quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Fidelidade afetiva e sexual


Se entre marido e mulher houvesse uma ligação afetiva saudável e verdadeira, não haveria fome interior que compensasse a aventura…
Eminente amigo espiritual, escrevendo à Terra sobre tal questão, deixa muito clara, ao referir-se às forças sexuais, a sua natureza de sustentáculo da alma. Textualmente, encontramos os ensinamentos: (1)
“… até que o Espírito consiga purificar as próprias impressões além da ganga sensorial, em que habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo.
“Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso.
“…entre os Espíritos santificados e as almas primitivas, milhões de criaturas conscientes, viajando da rude animalidade para a Humanidade enobrecida, em muitas ocasiões se arrojam a experiências menos dignas, privando a companheira ou o companheiro do alimento psíquico a que nos reportamos, interrompendo a comunhão sexual que lhes alentava a euforia e, se as forças sexuais não se encontram suficientemente controladas por valores morais nas vítimas, surgem, frequentemente, longos processos de desespero ou de delinquência.”
E logo mais, falando da Enfermidade do Instinto Sexual, a mesma entidade amiga nos ensina: (2)
“As cargas magnéticas do instinto, acumuladas e desbordantes na personalidade, à falta de socorro íntimo para que se canalizem na direção do bem, obliteram as faculdades, ainda vacilantes, do discernimento e, à maneira do esfaimado, alheio ao bom senso, a criatura lesada em seu equilíbrio sexual costuma entregar-se à rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito. À face das torturas genésicas a que se vê relegada, gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo.”
(…)
“Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual e, consequentemente, no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.”
Nas palavras esclarecedoras, deixamos você, leitor querido, para que a meditação sadia e serena o inspire nas abordagens pessoais a respeito de tão importante e profundo tema, que não pode ser reduzido apenas ao exercício indiscriminado de uma liberdade que termine por prender o liberto às algemas pesadas dos desajustes, construídos pela excessiva utilização dessa mesma liberdade, ferindo e atormentando a outros e a si mesmos.
De um simples e clandestino encontro em um quarto afastado, os liames fluídicos ali entrelaçados produzirão, dependendo da sinceridade dos sentimentos envolvidos, frutos doces ou dolorosos espinhos que educarão os aventureiros para que se melhorem, seja pela vivência amorosa verdadeira ou pela dor da consciência culpada.
(1) e (2) Trechos extraídos do livro Evolução em Dois Mundos, de autoria espiritual de André Luiz, psicografado por Francisco Câncido Xavier – capítulo 18, primeira parte
Livro Despedindo-se da Terra, cap. 21, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.

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