quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ei! Sorria...

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Charlie Chaplin

A vida me ensinou...

A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito
de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin

domingo, 23 de novembro de 2014

Caridade e Reforma Íntima


Caridade e Reforma Íntima

O Bem é amar a Deus e ao próximo (Mateus, XII: 34-40). Jesus nos ensinou isso há dois mil anos.
Quando ele retornou com o pseudônimo Espírito da Verdade, coordenando uma falange de Espíritos superiores que escreveram a revelação espírita, codificada por Allan Kardec, Jesus reduziu a expressão anterior ao amor ao próximo, já que não é possível amar a Deus (qualquer que seja o nome que lhe dermos) sem amar ao próximo! Isso foi necessário pois fazíamos questão de "não entender" o que Jesus havia nos ensinado, muita vezes torturando e matando o próximo em nome de Deus!
Essa nova máxima é Fora da Caridade Não Há Salvação (O Maior Mandamento, Capítulo XV – Fora da caridade não há salvação, O evangelho segundo o espiritismo de Allan Kardec).
Agora, nós devemos passar da teoria à prática. Isso se denomina método ou processo de reforma íntima.
Devemos nos perguntar: somos caridosos?
Mas não temos condições de responder a esta pergunta sobre nós mesmos. Nós somos extremamente complacentes conosco próprios. Nos vemos de forma idealizada, como se olhássemos para nós mesmos nos espelhos curvos dos parques de diversão: achamos que somos melhores do que realmente somos!
Então, precisamos perguntar aos próximos, nossos familiares, nossos cônjuges ou companheiros(as), nossos amigos, nossos inimigos, nossos colegas de estudo, de trabalho, de lazer, nossos vizinhos, nossos funcionários etc., o nosso maior defeito e a nossa maior virtude. Não que nos interessaria saber nossa maior virtude. Só perguntaremos nossa maior virtude para não constranger aquele a quem perguntamos, se somente perguntarmos nosso maior defeito.
Tirando os excessos de benevolência daqueles que nos amam, de malevolência daqueles que nos odeiam e a indiferença daqueles que nos ignoram, restará um meio termo que é quem está você.
Será muito pior, normalmente, do que supomos estar.
Quem está você, eu disse.
Você vai dizer: deveria ser quem é você!
A frase está certa: nós somos espíritos imortais, que é uma resposta genérica que pouco explica para os fins que estamos propondo. Estamos num certo ponto da nossa evolução. Explicar este ponto em que estamos na evolução é a explicação precisa de quem estamos nós!
Estamos em continua e permanente evolução moral e intelectual, numa trajetória espiritual ascensional, para frente no tempo e para cima na evolução. Hoje somos melhores do que fomos no passado e, amanhã, seremos melhores do que somos hoje. A evolução é semelhante a um pássaro que somente voará para cima se possuir as duas asas desenvolvidas: uma dessas "asas" é a moral; a outra é a inteligência. Não se ascende espiritualmente sem as duas!
Voltando ao método de reforma íntima, vamos escrever os nossos maiores defeitos, segundo as respostas de nossos próximos, iniciando pelo mais simples e terminando com o mais complexo.
Agora, que sabemos quem estamos, devemos responder a uma segunda pergunta:
