segunda-feira, 28 de julho de 2014

MÉDIUNS DA REGENERAÇÃO



MÉDIUNS DA REGENERAÇÃO


Médiuns são anjos do céu
Que Deus mandou a esta mundo
Sabem eles, lá no fundo
Que são servidores do além.
Que devem usar seu talento
Toda noite e todo dia
Dos cegos de espírito, o guia
Ser conselheiros do bem.

Médiuns de psicofonia
São telefones dos céus
Que descortinam os véus
Do mundo espiritual.
Transmitem as orientações
Ou as dores de infelizes
Sofredores dos deslizes
Tirando-os do umbral.

VIDÊNCIA, pictografia, audiência
Também são mediunidades
Que vêm mostrar a verdade
Daqueles que foram corpo.
Uns veem a luz ou a desgraça
Outros as formas e as cores
Alguns ouvem seus amores
Todos trazendo conforto.

Psicografia é dom sublime
Carteiros a serviço de Jesus
Que nos trazem saber e luz
De tudo que há no infinito.
Vastas paginas iluminadas
Descrevem anjos, locais, céus
Paragens feitas por Deus
Para anjos e aflitos.

Médium não é panaceia
É trabalhador da verdade
Que busca sua liberdade
Para amenizar muitas dores.
Pouca a pouco se apaixona
Pelo serviço que escolhe
Cuidar sofredor não tolhe
E viram os seus amores.

São vitimas mui frequentes
De agressores dos umbrais
Que nos deslizes morais
Sofrem acosso constante.
Sabe que no seu dia a dia
Deve ser como o cientista
Que do vírus não se despista
E ter proteção bastante.

No uso da mediunidade
É como campo de batalha
De todo canto vem metralha
Para tentar destruir.
Que encontre corpo blindado
Energias sublimes da prece
No viver digno não perece
O trabalhador a construir.

Aquele que vive amando
A todos os filhos de Deus
As energias dos céus
São muros de proteção.
Estendendo as mãos de ajuda
Que toda criatura entende
Nem mesmo o inferno ofende
À tanto amor e emoção.

O médium não julga os atos
Daqueles que vem na dor
Sai distribuindo o amor
Àquele que sofre as dores.
A exemplo da natureza
O animal devora os brotos
Outros pisados pelos potros
E os campos semeiam flores.

O médium doa benesses
Altruísmo e sedução
Quando coloca em ação
Os sentimentos mais altivos.
Rebanha dos vis infernos
Nos canteiros mais escuros
Acalmando as mentes duras
Destes enfermos, cativos.

Porque vivendo a vida
Envoltos na luz do céu
E em tão transparente véu
Abre os caminhos de Deus.
Brilha na escuridão
Como diamante divino
Constrói caminho e destino
Que todos são filhos seus


sexta-feira, 25 de julho de 2014

TENSAO EMOCIONAL

TENSÃO EMOCIONAL



Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais.
Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação.
E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo.
Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico.
Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio...
 Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência.
 Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.
 Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento que se te restaurem as energias.
 Serve ao próximo, tanto quanto puderes.
 Detém-te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável.
 Não carregues ressentimentos.
 Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz.
 Admita o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir.
 Tempera a conversação com o fermento da esperança e da esperança e da alegria.
 Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo.
 Se amigos te abandonam, busca outros que consigam compreender com mais segurança.
 Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor.
 Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas.
 Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for.
 Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção de que ninguém existiu no mundo, sem a necessidade de enfrentá-la.
E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais importante!...
(Do livro "Companheiro", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)


NA ESPERA DE ENCARNAÇAO


Pergunta: - Podereis dar-nos uma idéia dessa "fila" de espíritos candidatos à reencarnação na Terra, mas que ficam seriamente prejudicados pela "limitação de filhos"?
 
