sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A ruptura dos véus do santuário

Quando a mensagem do Cristo for exemplificada, os véus da ignorância e da crueldade serão rasgados de alto a baixo
No Evangelho de Mateus, capítulo 27, versículo 51, há o relato bem significativo da ruptura do véu do santuário que ocultava o tabernáculo com a arca da aliança, no Templo de Jerusalém, produzida pela ação de mãos invisíveis e revoltadas.
Como o envoltório era considerado sagrado, só era descerrado uma vez por ano e somente pelo sumo sacerdote. Ninguém mais poderia tocá-lo, nem mesmo o rei; contudo, seres espirituais lograram penetrar no tabernáculo e rasgaram a cortina, por conta de um fenômeno, perfeitamente explicado pela excelsa Doutrina Espírita, enquadrando-o como resultante da mediunidade de efeitos físicos. É imperioso ressaltar que, para os Espíritos terem condições de manifestação direta na matéria, há necessidade da presença da substância ectoplasmática, no caso em tela fartamente exteriorizada por Jesus, no momento glorioso de seu desenlace.
Simbolicamente, o véu Paroquete representa todas as compactas barreiras, edificadas no sentido de impedir o acesso ao conhecimento espiritual, ao verdadeiro saber que liberta os seres dos grilhões da ignorância, formados a bel-prazer pelo obscurantismo religioso e científico. Contudo, o Mestre ressaltou que a verdade seria conhecida (João 8:32) e, consequentemente, a escravidão do dogmatismo será passo a passo extinta, tornando livre toda a Humanidade.
O Espiritismo, como o “Consolador prometido por Jesus”, tem o escopo de propiciar a queda dos véus da ignorância, através da disseminação de seus princípios básicos bem estruturados e claramente definidos.
A pluralidade das existências corresponde a um conceito basilar doutrinário importantíssimo, porquanto a evolução, progresso contínuo e harmonioso de toda a Criação Divina, não poderia acontecer, em apenas uma vida física.  
Exemplificou Jesus a sobrevivência da criatura 
após o túmulo, aparecendo completamente 
materializado a Maria Madalena 
Através da palingênese, o átomo primitivo pode chegar a arcanjo, ou seja, o princípio espiritual vai aprimorando-se dentro de milênios, passando pelo vegetal, pelo reino animal, reino hominal, onde individualizado segue o caminho das estrelas sem-fim, até chegar à condição de Espírito puro, consciente eternamente de si mesmo, vivenciando completamente a felicidade e a perfeição.
O Cristo atestou a presença potencial de Deus em nós, dizendo: “Vós sois deuses” (João 10:34) e “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lucas, 17:21). Por meio da palingenesia ou reencarnação, o ser desenvolve e exterioriza potencialidades imanentes em si. Em verdade, desde o momento de sua formação cósmica, já traz a perfeição latente nos seus refolhos mais íntimos. 
Ao mesmo tempo, a realidade da pluralidade das existências tem como corolário a certeza da sobrevivência da individualidade após o fenômeno da morte, desde que reencarnar significa nascer novamente em um outro corpo. Quem “nasce de novo” é o Espírito, revestido de um envoltório semimaterial, energético, denominado perispírito ou corpo espiritual.
Repudiando a fé cega, que obscurece o pensamento do homem que crê sem saber e onde se acredita que a sorte do Espírito já está selada após o decesso físico, o Mestre descerra os véus da ignorância, voltando do Além e revelando-nos a morte da morte.
Exemplificou Jesus a certeza da presença dos mortos, a sobrevivência da criatura após o túmulo, aparecendo completamente materializado a Maria Madalena e aos discípulos.
Enquanto algumas das religiões dogmáticas ainda pregam a localização das almas no Céu, no Purgatório ou no Inferno, outras acreditam que os Espíritos ficam adormecidos à espera da volta do Mestre.  
Os seres pré-históricos enterravam seus mortos 
junto com seus pertences, porque acreditavam
 na continuação da vida 
Em consonância com o Evangelho, pode-se afirmar que não existe a cessação da vida após a vida. Posteriormente ao fenômeno do falecimento da vestimenta de carne, permanece a vida espiritual pululante e exponencial.
Muitos setores científicos famosos e conceituados comprovaram e continuam a atestar a realidade de que os mortos vivem, bem acordados e atuantes, e que podem igualmente reencarnar, conforme pesquisas concludentes realizadas por Charles Richet, Prêmio Nobel de Medicina, em 1913; William Crookes, descobridor do tálio e Prêmio Nobel de Química (1907), uma das maiores autoridades científicas da Inglaterra em sua época; o Dr. Joseph Banks  Rhine (1930), conhecido como “O Pai da Parapsicologia”, da Universidade de Duke (USA); Dra. Elizabeth Kluber-Ross, Dr. Raymond Moody; Prof. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia; Dr. Morris Netherton; Dra. Edith Fiore e muitos outros.


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