Se fôssemos uma terra, que terra seríamos?
Usaremos a analogia com a terra da Parábola do Semeador (Mateus, XIII: 1-9;18-23).
Quem são os semeadores? Jesus é o grande semeador, seguido pelos seus emissários, Espíritos superiores, inclusive nosso Espírito protetor. Também são semeadores nossos pais, nossos professores, nossos amigos e, até mesmo, nossos inimigos, que tem coragem de nos dizer a verdade que os amigos talvez não tenham coragem de dizer.
Nós somos terra árida e pedregosa? Ferimos como as pedras, como o pó nos olhos do próximo?
Ou somos terra arada, semeada, mas deixamos essas sementes morrerem antes de brotarem? Pela indiferença, pela riqueza, pelo poder, pelos prazeres físicos.
Ou somos terra que já produz caules frágeis, mas que são espinheiros? Nos achamos bons, contanto que não mexam conosco! Se nos provocarem, viramos fera!
Ou somos terra que já produz arvoredos com flores? As flores são a melhor representação da caridade pelo pensamento e pelas palavras. Caridade não é darmos o excedente, o supérfluo. É fazer o bem ao próximo, com o nosso sacrifício. É dividir nossa comida, nossa roupa, nossa saúde, nossa felicidade com quem mais necessita. Implica em sacrifício de quem faz a caridade. Quando colhemos flores e as levamos para nossa casa, para nos deixar felizes, elas se sacrificaram por nós. Nós também, para fazer caridade, devemos nos sacrificar pelos próximos. 
Ou somos terra que já produz árvores com frutos? Os frutos são a melhor representação da caridade por ações. 
Ou somos terra que já produz grandes árvores com flores e frutos, um pomar? Em termos espirituais, isso ocorre quando a nossa caridade pelo pensamento, pelas palavras e pelas ações são bons exemplos para outros que, por sua vez, farão caridade para seus respectivos próximos! Como se nossos frutos ao se espalharem pela terra, produzem outras árvores, que darão novos frutos e, assim, sucessiva e infinitamente!
Sabendo quem estamos (auto-crítica), podemos iniciar o processo de reforma intima: com a lista de nossos vícios e desvios de conduta, do menos grave para o mais grave, devemos iniciar a reforma íntima pelo menos grave, estabelecendo um prazo realista para superá-lo. Um mês, por exemplo!
Solucionou esse primeiro defeito moral, passamos para o próximo, e assim, sucessivamente, até o mais grave. Os prazos podem variar, de um para outro vício e desvio de conduta, mas não se deve superar 6 meses para cada. Se não conseguir, tentar novamente em menor prazo (p. ex.: nos 6 meses iniciais não conseguiu; tentar novamente com prazo de 3 meses; não conseguiu ainda, tentar novamente com prazo de 2 meses etc.).
Se há desvio ou vício de conduta difícil de erradicar, não ficar estacionado na solução deste, procurando resolver outro desvio ou vício de conduta concomitantemente, cada um com seu prazo respectivo.
Anotar os progressos: que terra nos tornamos?
Pode ser que a solução dos desvios e vícios de conduta mais difíceis ocorra em outra(s) reencarnação(ões)! Não nos decepcionemos! Mas devemos tentar resolvê-los já nesta reencarnação! É nossa obrigação!
Finalizo perguntando a mim mesmo e a vocês: o que estamos esperando para iniciarmos, hoje mesmo, nosso processo de reforma íntima? Mãos à obra!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