 
Ramatís: - Sem dúvida, no mundo espiritual não há "fila" no sentido propriamente dito, ou como se faz na Terra para a disciplina do povo. Referimo-nos apenas, quanto ao simbolismo da grande quantidade de espíritos desencarnados na "espera" de encarnação, pela devida ordem e merecimento.
A Terra é uma escola de educação espiritual, um curso primário que abrange o período de 28.000 anos do calendário terreno, para a necessária alfabetização dos seus alunos. O corpo carnal significa o banco escolar, que o espírito se utiliza para freqüentar esse curso físico terreno, enquanto o maior número de corpos gerados aumenta as probabilidades para a admissão de novos alunos.
Além dos bilhões de espíritos, que atualmente freqüentam a escola 1errena compondo a sua humanidade atual, ainda existe, no Espaço, em torno da Terra, uma carga espiritual de  20 bilhões de almas desencarnadas. Dez bilhões desses espíritos ainda podem permanecer equilibrados e tranqüilos, no Espaço, alguns quinhentos anos, outros mil ou mais, sem aflições ou necessidade de breve reencarne físico. Os outros dez bilhões, no entanto, precisam de renascimento imediato, pois são entidades cuja capacidade vibratória já se exauriu no ambiente sideral e as tornam desajustadas ou frustradas na freqüência superior do mundo espiritual. Esses espíritos, em sua maioria, sentem-se desesperados, melancólicos e infelizes, embora usufruindo de panoramas e condições agradabilíssimas, tal é a sua saturação emotiva e esgotamento psíquico. Embora pareça um paradoxo ou excentricidade, eles trocariam imediatamente o ambiente de venturas pelo prazer das emoções grosseiras no mundo carnal. Lembram o bugre, que em vez das atrações ruidosas e o encanto das metrópoles festivas, ele prefere voltar para a floresta anti-higiênica e selvática, e o caboclo, que não troca a sua modinha caipira pela majestosa sinfonia "Coral" de Beethoven. O mundo carnal ainda exerce forte atração nesse tipo de espíritos primários e demasiadamente condicionados aos prazeres e sensações físicas, que não puderam libertar-se em vidas anteriores. São algo como os macacos, que não trocam a mata e as bananas pela calda de pêssegos em pratos dourados!
Quanto a um terço desses dez milhões de espíritos, que necessitam urgentemente de corpos para renascerem fisicamente, constitui-se de entidades de baixa graduação espiritual, numa grande percentagem satânica, habitantes do astral inferior, maquiavélicos, impiedosos e vingativos! Jamais perdoarão aos encarnados que lhes negam os corpos prometidos antes de se encarnarem; são almas primárias e grandes pecadoras!
Serve-lhes qualquer corpo, a fim de poderem mergulhar a consciência na carne e livrarem-se do remorso torturante; a carne significa-lhes a esponja que apaga o passado e permite o recomeço proveitoso e sem frustração! Enfim, são dez bilhões de espíritos terrícolas, que transportam com freqüência, para o Além-Túmulo os seus problemas mentais e emotivos, frutos de desequilíbrios e desregramentos físicos. São uma espécie de árvores vivas, cuja copada aflora ao céu, mas suas raízes atolam-se na lama! Enfermos de todos os tipos, uns entediados na atmosfera superior por falta de treino angélico; alguns, alucinados, arrependidos ou atolados pelo remorso nas sombras do astral inferior; e outros, nos charcos, ainda submetidos ao sofrimento purificador! Porém, almas infelizes, desesperadas e arrastadas pelo magnetismo carnal, famintas de um corpo redentor!
 

 
Do livro: A Vida Humana e o Espírito Imortal –Ramatís/Hercílio Maes

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A VERDADEIRA PROSPERIDADE

Osho

Você tem de ser rico, mas não próspero. Riqueza é outra coisa. Um mendigo pode ser rico, e um imperador pode ser pobre. A riqueza é uma qualidade do ser.

Alexandre, o Grande, encontrou Diógenes, que era um mendigo, nu, com apenas uma lamparina, seu único bem. E ele mantinha sua lamparina acesa até durante o dia. Obviamente ele se comportava de maneira estranha; o próprio Alexandre teve de lhe perguntar: "
Por que você mantém essa lamparina acesa durante o dia?"

