segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

"Acorda que seu filho está morrendo, gritou alguém invisível..."





"Acorda que seu filho está morrendo,
gritou alguém invisível..."



   



Foi no ano de 1974, meu segundo filho havia acabado de nascer. Seis meses depois, tomado de forte infecção intestinal o levamos para o hospital. Desprovidos de muitos recursos, procuramos o sistema público de saúde. Informaram-nos que só havia vaga para o bebê, o sistema não admitia acompanhantes:


- Mas, eu fico de pé mesmo. Disse quase chorando!

- Sinto muito, respondeu o recepcionista!

- Eu não posso deixar o menino sozinho!

- Toda mãe deixa por que a senhora é diferente?

- Não sei dizer, mas não posso deixá-lo!

- Então, queira se retirar!

Meu esposo, que não entendeu nada, disse:

- Afinal, mulher, você quer salvar ou matar o menino?!




   



Decidimos pagar um hospital particular, venderíamos tudo que tínhamos se preciso fosse. Nosso dinheiro só me permitiu uma cadeira ao lado do berço. Durante três noites ele gritou de dor. Na terceira noite, a criança dava sinais de melhora. Exausta, adormeci em prece, debruçada sobre o berço. De madrugada, alguém se aproximou de mim, senti pegarem nos meus dois braços e, de maneira forte, me chacoalhar enquanto uma voz dizia com energia:


- Acorda que seu filho está morrendo! Acorda que não vai dar tempo! Acorda que o menino vai morrer!


Despertei abruptamente, olhei para a porta, estava trancada; no quarto não havia ninguém além de mim e meu filho, dirigi o olhar para o berço de metal e este tremia e tilintava.

Meu filho estava tendo uma convulsão!


- Enfermeira! Enfermeira!  Rapidamente, uma mulher insensível apareceu de prancheta na mão dizendo de maneira arrogante:

O que é?!


- Meu filho morre!

- Não posso fazer nada!

- Não vê? O menino morre, faça alguma coisa! Implorei aos prantos.

- Deve ser apenas uma reação passageira dos remédios. Disse ela.


Então, como se minha mente fosse invadida por um sopro divino, gritei sem saber o porquê:


- É o soro! Retira o soro da criança!

- Só se a senhora assinar um termo de responsabilidade!

- Eu assino!


O soro foi retirado, veio o médico e constatou que a enfermeira havia ministrado o medicamento incorreto no bebê!




   




Vinte e oito anos se passaram e cada aniversário dele me recordo daqueles acontecimentos. Abraço meu filho com ternura e me recordo de que havia um motivo para que eu não o deixasse sozinho! Creio que este deve ser o papel dos pais, nunca os deixar sozinhos; mesmo criando-os para o mundo, devemos estar juntos em pensamento, sustentando-os sempre para a execução do bem!

Hoje, tenho certeza absoluta de que um bom espírito ligado a nós, veio em nossa ajuda.

Claro que se meu filho desencarnasse, pela lei da reencarnação, haveria novas oportunidades, mas por uma razão qualquer, os bons espíritos julgaram fosse oportuno valorizar aquela oportunidade, o que fortaleceu a minha fé e a confiança absoluta nos desígnios divinos.




   


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