CRÔNICAS ESPÍRITAS – 2

CRÔNICAS ESPÍRITAS – 2


Retomando o tema, observo que não é mesmo fácil a apreciação do egoísmo. Segundo Kardec há uma explicação da origem do mesmo. Na minha interpretação, quis dizer que, como fomos criados espíritos simples e ignorantes, e com o instinto de conservação, é o abuso desse instinto que nos leva ao egoísmo e orgulho (soberba). Mas Kardec não facilita muito as coisas quando se refere ao sentimento: “Este sentimento contido em justos limites é bom em si; a sua exageração é que o torna mau e pernicioso”.
O instinto de conservação vem acompanhado do sentimento de autopreservação. E aí vem a questão moral do meu interesse em detrimento do interesse alheio, mas e se esse alheio for moralmente condenável?
Portanto não dá para ser simplista em relação ao tema. 
Uma autora e filósofa de origem judaico-russa, radicada nos Estados Unidos, Ayn Rand, colocou “lenha na fogueira”, ao colocar o egoísmo como praticamente uma virtude, que seria a de preocupar-se com os nossos próprios interesses. Criou uma corrente filosófica, o Objetivismo, em que a mente racional tem uma supremacia absoluta. Mas, apesar de todo racionalismo, diz que o homem deve buscar a sua própria felicidade, sendo ele mesmo o responsável por ela.
Ela via o altruísmo de outro modo, quase inexistente, ou apenas como uma escolha, um sacrifício em detrimento de outrem.
Polêmica e por vezes paradoxal, sua teoria prega uma liberdade individual que não deve invadir o limite do outro, o que concordo, além de esclarecer que muitos tiranos utilizam-se de um pseudo-altruísmo para manobrar pessoas. Essa tirania política ou religiosa, apregoa o sacrifício dos comandados por um “bem maior”, sem, contudo, eles mesmos envolverem-se em situações de risco maior, salvo poucas exceções. 
Muitas de suas teorias foram utilizadas pelo capitalismo, isto é, as partes que agradavam aos objetivos deste sistema. Observo que isto é feito com outros filósofos, a exemplo de Nietzsche, que teve parte de seus textos usados pelo nazismo, muitos fora do contexto.
Mas não é apenas a filosofia que sofre com isto, pois vemos que muitos textos religiosos têm seus significados pervertidos, truncados por dificuldades de tradução ou por simples desejo de manipulação. Encontrar num livro religioso, uma frase, um trecho, que justifique os seus objetivos, é um perigo quando estes objetivos são escusos e egoístas.
Como o Espiritismo é baseado num tripé que inclui Religião, Filosofia e Ciência, a questão Moral é relevante. E se não soubermos o que é o bem e o mau, sem muitos relativismos, não teremos como construir uma base moral sólida.
Quando meu instinto de conservação não invadir, de modo ilegítimo, a integridade de outro ser humano, em todos os seus níveis, estarei dentro dos parâmetros cristãos. E a moralidade aí está, não faço porque não posso e sim porque não devo. Lembro-me do Paulo de Tarso: “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
E o que é conveniente para mim, está na minha escala moral interna, que deverá ir se aprimorando com a evolução. E, quanto melhor estiver moralmente, mais a minha conveniência estará a convergir com o bem-estar alheio, não apenas o dos mais próximos e sim da humanidade.
Contrariando alguns, não evoluímos sozinhos, pois se este fosse o caso, cada espírito moraria num pequeno asteroide. Muitos egocêntricos pensam serem sóis centrais, e querem as pessoas gravitando em torno de seus interesses. Manipuladores hábeis, distorcem as situações e são rápidos em adjetivar de egoístas àqueles que contrariam aos seus interesses.
Levei um tempo para aprender a lidar com pessoas assim e identificar os dardos espelhados por elas lançados. Não fico mais com o orgulho ferido, desejando disparar outro dardo de volta. Aprendi que o suposto dardo e venenos lançados são proporcionais à importância que damos à eles.
Preservar-se do mal é um processo, do mal alheio e do interior. Vencer o egoísmo é uma luta incessante, pelo menos ainda para mim, pois seus disfarces são múltiplos.
Lembrar de quem somos de verdade, filhos do Universo, governados por Jesus, nos apazigua e liberta.
Evoluir é trazer a consciência de vigília as leis morais perenes insculpidas no nossa psique (consciência-subconsciência-inconsciente) quando da criação do espírito, e ainda que simples e ignorante, carrega o Espírito Universal, a chama do Criador, da fonte do Amor e da Vida.

Mais um trecho de Allan Kardek, para nossa reflexão: “ Egoísmo e Orgulho: Causas, Efeitos e Meios de Destruí-los”, de Obras Póstumas, grifos nossos.
“ Não há exemplos de uma pessoa dotada de natureza generosa, em quem o sentimento do amor ao próximo, da humildade, do devotamento e da abnegação, parece inato?
O número é inferior ao dos egoístas, bem o sabemos, e se assim não fora, estes não fariam a lei; mas não é tão reduzido, como pensam, e se parece menor é porque a virtude, sempre modesta, se oculta na sombra, ao passo que o orgulho se põe em evidência.
Se pois o egoísmo e o orgulho fossem condições de vida, como a nutrição, então, sim, não haveria exceção.
O essencial portanto é fazer que a exceção passe a ser regra e para isso incumbe destruir as causas produtoras do mal. A principal é, evidentemente, a falsa idéia, que faz o homem da sua natureza, do seu passado e do seu futuro.
Não sabe donde vem, julga-se mais do que é; não sabendo para onde vai, concentra todos os pensamentos na vida terrestre. Deseja viver o mais agradavelmente possível, procurando a realização de todas as satisfações, de todos os gozos.
É por isso que investe contra o vizinho, se este lhe opõe obstáculo; então entende dever dominar, porque a igualdade daria aos outros o direito que ele quer só para si, a fraternidade lhe imporia sacrifícios em detrimento do próprio bem-estar, e a liberdade, deseja-a só para si, não concedendo a outrem senão o que não fira as prerrogativas. Se todos têm essas pretensões, hão de surgir perpétuos conflitos, que farão comprar bem caro o pouco gozo, que conseguem fruir.
Se porém erguerem os olhos para onde a felicidade não pode ser perturbada por ninguém, nenhum interesse alheio precisa de ser debelado e, conseguintemente, não há razão de ser para o egoísmo, embora subsista o estimulante do orgulho.
A causa do orgulho está na crença, que o homem tem, da sua superioridade individual, e aqui se faz ainda sentir a influência da concentração do pensamento nas coisas da vida terrestre.”