Ele levantou a lamparina, olhou para o rosto de Alexandre e disse: "Estou 
procurando pelo verdadeiro homem dia e noite, e não o encontro".

Alexandre ficou chocado porque um mendigo nu falara daquela maneira com ele, o conquistador do mundo. Mas percebeu que Diógenes era muito belo em sua nudez. Seus olhos eram tão silenciosos, sua face tão pacífica, suas palavras tinham tanta autoridade, sua presença era 
tão calma, tranquila e suave que, embora Alexandre se sentisse insultado, não pôde retrucar.

A presença do homem era tanta que o próprio Alexandre pareceu um mendigo a seu lado. Em seu diário ele escreveu: "Pela primeira vez senti que a 
riqueza era algo mais do que ter dinheiro. Vi um homem rico".

A riqueza é sua autenticidade, sua sinceridade, sua verdade, seu amor, sua criatividade, sua sensibilidade, sua meditatividade. Essa é sua 
verdadeira prosperidade.

Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade"

Auxílio da assistência do Alto

Pergunta: - Acreditamos que a assistência do Alto muito deverá ajudar no mais breve entendimento da imortalidade àqueles que se devotam às práticas e aos exercícios espirituais; não é assim?

Ramatís: - As igrejas católicas, os templos protestantes, adventistas, budistas,muçulmanos ou as sinagogas hebraicas; os centros espíritas, instituições esotéricas e tendas umbandistas, vivem todos repletos de criaturas ainda tão escravizadas à liturgia e à adoração inútil das formas terrenas que, em lugar de tentarem o seu despertamento mental para a verdadeira vida do espírito eterno, transformam suas crenças habituais numa dose de ópio com que procuram esquecer suas complicações e tricas cotidianas, ou então na solução precária dos seus caprichos e interesses.
Em geral, no seio dos sistemas religiosos ou das doutrinas espiritualistas, movem-se grupos de criaturas transformadas em "pedintes", exclusivamente interessadas em obter do céu a solução de problemas corriqueiros da vida física, e que raramente se preocupam com os deveres principais da própria alma, que é a grande esquecida de todos os tempos!
Desinteressam-se de ativar suas forças psíquicas e treinar a alma para a postura evangélica superior, que são fundamentos essenciais para a manifestação do anjo venturoso. Quando o véu da morte se estende sobre tais criaturas, que fazem de suas crenças um motivo de mendicância religiosa e se atrofiam na parasitose deliberada, então ingressam no Além quase que de mãos estendidas, constituindo-se em pesada carga viciada pela ociosidade espiritual, que ainda vai onerar os labores sacrificiais dos desencarnados benfeitores.

Há demasiado desinteresse entre quase todos os encarnados em conhecerem as suas próprias necessidades íntimas, pois atravessam a vida física em doida fuga do mais débil sofrimento c de qualquer vicissitude material, em lugar de recebê-los como lições valiosas, que renovam e retificam o espírito, a fim de que se possa libertar definitivamente do melancólico ciclo das reencarnações planetárias. Embora a vida física seja o processo natural de evolução e desenvolvimento da consciência espiritual, o terrícola prefere escravizar-se completamente à rotina monótona de beber, mastigar, vestir-se, dormir e procriar, qual autômato hipnotizado ao culto exagerado das formas transitórias da vida física.
 

Ramatís - “A Sobrevivência Do Espírito”(Atanagildo) Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

