quinta-feira, 27 de março de 2014

A verdade


A verdade 
Capítulo 2, item 1  Renovando Atitudes, Hammed.
 
 “... Pilados, então, lhe disse: Sois, pois, rei? Jesus lhe replicou: Vós o dissestes; eu sou rei; eu 
não nasci nem vim a este mundo senão para testemunhar a verdade; qualquer que pertença à 
verdade escuta minha voz.” 
(Capítulo 2, item 1.) 
 
 Não vemos a verdade, conforme afirmou Jesus Cristo, porque nossa mente 
trabalha sem estar ligada aos nossos sentidos e emoções mais profundos. 
 As ilusões nos impedem que realmente tenhamos os olhos de ver, e porque 
não buscamos a verdade projetamos nos outros o que não podemos aceitar como 
nosso. Tentamos nos livrar de nossos próprios sentimentos atribuindo-os a outras 
pessoas. Adão disse a Deus: ―Eu não pequei, a culpa foi da mulher que me tentou‖. 
Eva se desculpa perante o Criador: ―Toda a discórdia ocorrida cabe à maldita 
serpente‖. Assim somos todos nós. Quando desconhecemos os traços de nossa 
personalidade, condenamos fortemente e responsabilizamos os outros por aquilo 
que não podemos admitir em nós próprios. 
 Nossa visão sobre as coisas pode enganar-nos, pode estar disforme sob 
determinados pontos de vista, pois em realidade ela se forjou entre nossas 
convicções mais profundas, sobre aquilo que nós convencionamos chamar de certo 
e errado, isto é, verdadeiro ou falso. 
 Na infância. por exemplo, se fomos repreendidos duramente por 
demonstrarmos raiva, se fomos colocados em situações vexatórias por 
aparentarmos medo, ou se fomos ridicularizados por manifestarmos afeto e 
carinho, acabamos aprendendo a reprimir essas emoções por serem consideradas feias, erradas e pecaminosas por adultos insensíveis e recriminadores. 
Porém, não damos conta de que, ao adotarmos essa postura repressora, 
tornamo-nos criaturas inseguras e fracas e, a partir daí, começamos a não confiar 
mais em nós mesmos. 
Se a nossa verdade não é admitida honestamente, como podemos nos 
aproximar da Verdade Maior? 
Sentir medo ou raiva, quando houver necessidades autênticas, seja para 
transpor algum obstáculo, seja para vencer barreiras naturais, é perfeitamente 
compreensível, porque a energia da raiva é um importante ―fator de defesa‖, e o 
medo é um prudente mediador em ―situações perigosas‖. 
Para que possamos encontrar a Verdade, à qual se referia Jesus, é preciso 
aceitar a nossa verdade, exercitando o ―sentir‖ quanto às nossas emoções, e 
adequá-las corretamente na vida. A sugestão feliz é o equilíbrio e a integração de 
nossas energias íntimas, e nunca a repressão e o entorpecimento, nem tampouco a 
entrega incondicional simplesmente. 
O que é a Verdade? Disse o Mestre: ―Vim ao mundo para dar testemunho da 
Verdade; todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz‖. 
Cremos no que vemos, mas muitas vezes os órgãos dos sentidos nos 
enganam. Vejamos alguns exemplos: 
A Terra parece parada; o arco-íris nada mais é do que raios de sol 
atravessando gotículas d‘água; e certas estrelas que vislumbramos nos céus já não 
existem, contudo, devido às distâncias enormes a serem percorridas, as suas luzes 
continuam aportando na atmosfera de nosso planeta, dando-nos a falsa impressão 
de vida real. 
Cremos no que nos disseram, e, embora não sejam situações vivenciadas ou 
experimentadas por nós, aceitamos como ―verdades absolutas‖, quando de fato 
eram ―conceitos relativos‖. 
Maneiras erradas de se ver a sexualidade, a religião, o casamento, as raças e as 
profissões distanciam-nos cada vez mais da realidade das situações e das criaturas 
com as quais convivemos. 
Em vista disso, procuremos sintonizar-nos com os olhos espirituais, porquanto nossa percepção intuitiva é mais ampla e precisa que a visão física. E 
abramos as comportas de nossa alma, para que captemos as inspirações divinas que 
deliberam a vida em toda parte. 
Somente assim estaremos mais perto de conhecer a Verdade à qual se referia o 
Mestre Jesus. 
Muita paz! 

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