Psicologia da caridade

Psicologia  da  caridade

Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.” — JESUS — MATEUS, 7:12.
-O-
“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade porque resume todos os deveres do homem para com o próximo”. — Cap. XI, 4 de “O Evangelho segundo o Espiritismo”.

        Provavelmente não existe em nenhum tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
        Esbarrando com a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando complicações.
        Entretanto, o samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
        Não sabe quem é. Ignora-lhe a procedência.
        Não se restringe, porém, à emotividade.
        Para e atende.
        Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria, sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
        Não se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.
        No dia imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
        Ao despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
        No exercício do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.
        Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
        Sempre que interessados em aprender a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.

De “Livro da Esperança”
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Não espere viver sem problemas,




Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.
Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as consequências deles, a fim de retificar-se,como quem aproveite pedras para construção mais sólida.
Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.
Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.
Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.
Simplifique seus hábitos.
Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.
Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.
Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.
Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

André Luiz - Chico Xavier

O PRINCIPE SENSATO


O PRÍNCIPE SENSATO


Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo-Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:
— Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer pelo trabalho incessante.
O Pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria, somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório, deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde, aos serviços de elevação.
Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto.
Assim que o soberano se retirou, os filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente, deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol.
Quando se levantaram para a tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros.
Quase ninguém cuidava da aplicação dos regulamentos estabelecidos pelo governo central.
Os príncipes e seus afeiçoados, em maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência e respeito.
E tentando enganar o Magnânimo Pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá-lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas íntimos do soberano.
Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal.
Insistiam alguns que ele revelava no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon.
Muitos afirmavam que ele possuía um corpo de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.
Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos recursos preciosos.
Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.
Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os.
Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros mais próximos.
Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo.
E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.
Doce silêncio pairou na sala singela...
Decorridos alguns minutos, o Mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e concluiu:
— Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias forças em nome do Pai Celestial, no bendito caminho da vida.


pelo Espírito Neio Lúcio - Do livro: Jesus no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Vícios


Vícios








Os vícios podem ser curados? Não! Mas, a pessoa viciada pode decidir parar com o vício a hora que ela quiser! Vamos entender melhor este assunto. O Espírito é que traz consigo o vício, seja através do “karma, da lei de causa e efeito ou do livre arbítrio.” Quando citamos vícios, nos referimos a qualquer tipo de dependência.

A palavra “karma” (ação) é o vetor principal resultante de todos os atos (bons e maus) praticados pelo homem. Ações conscientes ou não no Bem ou no Mal. Assim, pode-se avaliar que existirá, para cada indivíduo, "bom karma", como também "mau karma".

A lei de causa e efeito (todo efeito é resultante de uma causa) nos explica que tudo que vivenciamos, sejam momentos felizes ou infelizes, é consequência de nossas atitudes no presente ou no passado. Embora o indivíduo esteja vinculado a responsabilidade do ato praticado, se direcionar a sua vida baseada em valores mais nobres, pode alterar, aliviar, atenuar, reparar, e, com isso reequilibrar o seu passado. E pode até programar o seu futuro.

Os maus atos arremessam os agentes à dor; os bons à Paz! Ao criar o Espírito humano Deus concedeu-lhe a faculdade de decidir e praticar o que quiser através do “livre-arbítrio”. O homem pode optar por agir no bem ou no mal, pois, pela inteligência e pela moral, tem o dom da análise. Sua existência, feliz ou infeliz, será determinado por ele mesmo. "Aquilo que o homem plantar; aquilo mesmo terá que colher" Gálatas, 6-7.

Quando uma criatura acumula débitos perante a Justiça Divina (Leis Naturais), esta concede-lhe as oportunidades necessárias para o devido resgate, muitas vezes realizado parceladamente, em várias existências físicas (reencarnação). Explica-se assim o fenômeno lógico das vidas sucessivas, onde a criatura humana, conservando a individualidade, liberta-se das más tendências, adquirindo ou aprimorando virtudes. Isso acontecerá, inexoravelmente, pelo bem ou pela dor.

O corpo humano é um maravilhoso empréstimo da Vida, para a vida. Qualquer excesso, qualquer abuso, qualquer uso indevido, repercutirá na consciência, alertando quanto aos prejuízos. Tudo o que contraria o equilíbrio somático desajusta a harmonia do trinômio: “corpo, perispírito (corpo espiritual) e espírito”. Tais desajustes começam por provocar doenças no corpo físico e terminam por carrear inenarráveis tormentos espirituais.