A Legião dos Servidores de Maria

A Legião dos Servidores de Maria
 
Maria mantém no plano espiritual inúmeras organizações ; uma delas é
Legião dos Servos de Maria.
Nessas instituições podemos reconhecer o amor maternal da Mãe de Jesus
que é, a medida que mais se observa, mais abrangente; uma imagem dessa
abrangência é a dos braços maternais que abraçam o bebê de encontro ao
seio, envolvendo-o por completo.
Na Terra quando o Sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus.
No plano espiritual também assim acontece.
A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza 
que silencia, tudo convida ao recolhimento...
Acreditamos que isso que acontece na Terra é reflexo de uma atitude muito
maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos.
Eis como a sensibilidade de Camilo registrou a hora da Ave Maria na Cidade
Esperança:
As solenidades do Ângelus encontravam-nos, frequentemente, ainda no parque.
Acentuava-se a penumbra em nossa cidade e nostalgia dominante envolvia
nossos sentimentos. Do Templo, situado na Mansão da Harmonia, região onde
se demoravam com frequência os diretores e educadores da Colônia, partia o
convite às homenagens que, naquele momento, seria de bom aviso prestarmos
à Protetora da Legião a que pertencíamos todos - Maria de Nazaré.
Pelos recantos mais sombrios da Colônia ressoavam então doces acordes, 
melodias suavíssimas, entoadas pelos vigilantes. Era o momento que a direção
geral rendia graças ao Eterno pelos favores concedidos a quantos viviam sob o
abrigo generoso daquele reduto de corrigendas, bendizendo a solicitude 
incansável do Bom Pastor em torno das ovelhinhas rebeldes, tuteladas da 
Legião de sua Mãe amorável e piedosa. E era ainda quando ordens desciam
de Mais Alto, orientando os intensos serviços que se movimentavam sob a
responsabilidade dos dedicados servos da mesma Legião. Todavia, não éramos
obrigados a orar. Fá-lo-íamos se o quiséssemos. Em Cidade Esperança, porém,
jamais tivéramos conhecimento de que algum aprendiz ou interno recusasse
agradecer ao Nazareno Mestre ou à sua Mãe boníssima, por entre lágrimas de
sincera gratidão, às mercês recebidas do seu inapreciável amparo !
 
(Obra: Maria Mãe de Jesus - Chico Xavier e Yvone A. Pereira)

quarta-feira, 9 de julho de 2014

As defumações e as ervas de efeitos psíquicos - VIII





PERGUNTA: Considerando-se que os fluidos libertos na queima de ervas podem produzir um ambiente desagradável aos espíritos daninhos, por que as pessoas que processam a defumação não são afetadas por esses fluidos tão agressivos ou desagradáveis?

RAMATÍS: As lâmpadas elétricas ofuscantes, usadas pelos caçadores e pescadores, são nocivas para os insetos, mas completamente inócuas aos seres humanos! Enquanto os espíritos desencarnados, de graduação inferior, são atingidos no perispírito pela carga hostil e incômoda das energias liberadas na queima de ervas, os encarnados são imunes a tais reações devido ao anteparo ou biombo do corpo físico!

PERGUNTA: - Aprendemos com a doutrina espírita que a prece é defesa espiritual mais eficiente do que uma defumação supersticiosa de ervas odorantes.

RAMATÍS:  Mas, que pode fazer um homem completamente obsidiado, que já perdeu o seu comando mental, caso lhe aconselhem a oração? Alguém pode libertar-se do seu carma expiativo, só porque se entrega a orações? Não seria isso sancionar a velha fórmula de o sacerdote salvar o pecador à hora da morte, só porque ele se arrepende dos seus crimes e morre saturado de rezas, ladainhas e recomendações religiosas? Não ensina o Espiritismo que o homem não se salva por sua crença, mas pelas suas obras?

PERGUNTA: - Considerais que a oração é inócua em casos semelhantes?

RAMATÍS:  Advertimos que a oração, em geral, é um pedido disfarçado entre os comodistas da vida humana, em vez de um repositório de forças vivas libertadores. O filho que é grato pela existência feliz sempre escolhe palavras dignas e generosas, quando quer demonstrar a sua gratidão aos progenitores, mas os filhos indiferentes, ingratos e comodistas só se recordam dos pais para pedir-lhes novos favores, embora já estejam excelentemente favorecidos pelos bens da vida!

Do Livro: “Magia de Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

O espírito é imortal?


