terça-feira, 11 de março de 2014

Sexualidade Responsável


As uniões sexuais que se baseiam nos laços sinceros do afeto e não sejam um exercício carnavalesco das virtudes viris ou feminis, nos certames da intimidade sem compromisso recíproco, podem contar com a ajuda e proteção de entidades generosas que se postam como soldados tentando manter, no ambiente, a atmosfera de equilíbrio que o afeto justifica.
Entretanto, tal linha de guarda sempre se vê mais vulnerável aos ataques inferiores quando o ambiente circundante não se veja neutro, mas, ao contrário, esteja poluído por Espíritos de péssima estirpe, gozadores e exploradores do prazer carnal, cujas emissões magnéticas deletérias empesteiam a atmosfera mental dos encarnados que ali se achem, despertando neles a impulsividade euforizada, sobretudo quando as partes acabem por se permitir desfrutar do cortejo das cenas e imagens berrantes e pornográficas, provocadoras das sensações erotizantes nos seus mais diversos contextos ou modalidades.
Imagens arquivadas no pensamento correspondem a arquivo que pode ser acionado a qualquer momento por qualquer tipo de Espírito, a transformar-se em ponto de apoio para algum tipo de ação subliminar, através das sugestões sutis lastreadas na rememoração das ideias e cenas guardadas no íntimo de cada um.
Por tal motivo é que os desequilíbrios da sexualidade acabam vulnerando um acentuado número de homens e mulheres no mundo, já que todos carregam no próprio “eu” um arsenal de vivências de outras vidas nessa área, a confundirem exercício natural da sexualidade responsável com a desesperada busca pelo esgotamento dos prazeres.
E tais tendências, ainda que, na presente encarnação, estejam transitoriamente eclipsadas pelo véu do esquecimento, acham-se latentes e pulsantes no íntimo de cada um, latência da qual podem ser despertadas pelas imagens provocantes ou pelas insinuações mentais que se baseiem nelas, fazendo cada um relembrar-se dos prazeres ilícitos e sensações excitantes que já fizeram parte de suas experiências passadas.
Para a maioria dos perseguidores invisíveis, o processo de prejudicar os encarnados com fraquezas na área da sexualidade se resume, muitas vezes, em fazer com que eles se recordem dos prazeres das primeiras transgressões.
A partir daí, como um pavio de pólvora que se acende, geralmente o próprio encarnado invigilante trata de dar continuidade aos seus desatinos, envolvendo-se na trajetória descendente, até que se veja enterrado até o pescoço no lodaçal da permissividade.
Desse ponto em diante, mais fácil será para que as entidades inferiores o controlem ou o manipulem.
Não queremos dizer, no entanto, que o encarnado esteja incapacitado de levantar-se do erro, porquanto, a qualquer momento em que sua vontade de correção apresentar os sinais verdadeiros, mãos luminosas estarão estendidas para fazê-lo superar o movimento de queda e, ensinando-o com os próprios equívocos, apoiarão seus esforços de reerguimento.
Em face dessas peculiaridades é que nos permitimos este pequeno hiato na narrativa para ressaltar ao leitor o fato de que este relato não se prende a um interesse moralista e maniqueísta de taxar os que se servem desses locais (motéis) para a prática informal da sexualidade como condenados aos suplícios do inferno.
O que desejamos é trazer ao pensamento a lembrança de que a afetividade verdadeira santifica qualquer atitude. No entanto, sempre que pudermos exercitá-la nos ambientes menos poluídos (evitando motéis, por exemplo), melhores sensações poderemos haurir de seu exercício, garantindo-nos a paz e o equilíbrio das forças.
De onde será mais agradável observar e desfrutar o exuberante nascer do Sol: do alto de uma montanha arejada pela brisa ou do interior de um chiqueiro de porcos?
Livro Despedindo-se da Terra, cap. 32, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

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