André Luiz (espírito), no livro "Evolução em dois mundos" nos diz que: nossos desequilíbrios mentais causam rupturas nos pontos de interação entre o perispírito (corpo espiritual) e o corpo físico, ensejando assalto microbiano consentâneo com nossos débitos de vidas passadas.

O ser humano possui um campo espiritual de defesa, qual túnica eletromagnética (aura humana) à maneira de campo ovóide. Essa tela uma vez rompida (com "buracos", causados por vícios), libera o trânsito de energias bastardas entre os “centros de força” (chakras) que alimentam o espírito e o perispírito. Aí, sobrevêm as provações obrigatórias.

Infrações violentas, tais como os tóxicos, rompem essa "carapaça fluídica” do homem e as consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura. Depois vem os tormentos espirituais. Ao desencarnar, o perispírito mantém integralmente as mesmas sensações experimentadas na jornada terrena.

Encontra no mundo espiritual inúmeros espíritos, similares, em tendências, gostos, graus de evolução. Com eles conviverá, pela sintonia e pela atração vibratória. Verá que seu perispírito está depauperado, destrambelhado, cheirando mal, repleto de náuseas e mazelas (frio, fome, dor, etc.) Desgraçadamente, terá consciência desses tormentos, de maneira plena e permanente: não dorme, não desmaia, fica vagando por regiões cinzentas, sem água, sem sol.

Contudo, a Caridade de Deus, permanentemente amparando Seus filhos, também ali se manifesta, a todos os instantes. Basta, apenas, um único pensamento sincero voltado ao arrependimento, e esse sofredor receberá ajuda do Plano Maior, onde operam os Prepostos de Jesus. Deus não criou seres tendo por destino permanecerem votados ao mal, perpetuamente. Cedo ou tarde o Espírito tem vontade de se tornar feliz.

O que leva um Espírito desencarnado toxicómano ao arrependimento? A dor, mestra maior e último recurso natural para reconduzir o homem ao caminho do Bem. O viciado, ao desencarnar, percebendo que tudo está mais difícil, pois além de não poder satisfazer a ânsia da droga, ainda está doente, fraco, faminto etc., mais do que nunca, desejará as drogas.

Onde busca-las? Como consegui-las? Carente, e sem nenhuma proteção, ficará a mercê de legiões de malfeitores espirituais. Será sim, admitido nessas legiões, mas como elemento escravizado, desprezível, inferior. Aprenderá, rápido, que só no plano material poderá dar vazão ao vício.

Qual vampiro, poucas vezes sozinho, quase sempre em bandos, acorrerá aos locais de frequência dos toxicómanos encarnados (às vezes até mesmo em seus lares), aderindo-se a eles, mente a mente, induzindo-os ao consumo das drogas, ou assediando criaturas invigilantes, ainda não viciadas, para que o façam. Sem nenhuma reserva moral, em troca de alguma satisfação do vício, será submetido a uma série de perversidades.

Os vapores sutis das drogas, ao se volatilizarem são facilmente detectados pelos espíritos-viciados, os quais sorvem esses vapores, deles se apropriando e incentivando o encarnado a consumir mais e mais. Fácil entender porque o viciado encarnado cada vez quer mais. O fato mais grave do vampirismo é que as “larvas psíquicas”, são contagiantes: havendo campo próprio, transferem-se para novos hospedeiros, onde proliferarão. A esse infeliz processo o Espiritismo denomina “obsessão”.

Conjectura-se que o toxicômano encarnado sustenta o vício próprio e de mais ou menos dez viciados desencarnados! Com o tempo, poderá, pelo livre-arbítrio, tomar duas atitudes: Arrependimento ou revolta com desejo de vingança. Seu poder, ampliado, atingirá um ponto em que a Justiça Divina considera como saturação, dando um basta: compulsoriamente retornará à carne. Só que em tristes condições.



No Shopping Center

No Shopping Center

Homens e mulheres eram vistos em templos católicos fazendo promessas para, logo depois, ingressar em igrejas evangélicas ou templos espíritas para pedir as mesmas coisas. Boa parte deles solicitava de Deus favores que significariam a desgraça de outros, o atendimento de pedidos que visavam a prejudicar pessoas ou comunidades, o apadrinhamento de pretensões ilícitas ou o apoio para as apostas milionárias.

