sob a direção superior o destino de cada povo, ainda que, em alguns casos, as escolhas dos habitantes daquele aglomerado, vinculadas à raiva, ao rancor infindáveis, os obriguem a receber o reflexo de suas condutas na gama variada de sofrimentos que semearam, única forma de despertarem para a Verdade do Bem.
Tanto quanto os indivíduos, os povos também têm roteiros evolutivos assinalados por seus compromissos cármicos, coletivamente assumidos, a lhes pesar no processo de crescimento e a exigir a quitação adequada, na forma de serviços prestados ao orbe como um todo ou na expunção de tais nódoas através de sofrimentos, também coletivamente suportados.
Os Diretores Espirituais de cada povo são, portanto, o reflexo da emanação superior do Divino Mestre que, ao fim de contas, se encarrega de dirigir a grande nau terrena tanto quanto se responsabiliza por cada marinheiro que, dentro do navio Terra, pode estar ajudando o comandante com os menores serviços ou estar empenhado em abrir um buraco no casco para que a embarcação afunde.
E por tal motivo que as casas governamentais, tanto quanto os hospitais, as igrejas e as instituições que congregam coletividades são tão envolvidas por forças sublimes, notadamente quando mantenham o caráter elevado dos ideais que trazem em seus fundamentos.
Agora, quando estes núcleos degeneram em antros de negociatas, em comércios espúrios, em trocas de favores, em bases para a infelicidade de muitos, as forças sublimes atuam para apartar da vinha aqueles galhos que nada mais produzam.
No tempo adequado, são retirados e jogados nò fogo para que queimem, limpando o vinhedo dos galhos inúteis para que, aqueles que estão trabalhando, produzam mais com a seiva que lhes chega.
Relembrando a Soberania de tal liderança espiritual sobre os interesses dos homens, encontramos a palavra do evangelista Marcos, em seu Capítulo 11,  versículos 15 a 19 :
“E foram para Jerusalém. Entrando ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não permitia que alguém conduzisse qualquer utensílio pelo templo; também ensinava e dizia:
Não está estrito: A minha casa será chamada casa de oração, para todas as nações? Vós, porém, a tendes transformado em um covil de salteadores.
E os principais sacerdotes e escribas ouviam estas coisas e procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois temiam, porque toda a multidão se maravilhava de sua doutrina.
E vindo a tarde, saíram da cidade.”
Entender a ação do Bem sobre sua vida, seja no particularismo de cada lar, seja na estrutura geral de um povo, pode ajudar o ser humano a compreender que a única coisa que vai desaparecer para sempre, a única que tem a sua morte garantida e os seus dias contados, é a própria Maldade, porque ela deixa de existir quando as pessoas se conscientizam de que não há interesses materiais ou bens físicos que durem mais do que a transitória e tênue organização da matéria.
Somente os bens da alma são indestrutíveis e aqueles que os cultivarem com sabedoria, serão comparados aos homens que edificaram sua casa sobre a rocha, que suportou a ação da chuva, das tormentas, dos agentes da natureza e não se arruinou.
Aqueles que, ao contrário, se deixaram levar pela sedução do poder, pelos interesses mesquinhos, pela falsa noção de virtude, pelo orgulho de tudo saberem e de se arvorarem nos juizes iníquos, estes estarão construindo sua casa sobre a areia, sem bases sólidas na visão espiritual e na importância da experiência evolutiva que a reencarnação favorece.
Assim, apegados aos bens da vida carnal, acabarão confundidos quando tiverem de herdar um amontoado de vermes famintos devorando-lhes os tecidos ou a carcaça fria de uma caveira, estampando no rosto o riso sarcástico que endereça ao tolo que perdeu seu tempo e sua vida física nas lutas materiais, imaginando que isso fosse tudo o que existia de mais importante e verdadeiro.
Livro Esculpindo o Próprio Destino, cap. 33, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.