Admitir a morte do Espírito, ou seja, da Alma, e divulgar ou trazer essa concepção para a tela da publicidade é criar mais um labirinto de dúvidas teológicas e aumentar a controvérsia existente entre as diversas crenças ou religiões, que já se encontram em divergências intransigentes quanto à interpretação da letra dos Evangelhos.           Em face da visão onisciente, imutável e absoluta da sabedoria de Deus, é inadmissível a "rebelião perene" da criatura contra o seu Criador e suas leis. Semelhante presunção e suas conseqüências punitivas são as da fórmula bíblica dos "anjos decaídos". Porém, tal dogma, como outros, não possui qualquer consistência moral de lógica e bom senso, nem mesmo para ser admitida sob um raciocínio apenas teórico, porquanto a morte do Espírito é uma impossibilidade concreta. 
A desintegração das consciências-indivíduos gerados ou nascidos do seio de Deus constituiria uma enorme aberração, visto que a extinção ou "morte" das centelhas vivas que o Criador lançou de Si implicaria na morte d'Ele próprio, que é a Fonte dessa vida. Tal qual se dará no dia em que se extinguirem ou "morrerem" os raios de luz do "rei" Sol, pois sendo frações vivas de si mesmo, é óbvio que ele morrerá também. 
Abordemos, então, o outro ângulo do teorema: - o que se refere ao Mal, suas causas, seus efeitos e amplitude. O Mal é uma reação de deprimências morais, porém, transitórias, sem prejuízo que subsista na eternidade. O Homem, na sua caminhada evolucionista, enquanto permanece na ignorância da sua realidade espiritual eterna, seu livre-arbítrio desordenado leva-o a cometer desatinos de toda espécie, ou seja - pratica o mal.
É que os seus ouvidos ainda estão fechados à voz profunda que vibra no recesso da sua consciência, advertindo-o para que resista aos impulsos negativos do Mal, em seu próprio benefício, pois "Deus não quer a morte do ímpio, mas que ele se regenere e se salve"!
Nas fases intermediárias da sua evolução, o Homem, ativado pela força negativa, mas pertinaz, do Egoísmo, tem como ideal supremo de sua vida adquirir recursos sem limite, que lhe garantam prover não só às suas necessidades comuns, mas que lhe facultem desfrutar também o gozo de prazeres e comodidades supérfluos. No entanto, logo que ele tem conhecimento de que é um espírito imortal e sente em seu íntimo a grandeza sublime desse atributo, e ainda, que o fator eternidade terminará por vencê-lo, esfacelando todas as resistências da sua rebeldia contra o Bem, ei-lo, então, pouco a pouco, renunciando aos prazeres e interesses efêmeros do mundo utilitarista que o rodeia.
Nesse estágio recuperativo, que se prolonga por diversas reencarnações, chega o dia em que uma nova aurora se abre a iluminar-lhe a consciência; e, então, opera-se a transfiguração referida por Paulo de Tarso: "o homem velho feito de carne animal, cede lugar ao homem novo da realidade espiritual". Depois, a dinâmica do seu egoísmo, que é natureza do Ego inferior, gradativamente, sublima-se, transmuda-se num fator ou elemento energético do Ego superior, ou seja, o "homem novo", já despertado, dispõe-se a assumir o comando de si mesmo, no seu trânsito pelo Cosmo. E, à medida que a sua consciência se eleva e santifica, então, aquela mesma firmeza de vontade doquerer é poder que vence e realiza, em vez de estar a serviço do Ego inferior, passa a servir o Eu superior, cujo ideal supremo é o amor-fraternidadede amplitude cósmica, que, na realização integral do "amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", perdoa, sacrifica-se, socorre, renuncia, dando tudo de si sem pensar em si. E assim, atingida esta plenitude moral de grau santificante, o microcosmo humano, que é o Homem, passa a refletir as qualidades, as virtudes sublimes do Macrocosmo Divino, que é Deus.
Nessa altura realiza-se então a afirmativa da Gênesis, que diz: - O Homem é feito à imagem de Deus; e também, conforme Jesus - "o filho e o Pai são um"!
Consideremos agora a essência moral da sua presunção quanto à possibilidade de um Espírito permanecer nos abismos do Pecado através do tempo eternidade. Semelhante contingência é inadmissível sob todos os aspectos, pois há uma lei cósmica de evolução dinâmica, que impõe um movimento ascensional a todos os fenômenos do Universo, impulsionando oimperfeitopara o mais perfeito, o pior para "subir" ao melhor. E até a própria matéria bruta, na sua constituição atômica e molecular, está sujeita a esse imperativo evolucionista.
Além das razões expostas, a teoria da morte do Espírito fica destroçada pela base, em face das seguintes contingências de ordem moral: - Uma vez que Deus, em virtude dos seus atributos de presciência e de onisciência,  eidentifica o futuro como uma realidade presente, é óbvio que Ele sabe, por antecipação, qual o rumo ou diretriz moral que seguirá cada um de seus filhos em suas vidas planetárias. E como decorrência dessa visão antecipada, saberia, portanto, que entre eles, alguns, por efeito do seu livre-arbítrio, virão a ser rebeldes incorrigíveis; e que Ele, depois, terá de extingui-los mediante apena de morte espiritual. Ora, em face de tal contingência ou determinismo, resultaria o seguinte conflito de ordem moral em relação aos atributos divinos. É que, havendo entre os espíritos filhos de Deus, uns, possuidores de virtude ou força de vontade que os tornaria capazes de alcançar a hierarquia da angelitude e fazerem jus à vida eterna, e outros, condicionados a serem uma espécie de "demônios"; e que, por isso, mais tarde, será necessário extingui-los pela morte espiritual, então, como conciliar esta parcialidade iníqua do próprio Criador, em face dos seus atributos de justiça e amor infinitos?... E mais: - se Deus tem de emendar ou corrigir hoje um seu ato de ontem, então, que é feito da sua perfeiçãoinfalibilidade?...
Ramatís - do livro ELUCIDAÇÕES DO ALÉM