O panorama do mundo indicava, com raras exceções, que boa parte da humanidade não havia despertado para as realidades da evolução.
E se a rua demonstrava esse intercâmbio assustador entre vivos e mortos, a atmosfera dos grandes e bem ornamentados recintos comerciais da modernidade, os shoppings centers estilosos assustavam ainda mais.
Isso porque, se nas vias públicas se misturavam pessoas de todos os padrões sociais, boa parte das quais privadas de entendimento, de formação moral mais requintada ou mesmo de simples cultura escolar, os locais destinados ao caro comércio das tentações reuniam público bem mais apurado, favorecido pelos bens materiais e, de se supor, mais fino. Porém, os Espíritos que passeavam ao lado dos vivos do corpo eram mais grotescos que os das ruas.
De um lado, as belas vitrines com os arranjos sedutores, bens e ofertas provocadoras. Do outro, seres humanos invigilantes e distraídos, desatrelados de um pensamento nobre, emitindo as formas-pensamento grotescas, acoplados a companhia inferior e mais perigosa do que aquelas que eram vistas nas vias públicas. Lá fora, violência e agressividade uniam as duas humanidades. Aqui dentro, astúcia, malícia, cobiça e maldade refinada eram a marca das almas perturbadoras que se uniam aos sócios de carne, em laços que eram ainda mais profundos e intensos.
Observava-se uma simbiose perfeita em que ambos demonstravam a mesma vontade, e o encarnado não saberia afirmar se se conduzia por si mesmo ou pela influência inferior com quem se harmonizava.
Ao se avaliar as condições pessoais dos frequentadores de tais ambientes, o que se podia perceber, sem muito esforço e com poucas exceções, era que a ambição, a inveja, a dependência da matéria, a crueldade, o egoísmo e toda corte de vícios e defeitos morais eram mais graves e patentes do que naqueles que perambulavam nos caminhos públicos.
Tanto nas ruas quanto nos centros comerciais, havia pessoas que fugiam à regra, capacitadas pelo próprio equilíbrio a se manter protegidas por bons pensamentos, nascidos de sua vigilância e por sua opção interior na direção de valores nobres. Ao redor delas, uma atmosfera diferenciada indicava a melhor condição pessoal, como uma impressão digital psíquica reveladora da vibração interior no bem.
No entanto, na maioria, o tumulto mental era a marca preponderante, transformando aquele ambiente de belezas materiais num pântano pestilento, no qual serpentes invisíveis deslizavam acompanhando homens e mulheres bem vestidos, compartilhando da cobiça e da astúcia, do egoísmo e do orgulho.
Não importava se visíveis ou invisíveis. Neles, a peçonha era um traço comum que se enraizava na mente cobiçosa. Em nenhuma parte a preocupação com Deus.
Na verdade, era a grande igreja da modernidade. Nichos de todos os tipos para atrair gostos variados onde cada “deus material” prometia coisas, e a massa dos fiéis a perambular pelos corredores em busca do deus que lhes satisfaria as buscas imediatas.
Para uns, era o deus da beleza, outros, o deus do prazer, outros, ainda, o deus da sedução e cada loja um local de culto onde o interessado depositava a sua doação e saía com a bênção que almejava.
E, nos corredores, criaturas insatisfeitas, infelizes, sonhadoras e ególatras, tentando satisfazer suas ânsias através da cobiça da compra, da ilusão do ter, do velho deus Mamon ou Baal dos tempos pagãos.
A cena bem representava a realidade, bastando que se contasse o número de vezes que qualquer um dos encarnados ia ao shopping e se comparasse ao tempo que gastava no exercício da própria crença, onde se ligavam a Deus no exercício da fé.
Um quadro social dessa natureza demonstrava enfermidade coletiva que contaminara boa parte das pessoas.
Compondo o mosaico da coletividade, somente reduzido número de criaturas atentas e vigilantes praticava a profilaxia da alma nos moldes recomendados pelo Cristo, superando suas limitações, esquecendo seus interesses imediatos, recusando-se a participar da ciranda da alucinação que envolvia as multidões.
Para essa minoria, a atmosfera do mundo materialista era hostil porquanto, já não mais participando de seus objetivos nem vibrando segundo as pressões da maioria, tais pessoas viviam rodeadas por loucuras e futilidades que se tornavam agressivas e injustas.
Em verdade, esse era e é o verdadeiro teste.
Somente com o embate entre os conceitos nobres e os preconceitos do mundo é que uma pessoa poderá dar mostras de que conseguiu reformar-se.
Livro No Final da Última Hora, cap. 7, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

"A próxima dessas perfeições,

"A próxima dessas perfeições, uma muito importante, é a perfeição da paciência.

