quinta-feira, 27 de março de 2014

“Donde surgiu a vida na Terra?”

“Donde surgiu a vida na Terra?”
A origem da existência em nosso planeta sempre fascinou o homem, e os cientistas, obstinadamente, de há muito têm visado uma explicação pelo menos plausível. Donde teria mesmo surgido a vida na Terra?... Eis a pergunta que nunca quis calar... Da Grécia Antiga às civilizações hodiernas, tal busca para saber desde quando e como tudo começou, permanecerá gerando diversas e controvertidas teorias.
E a lúcida, esclarecida e sincera consciência de Mestre Allan Kardec não deixara por menos a respeito da questão, diante de eminentes Sábios da cultura terrestre e do espírito, a serviço de Jesus Cristo na Terra e sob a égide do Espírito de Verdade. De uma vez por todas, no dever de dirimir angustiante incerteza, em sua exaustiva e persistente busca de informações em proveito do sagrado aperfeiçoamento dos caracteres morais do homem, o mestre francês da cidade Lyon perguntou:
— De onde vieram os seres vivos para a Terra?

Nos oceanos primitivos, seres como os da
esquerda realizavam a fotossíntese tornando-se
vegetais. Os da direita tornaram-se os primeiros
animais; alimentavam-se de algas
e animálculos subaquáticos.
— A Terra continha os germes, que esperavam o momento favorável para desenvolver-se. Os princípios orgânicos reuniram-se desde o instante em que cessou a força de dispersão, e formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram em estado latente e inerte, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício à eclosão de cada espécie; então, os seres de cada espécie se reuniram e multiplicaram, responderam os Espíritos.
Quis Kardec saber mais:
— Onde estavam os elementos orgânicos antes da formação da Terra?
— Estavam, por assim dizer, em estado fluídico no espaço, entre os
Espíritos, ou em outros planetas, esperando a criação da Terra para começarem uma nova existência sobre um novo globo.
Saíram do caos pela força da Natureza
Germes primitivos em estado latente e inerte
aguardaram o momento propício de cada
eclosão de cada espécie, segundo os
Espíritos. Há, atualmente, uma corrente de
cientistas que aceitam tal princípio, afirmando
que esses germes formaram todos os seres
e tudo quanto organicamente existe.
Veja que brilhante e imediata dedução do mestre francês referente à lógica da Suprema Inteligência:
A Química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formar cristais de uma regularidade constante, segundo cada espécie, desde que estejam nas condições necessárias. A menor perturbação destas condições é suficiente para impedir a reunião dos elementos, ou pelo menos a disposição regular que constitui o cristal. Por que não ocorreria o mesmo com os elementos orgânicos? Conservamos durante anos germes de plantas e de animais, que não se desenvolveram a não ser numa dada temperatura e num meio apropriado; viram-se grãos de trigo germinar depois de muitos séculos. Há, portanto, nesses germes, um princípio latente de vitalidade, que só espera uma circunstância favorável para desenvolver-se. O que se passa diariamente sob os nossos olhos, não pode ter existido desde a origem do globo? Esta formação dos seres vivos, saindo do caos pela própria força da Natureza, tira alguma coisa à grandeza de Deus? Longe disso, corresponde melhor à ideia que fazemos de seu poder, a exercer-se sobre os mundos infinitos através de leis eternas. Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas Deus tem os seus mistérios, e estabeleceu limites às nossas investigações.(O Livro dos Espíritos, questão 44 e 45 — Allan Kardec, tradução de José Herculano Pires.)
Fluido cósmico
Estendamos um pouco mais sobre tão curiosa particularidade, o fluido cósmico universal, de onde a Natureza lhe tira todas as propriedades, comentado por mestre Kardec:
Criaturas do fundo dos oceanos primitivos
da era proterozóica que se conta desde a
solidificação da crosta terrestre até o aparecimento
dos primeiros sinais de vida (duração cerca de
4 bilhões de anos.)
Este fluido penetra nos corpos como um imenso oceano. É nele que reside o princípio vital que dá nascimento à vida dos seres, e a perpetua sobre cada globo segundo sua condição, a princípio no estado latente que dormita ali onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura, mineral, vegetal, animal, ou de outra espécie, — pois há outros reinos naturais dos quais nem mesmo suspeitamos a existência, — por virtude desse principio vital universal, sabe adequar as condições de sua existência e de sua duração. (A Gênese, capítulo 6.o, itens 17 e 18 — A. Kardec, trad. J. H. Pires.)

A Terra em pleno estado de
ignição depois de se
desprender da nebulosa solar.
Universalidade do fluido vital
Os elementos orgânicos encontravam-se em estado fluídico no espaço cósmico, entre Espíritos ou em planetas...
Interessante este asserto de Kardec. Mais que a teoria de Pasteur, a teoria da “geração espontânea” e a de outros insignes cientistas que deram a sua grande cota, a do químico Svante Arrhenius aproximou-se dos conceitos acima mencionados. Segundo Arrhenius, a existência de corpos microscópios provenientes do espaço cósmico caíram sobre a superfície da Terra, em épocas longínquas, nela implantando a vida. Os micróbios interplanetários chamados por Arrhenius de “cosmozoários” seriam nesse caso a própria vida importada de outros mundos.
Vale dizer que o químico sueco lançou o seu teorema, bem depois que Kardec pusera em voga O Livro dos Espíritos e a Gênese. A ideia do químico, porém, acabou ficando de lado; ele e seus seguidores não conseguiram justificar a origem dos tais micróbios extraterrestres. A questão era: como os cosmozoários atravessaram um percurso sem fim no universo, sem serem destruídos, conservando-se por um tempo inimaginavelmente expostos a raios ultravioletas e às irradiações cósmicas.
Bombardeio cósmico de meteoróides e outros
fragmentos de corpos celestes que arremessaram
germes interplanetários, semeando a vida na Terra.
Existe uma lamentável distância entre a Ciência a Espiritualidade. Os cientistas permanecerão ainda por muito tempo frustrados nessa incerteza, como em muitas outras, ao tentar desvendar os fatos naturais que provém da lógica de Deus.
Quando o corpo científico se decidir por não mais seguir somente os vestígios da matéria, levando em conta o elemento espiritual, e as religiões tradicionais deixarem de desconhecer as leis orgânicas e imutáveis do âmbito físico, não mais haverá esse distanciamento que parece insolúvel.
Ciência e Religião deveriam seguir juntas... Mas, os tempos chegaram! Os ensinamentos de Jesus, aos poucos, penetram o íntimo das pessoas sensíveis através do seu processo libertador que faz a visão humana alcançar horizontes mais altos: a Doutrina dos Espíritos. Aos citados iminentes cientistas, faltou apenas o conhecimento desse elo respeitante a leis que regem o mundo espiritual e as suas relações com o mundo físico, regras tão imutáveis quanto as que regulam a marcha dos astros e de todos os seres.

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