As defumações e as ervas de efeitos psíquicos - X



PERGUNTA:  Há fundamento na queima de pólvora ou círculo de fogo em torno das pessoas enfeitiçadas, como é próprio dos terreiros?

RAMATÍS: Quando a pólvora é queimada num ambiente "ionizado" pelos técnicos benfeitores do mundo espiritual, ela age por eletrização e pode até causar queimaduras violentas em certas entidades ali presentes, cujo perispírito muito denso e sobrecarregado de éter-físico ainda reage sob os impactos do mundo material. Os espíritos subversivos ou obsessores fogem espavoridos do ambiente onde atuam, quando a queima de pólvora é feita por médiuns ou magos experientes, pois alguns deles são bastante escarmentados em tais acontecimentos. A pólvora preparada pela arte da magia age de modo vigoroso e positivo no lençol etérico e magnético do mundo oculto, pois além de acicatar os espíritos malfeitores desobstrui as cortinas de miasmas estagnados em ambientes enfermiços.
Já explicamos que toda substância, coisa, objeto ou planta do mundo material, inclusive os seres vivos, são núcleos energéticos que exalam energia radioativa, formando-lhes uma aura fortemente impregnada do éter- físico em efervescência na circulação do seu duplo etérico. A rosa física, por exemplo, é a representação exterior e mais grosseira da verdadeira rosa cintilante de cor e exuberância de perfume, que palpita na vivência do mundo oculto. Da mesma forma, o enxofre material é apenas a cópia ou duplicata do mesmo enxofre etérico, que atua mais vivamente no mundo etéreo-astral. A pólvora, consequentemente, cuja fórmula comum é constituída de uma mistura de enxofre, salitre e carvão, tanto explode no campo físico, como ainda eclode mais intensamente no mundo oculto, libertando as energias etéricas das substâncias de que se compõe.
Mesmo a pólvora sem fumaça, feita de nitroglicerina misturada a nitrocelulose, também é um produto de elementos que atuam positivamente no mundo etérico e desintegram os fluidos daninhos.