Este é o antídoto contra a raiva. Este é um assunto importante que surge apenas na superfície. Mas acho que todos podemos apreciar que em nossa vida cotidiana, nossa vida familiar, nosso local de trabalho, e assim por diante, há um campo maravilhoso para a prática da paciência.

Mesmo dirigindo por estas estradas, eu estou muito bem disciplinada... Bem vindos à Índia.. ( risos...)

Mas mesmo assim, dirigindo e tudo o mais, é maravilhoso. Ótimas oportunidades para praticar como relaxar internamente, e não reagir com irritação, frustração, raiva..

Então, como desenvolver a paciência?

Como havia dito, este é um assunto importante e só podemos falar sobre um ou dois pontos aqui.

Mas um deles é normalmente quando alguém nos aborrece e nos deixa bravos, nós o consideramos como um obstáculo para nossa tranquilidade e paz, para que sejamos pessoas boas e amigáveis. Eu estaria ótima se não fosse pelo meu terrível vizinho, ou meu chefe desagradável, ou minha esposa, marido, quem quer que seja. É o problema deles.
Eles são os causadores de todas as minhas dificuldades, então, eu tenho do direito de estar brava.

No desenvolvimento da paciência, nós reconhecemos que esta é uma qualidade espiritual muito importante. Não reagir com raiva em relação a algo que consideramos como sendo o oposto.
Assim, como qualquer treino, como qualquer qualidade, precisamos praticar isso.

É muito fácil sermos amorosos, amigáveis e gentis quando estamos cercados de pessoas que sejam amorosas, amigáveis e gentis. (risos... )

Aqui, por exemplo, todos são tão amáveis, sorriem e se curvam diante da chance de serem úteis e gentis... e isso é maravilhoso.

Mas isso pode nos levar a um falso sentido de complacência. A de que o outro também seja amoroso, amigávei e gentil em todas as circunstâncias, porque nós o conhecemos assim. Portanto, a fim de praticarmos a paciência, nós precisamos de pessoas desagradáveis.. (risos...) Estou falado sério...

Shanti Deva, um grande letrado da Índia, do século VIII, disso que por este motivo, devemos considerar nosso "inimigo" como nosso grande amigo espiritual. Porque eles estão nos ajudando a desenvolver essa qualidade tão importante, sem a qual não podemos alcançar a iluminação.

Então, ao invés de pensarmos que essa pessoa é um problema, deveríamos ser gratos a ela. Quando alguém é muito difícil para nós e nos cria muitos problemas, ao invés de ficarmos abertos à raiva e chateados com isso, podemos pensar.. Ah obrigada! Você é tão horrível! Isso é ótimo!!( risos... )

Agora eu realmente posso praticar. Sem você, o que eu teria feito? Isso muda toda a situação.

Claro que isso não significa que se estivermos em uma situação extrema de abuso, vamos no sentar e dizer: bata mais forte.. Mas significa que, mesmo que alguém esteja em uma situação abusiva, ela pode desprender-se o mais rápido possível, com nada mais do que amor e compaixão no coração.

Buda disse que o ódio não cessa com ódio. Ódio cessa com a falta de ódio, em outras palavras, cessa com amor.

Se alguém nos perturba e acabamos sentindo raiva e frustração, nós duplicamos o problema. Entendem?

Se alguém nos faz alguma coisa nos engana, ou é difícil conosco, e sentimos toda essa raiva, frustração, nos fazendo mal, então estamos torturando nós mesmos. Certo?

Não está afetando aquela pessoa. Ela está bem. Apenas fazemos conosco o que nosso pior inimigo nos desejaria. Então, damos a nós mesmos mais dúvidas. Ao passo que, se pegarmos isso e transformarmos em uma oportunidade de nos desenvolver e ir além, então nada pode nos machucar.

É parte do nosso desenvolvimento espiritual. Isso não serve apenas para as pessoas, mas para as circunstâncias também.

Todos agora, começam a entender que as circunstâncias difíceis são, na verdade, ótimas oportunidades de crescimento.
Isso não significa que precisamos criar dificuldades, e pessoas desagradáveis. Sente-se e elas virão."( risos..)

UM LUGAR QUE FAZ ECO




O amor não deveria ser exigente; senão, ele perde as asas e não pode voar; torna-se enraizado na terra e fica muito mundano. Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.

O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele. Ele deveria estar presente por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.

Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira.

Um amor não motivado não tem fronteiras: é pura alegria, exuberância, é a fragrância do coração.

E o fato de não haver desejo de algum resultado não quer dizer que não haja resultados. Há sim, e eles acontecem mil vezes mais, porque tudo o que damos ao mundo retorna e ressoa.

O mundo é um lugar que faz eco. Se atirarmos raiva, a raiva voltará; se dermos amor, o amor voltará.

Mas esse é um fenômeno natural, e não precisamos pensar sobre ele. Podemos confiar: isso acontece por si mesmo. Esta é a lei do carma: tudo o que você semeia, você colhe; tudo o que você dá, você recebe.

Assim, não há necessidade de pensar a respeito, é automático. Odeie, e será odiado; ame; e será amado.

Osho

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O que a doutrina espírita pode explicar sobre Ansiedade?


O que a doutrina espírita pode explicar sobre Ansiedade?





São muitas as respostas que a D.Espírita nos dá sobre este sentimento que pode ser traduzido por perturbação, angústia, receio, permitindo até, se não cuidado, a instalação de um processo obsessivo.

O conhecimento da Doutrina Espírita, com um estudo frequente, possibilita-nos um trabalho paciente e perseverante para enfrentarmos esses estados de aflição que se fazem na nossa vida, relacionados com as nossas atitudes passadas e presentes.

Podemos afirmar, dentro do ensinamento cristão, que a ansiedade caminha conosco e vai libertando-nos, à medida que entendemos a proposta do Cristo, enxergando nela o convite às realizações proporcionadas pelo trabalho, deixando de esperar pelos milagres que em momento algum Ele prometeu. Trabalhar-se.

Tudo tem início na incerteza trazida pelo Espírito no planejamento da sua reencarnação. Ele sabe que é preciso enfrentá-la, mas não sabe se  suportará bem as suas provas.

Percebemos também, através do ensinamento espírita, que é grande a influência dos Espíritos em nossos pensamentos e que os efeitos das comunicações que, sem saber podemos manter durante o sono, pode fazer-nos experimentar sentimentos de angústia ou de satisfação. São encontros com Espíritos comprometidos conosco para o mal ou para o bem.

Entendemos então que as diversas encarnações que já tivemos, se encadeiam, dando sequência umas às outras, contando a nossa história, baseada nos nossos procedimentos.

Por isso, todos os nossos sofrimentos são criações nossas. O orgulho, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, enfim, constituem as torturas da alma.

Qualquer que seja a nossa aflição, é preciso encontrar a causa, a matriz. Mas, se fizermos uma auto-análise, verificaremos que estamos sempre ansiosos para resolvermos tudo bem rápido e como não conseguimos, ficamos revoltados, decepcionados e pessimistas diante da vida.

Está faltando reflexão no ensinamento do Cristo. O Evangelho traz uma anotação de Mateus, cap.19:26, com a seguinte exortação de Jesus: “A Deus, tudo é possível,” fazendo-nos entender que seja qual for a perturbação reinante, é necessário usar da calma, que nos liga ao Pai, pra buscar a melhor solução.

A calma é o resultado da fé, da segurança que propicia o equilíbrio. A fé, é a soma de conhecimentos assimilados. Se diante da vida, experimentamos insegurança e insatisfação, sustentando o inconformismo, a incerteza se fará em torno das ocorrências do cotidiano.

Libertar-se das aflições ou salvar a sua alma é tarefa que a encarnação apresenta. A Terra é a nossa casa de lutas redentoras, onde a Providência Divina movimenta todos os recursos indispensáveis ao nosso progresso material.

O Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do céu para ajudar o Espírito livrar-se da situação aflitiva em que se encontra, para só então marchar para o amor e a sabedoria universal.

Jesus é o Modelo Supremo. Buscar sempre Nele a sustentação para nossa luta, procurando não permitir que a  ansiedade predomine na nossa vida, combatendo-a constantemente com as armas do amor, impedindo que ela atrapalhe a nossa evolução.