Nos trabalhos mediúnicos sob o comando de pretos-velhos, índios e caboclos experimentados na técnica de física transcendental, as pessoas cujo perispírito sobrecarregado de fluidos perniciosos mostra-se com sinais de paralisia, são submetidas à "roda-de-fogo", ou queima de pólvora, cuja descarga de ação violenta no mundo etéreo-astral desintegra as escórias perispirituais e saneia a aura humanal. 2 
O mesmo salitre, que os entendidos usam para dissolver a aura enfermiça dos objetos enfeitiçados, depois de misturado ao enxofre e carvão, constitui a pólvora, que ao explodir compõe um ovo áurico no mundo etéreo-astral, muito semelhante ao cogumelo da bomba atômica, desagregando miasmas, bacilos, vibriões e microrganismos psíquicos atraídos pelo serviço de bruxaria e obsessão.

2 - Vide o capítulo X, "O Fogo Purificador", da obra Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, da FEB, do qual destacamos os seguintes trechos em corroboração ao referido acima, por Ramatís: "Como você não ignora, as descargas elétricas do átomo etérico, em nossa esfera de ação, fornecem ensejo a realizações quase inconcebíveis à mente humana". - "O trabalho dos desintegradores etéricos, invisíveis para nós, tal a densidade ambiente, evita a eclosão das tempestades magnéticas que surgem, sempre, quando os resíduos inferiores de matéria mental se amontoam excessivamente no plano".

Do Livro: “Magia de Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

A "INCONSCIÊNCIA IMAGINATIVA" DIANTE DA CARNE.




E que há mais invigilância mental do que condicionamento biológico, de vossa parte, no tocante à alimentação carnívora, e isso podeis verificar pela contradição do vosso gosto e paladar, que se pervertem sob a falsa imaginação. Quantas vezes, diante de cadáveres de animais vítimas de um incêndio ou de uma explosão, costumais sentir náuseas e repugnância devido ao fato de vísceras carbonizadas exalarem o odor fétido de carne queimada!
Entretanto, momentos depois, atraídos pelo aspecto da churrascaria pitoresca, excitai-vos, dominados pelo mórbido apetite, esquecendo-vos de que o churrasco também é carne de animal queimada a fogo lento, diferindo apenas pela natureza dos molhos que se lhe acrescentam. A contradição é flagrante: ali, a repugnância vos domina diante do cadáver assado na explosão; acolá, o condicionamento biológico ou a negligência de raciocínio produz sucos e hormônios que ativam o apetite degenerado. Tudo isso ocorre, no entanto, sóporque ainda alimentais a ilusão de um prazer nutritivo, que é sugerido por igual resto mortal, porém ao molho excitante.
A fumaça repulsiva, que se exala do cadáver de um boi carbonizado no incêndio, é a mesma que ondula sobre as grades gordurosas da churrascaria, em que as vísceras do animal vertem albumina com vinagre e suco de cebola. O pedaço de carne recortado dos despojos cadavéricos da vitela assada ao fogo da estrebaria pode ser tão “macio e gostoso” quanto o “filet mignon” que o garçom de camisa engomada vos oferece sobre o prato de porcelana. A língua arrancada do bovino crestado, na pólvora da explosão inesperada, pode ser tão “apetitosa” quanto a que vos é oferecida em luxuoso restaurante e sob as ondulações melodiosas da festiva orquestra!
Enquanto vos deixardes comandar discricionariamente por essa vontade débil e pela imaginação deformada, ou inconsciência imaginativa, sereis sempre as vítimas dos vícios tolos do mundo e da alimentação perniciosa da carne. E evidente que não há condicionamento de espécie alguma, quando se trata dessa disposição infantil, em que a vossa imaginação ora se torna lúcida, lobrigando a realidade da carne queimada, ora se ilude completamente vendo um suculento petisco naquilo que antes era uma realidade repugnante.  

Do livro: “Fisiologia Da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.